quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Especial de Natal MARINA LIMA - 30 Anos


Marina Lima. Um nome que me transmite força, sensualidade, inteligência e sonoridade cool e moderna. Marina está em destaque no Infinitivamente Pessoal neste Natal. É um presente meu para todos aqueles que quiserem ler e ouvir. Marina merece este destaque!

Carioquíssima que morou nos EUA ela já chegou causando frisson no Brasil. Gal Costa gravou “Meu Doce Amor” em seu LP Caras e Bocas e, em 1979 Marina lançou seu primeiro LP, Simples Como Fogo. Uma capa provocante foi a primeira coisa que chamou a atenção daqueles que passavam despercebidos pelas lojas de disco naquela época. A voz rouca e quente, sensual, sexual até, foi outro ponto que marcou muito este primeiro disco. O segundo veio logo em seguida, Olhos Felizes, de 1981, trouxe o primeiro sucesso de Marina nas rádios, a canção “Nosso Estranho Amor”, que trouxe um dueto com o autor da canção, Caetano Veloso e “Corações a Mil”, de Gilberto Gil. Em 1982 chegou às lojas o LP Certos Acordes, que contou com outro hit, “Charme do Mundo”. Em 1984 Marina simplesmente explodiu em todas as paradas populares. O Brasil finalmente conhecia Fullgás, o LP que deu projeção nacional para Marina. E ela soube aproveitar a fama, já que, em 1985 lançou o roqueiro Todas (com os hits “Eu te Amo Você” e “Nada por Mim”) e, em 1986, Todas Ao Vivo, garantindo a ela sucesso consagrador em todas as paradas de sucesso do país com hits como “Pra Começar” e a regravação de “Ainda é Cedo”, da banda Legião Urbana.. Em 1988, inquieta do jeito que é, resolveu diminuir o ritmo e, do rock, passou para um pop mais romântico e lançou Virgem que, apesar de muito criticado na época, foi mais um sucesso para Marina. Sucessos inesquecíveis como a faixa-título “Virgem”, a praieira “Uma Noite e ½” e a regravação de “Preciso Dizer que te Amo”, de Cazuza. Em 1989 lançou Próxima Parada, que acabou não a agradando, mas deu à Marina mais um sucesso: “À Francesa”. Em 1991 lança pela EMI Music o disco Marina Lima, onde adota o sobrenome Lima, deixando de assinar apenas Marina. O disco trouxe à cantora os sucessos “Acontecimentos”, “Criança” e “Não sei Dançar”, além do hit “O Meu Sim”. Em 1993 lança um dos discos mais importantes do ano: O Chamado. Regado a dores devido à perda do pai e de um relacionamento frustrado, o disco deu a Marina os hits “O Chamado”, “Carente Profissional” e “Pessoa”, antigo hit de Dalto que, na gravação de Marina, fez estrondoso sucesso, levando o compositor de volta à memória popular. O disco ainda tem singles cultuadíssimos, como “Deve ser Assim” e “Eu vi o Rei” (feita em homenagem a seu falecido pai). Marina vivia o auge do seu sucesso, shows por todo o país e muitas cópias de disco vendidas. Mas, em 1994 decide parar de compor, já que não se sentia suficientemente bem para expressar o que sentia e, em 1995, lança um disco como intérprete. Nasceu ali Abrigo. O disco não foi um dos melhores da carreira de Marina, mas deu a ela alguns hits, dentre eles “Carne e Osso” (do grupo Picassos Falsos) e “Beija-Flor” (do grupo Timbalada). Abalada pela depressão, Marina decidiu cancelar todos os 60 shows da turnê Abrigo que havia ensaiado e, para não perder o trabalho, decidiu registrá-lo em disco. Nasceu Registros à Meia-Voz, um disco onde a voz de Marina (que já apresentava sinais de cansaço) mostrou-se completamente diferente. Incisiva, sem a doçura de tempos atrás. O trabalho não foi bem recebido por público e crítica, mas rendeu à Marina bons hits, dentre eles “À Meia-Voz” (tema de Malhação, na época) e “Para um Amor no Recife”, regravação de samba do Paulinho da Viola. E a cantora não se abalou e, em 1998, lança Pierrot do Brasil, um dos discos mais importantes da sua carreira atual, pois é o primeiro passo da cantora dentro da música eletrônica. A produção do iugoslavo Suba deu a Marina um belo trabalho final. Rendeu a Marina dois hits: “Deixe Estar” (com boa rotação nas rádios) e “Pierrot” (cultuada pelos fãs da cantora). Em 1999 decide posar para a Playboy, tendo uns dos mais belos, porém criticados, ensaios. Em 2000 finalmente decide voltar aos palcos com o (belo) show Síssi na Sua. A voz não era a mesma e o público (e crítica) não aceitaram o show tão bem quanto se esperava. Mas Marina não se abalou, e lançou um disco duplo com o áudio do show. Síssi na Sua ao vivo foi gravado em shows no DirecTV Music Hall (atual Citibank Hall) e gerou um especial de TV exibido pela DirecTV. O disco deu a Marina dois hits, “Síssi” e “Estou Assim”, ambos em parceria com a escritora Fernanda Young. Os hits também não fizeram muito sucesso. Em 2001, Marina decidiu voltar ao estúdio e, sobre a produção de Edu Martins e pisando com força no campo da música eletrônica, lança Setembro. Disco criticado e também sem boa aceitação. No que diz respeito à hits se saiu melhor que seu antecessor, Síssi na Sua. “No Escuro” foi tema da novela global O Clone, enquanto “Notícias” teve boa rotação nas rádios. Em 2003, em busca de reencontrar seu público, aceitou o convite para gravar um acústico da série MTV e ainda se tornou apresentadora do programa semanal Saia Justa, no canal GNT, ao lado de Fernanda Young, Marisa Orth e Mônica Waldvoguel. Marina não tinha vontade de revisitar sua carreira e, de tão inapropriado, o disco Acústico Mtv Marina Lima foi um dos poucos da série que não aconteceu no mercado. Apesar de “Sugar” estar em rotação na novela Agora é Que São Elas, o hit não aconteceu. Marina fez poucos shows para divulgar o projeto, deixando-o de lado no início de 2004, quando começou a fazer alguns shows no Bar Baretto, em São Paulo. A proximidade com o público inspirou a cantora a compor novas canções, a primeira foi “O Mundo e Seu Amor” que, depois, foi renomeada de “Três”. Marina compunha coisas inéditas enquanto fazia shows e, em 2005, estreou no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, o show Primórdios. Um show eletrônico de ambiência moderna. A direção era de Monique Gardenberg. Um show grandioso, com cenários, grande iluminação e muito teatro. O show foi um sucesso completo em São Paulo, mas não aconteceu no Rio. Em 2006 lançou o disco Lá nos Primórdios, inspirado no show. Foi o primeiro disco da cantora até então com boa aceitação de público e crítica. E não é pra menos. Ainda em 2006, Marina registrou o show Primórdios em DVD ainda inédito. O show aconteceu no Auditório do Ibirapuera para convidados da cantora e do patrocinador. Em 2007 encerrou a turnê Primórdios e iniciou a Topo Todas Tour, inspirada na coletânea Marina Lima Novelas, que contou com a nova gravação da canção “Difícil”, tema da novela global Paraíso Tropical. A turnê rodou até a metade de 2008 e, em setembro, Marina estreou uma nova turnê. Marina Lima e Trio em Concerto, que também não teve uma vida muito longa. Ela pretende lançar no ano de 2010 seu primeiro livro, Marina Entre as Coisas, o DVD com o registro do show Primórdios e um novo disco de inéditas.

Decidi fazer essa pequena homenagem, ou melhor, este Especial de Natal Marina Lima - 30 Anos para revivê-la na memória popular e, mais, homenagear essa cantora maravilhosa e compositora ímpar. Marina merece todas as homenagens, até esta minha pequena contribuição, para que seus 30 anos de carreira não passem em branco. Marina é o melhor presente de Natal. Abaixo uma seleção de vídeo à lá Marina:


Saia Justa




Fullgás/ Tigresa (com Caetano Veloso)


Lígia (com Tom Jobim)


Uma Antiga Manhã (show Suba Connections)


Para um Amor no Recife (com Paulinho da Viola)


Pra Começar (programa Chico&Caetano)


Marina na novela "Perigosas Peruas" (1992)


Marina no jornal Hoje (2006)


Leda Nagle entrevista Marina (1989)


Como 2 e 2 ("Elas Cantam Roberto" - 2009)

6 comentários:

Anônimo disse...

As musicas são de muito bom gosto!
Seus clips são ótimos, você está de parabéns pela escolha dos mesmos.
Eu assisti o programa "de saia justa", foi incrivel!
Beijos

Eunice disse...

Amei o especial.Marina é a trilha sonora da minha vida, moradora constante do meu coração.
beijo

Adriano Sorona disse...

Um especial de Natal da Marina Lima? Poderia ser mais perfeito? Duvido! Marina é diva. Bruno, meu rapaz, estás de parabéns. Maravilha de homenagem.

Bruno Cavalcanti disse...

Marina é FODA!

Anônimo disse...

Grande Bruno! Vc fez um verdadeiro tour pelos discos, apresentações e contextos de cada, muito bom!
Adorei a seleção dos vídeos, o Leda Nagle entrevista Marina -1989 eu não conhecia.. . ela fala do início, da fase de se colocar no cenário musical e buscar no irmão o apoio para ser Marina. Ah, fora o prazer de saber que vemos o mundo dela em cada show - ok, a gente percebe, mas vê-la falar isso é tão legal! =)

Bjocas,

Aline

Anônimo disse...

BRUNO vc é tudo de bom ! Ainda bem que retardatariamente descobrir essa homenagem! Que bom se a Marina entrasse em contato com vc para produzir um DVD bombado sobre tudo de bom que essa "DIVA" tem! Seria um show de DVD....pois esperar o tal Primórdios em DVD é foda! que máfia é essa? até os "padres" estão fazendo DVD e as "porras"....menos a Marina, o que é isso minha gente? será que esse país só faz sucesso com os "bregas" cadê a qualidade? a memória dos melhores da MPB que registra tão bem os anos 80 e continua com sua musa produzindo coisas incríveis....Bruno, meu irmão...veja se faz contato com a Marina cara! será um projeto bombástico! Parabéns, um grande bj.
ADELICE