segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Todos já esperavam sua morte" diz jornal



Hoje enquanto fazia minha atual caminhada matinal parei numa banca para ver se encontrava algo que chamasse minha atenção, queria na verdade informações sobre o massacre na Noruega, afinal havia fechado meus olhos e ouvidos para tudo que não tivesse a ver com a morte de Amy Winehouse (até o lançamento do último disco de Chico Buarque se ofuscou em minhas prioridades quando soube da morte da cantora). Encontrei uma boa matéria num jornal que agora me foge o nome, mas encontrei uma matéria ainda mais impressionante e incabível no mesmo jornal. O título da matéria era: Todos já Esperavam sua Morte e na foto uma imagem de Amy drogada. Claro que não é novidade para ninguém que a droga e o álcool podem ter sido as principais razões da morte da cantora, no entanto fiquei impressionado como fora tratada sua partida. Em todas as redes de informação brasileiras Amy é tratada como uma "drogada que abusou demais e pagou um preço alto", enquanto isso tablóides ingleses e americanos lembram seu povo da imagem de uma Amy maluca porém de um talento sem igual, uma cantora ímpar e compositora sensacional. No Brasil a cantora é lembrada como uma drogada dependente do álcool que abusva para sobreviver. Seus escândalos por aqui se tornaram maiores que seu talento. Mas deixo aqui meu protesto e minha profunda tristeza pela partida precoce desta que se tornou uma das cantoras mais importantes e significativas de sua geração (e da minha também). O talento de Winehouse vai deixar saudades e sua voz marcante com suas letras confessionais serão por mim sempre lembradas. Fodam-se os puritanos, fodam-se também os aproveitadores da moral barat e da ética de esquina. Amy era maluca, mas uma maluca que produziu material para deixar qualquer sóbrio engomadinho no chinelo. Maldição dos 27 anos? Talvez, para mim isso é apenas uma injustiça divina. Minha mala acaba de cair enquanto escrevo essa matéria, ela caiu para frente enquanto pendia para trás... Amy? Se estiver por aqui espero que esteja em paz.. me visite, vou te receber de braços abertos. Com admiração do eterno fã: BC.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A charmosa batida de Fernanda Porto - Cantora fala da sua relação com a música e da importância do Maestro Alemão Koellteuter em sua carreira.




Ela teve seu primeiro contato com o Drum and bass ao conhecer o DJ Xerxes de Oliveira em meados dos anos 90, mas o talento de Fernanda para a música vem desde a época de escola.

Ainda no ginásio, ganhou um festival de composição e no início dos anos 80 iniciou o curso de Bacharelado em Piano na faculdade, mas depois acabou optando por estudar composição e regência. Foi então que uma professora a encaminhou para ter aulas com o Maestro Alemão Koellteuter.


Sua primeira música de sucesso "Sambassim" estourou primeiro na europa, em uma versão remix feita pelo Dj Patife. Em 2002, ela lançou seu primeiro albúm Intitulado “Fernanda Porto” que vendeu mais de 100 mil cópias no Brasil e mais tarde foi lançado no japão. O cd fez tanto sucesso que lhe rendeu de cara uma turnê pela Europa (Inglaterra, Suíça, Bélgica, Itália, França, Espanha, Holanda, Alemanha, Áustria e Portugal), Duas indicações a premiações importantes como o Grammy Latino (categoria Best New Artist) e Prêmio multishow
(categoria Revelação), Além de ter levado pra casa os troféus Noite Ilustrada (melhor CD eletrônico), Qualidade Brasil 2002 (melhor CD nacional) e VMB 2003 com o videoclipe da música Sambassim. Dois anos mais tarde, enquanto criava a trilha sonora do filme Cabra Cega, acabou conhecendo o mestre Chico Buarque e juntos gravaram uma versão remix de "Roda viva", que virou sucesso e passou a tocar várias vezes ao dia nas rádios de todo o país.
Com uma carreira bastante promissora, ela lançou mais 3 Cds: “Giramundo”, “Fernanda Porto ao vivo” (Também em DVD) e seu mais recente trabalho “Auto-Retrato”, que marcou sua volta a já conhecida mistura da canção brasileira aos ritmos eletrônicos, como o drum and bass e o progressive house.
Cantora, compositora e multiinstrumentista renomada, essa Paulista nascida em Serra Negra, é uma das grandes responsáveis pela inclusão do estilo eletrônico no cenário musical brasileiro. Ela acaba de embarcar para uma turnê na Europa e pretende aproveitar para estudar. "Tenho me sentido bastante atraída pelo dubstep, ritmo menos acelerado que o d&b, mas muito vivo e sensual. Quero aproveitar a temporada em Londres para estudar e me aprofundar nesse ritmo ultimamente em sintonia com a minha alma”, disse a bela cantora. Confira agora a entrevista:


Priscila Toller : Você é multiinstrumentista. Como surgiu a paixão pela música?


Fernanda Porto: Surgiu na infância, inclusive com o incentivo ao multiinstrumentismo por uma tia que me abastecia com toda a espécie de instrumentos de brinquedo. Era um tal de cornetinhas, tambores e tecladinhos espalhados pela casa. Comecei a tocar piano sozinha, espiando as aulas da minha irmã mais velha. Passei a compor e ganhar os festivais de música da escola e aí insistiam para que eu também cantasse. Mas eu era (e continuo sendo) muito tímida e não me atrevia a soltar a voz. Hoje sinto que a voz sempre foi o meu principal instrumento.


P. T : Foi importante para sua carreira ter sido aluna do Maestro alemão Hans J. Koellreuter?


F. P :Importantíssimo. Koellteuter me aceitou como aluna a partir de um desafio: propôs que eu escrevesse uma partitura usando cores em vez de notas. Isso me despertou muita curiosidade em relação à integração da música com as outras artes. Compus muitas músicas tendo como base a imagem. Fiz assim a primeira trilha sonora para um vídeo de Lina de Albuquerque (mais tarde, letrista de Giramundo e Tudo de Bom) que tinha entrado na faculdade de jornalismo e ganhado um prêmio no MIS. O trabalho chamou a atenção e comecei a ser chamada para fazer trilhas de filmes e comerciais. A última trilha sonora para cinema foi para Cabra Cega, o filme de Toni Venturi que acabou possibilitando a minha aproximação com Chico Buarque e a nossa parceria em Roda Viva. Tudo isso teve sua sementinha em Koellteuter, acho eu.


P. T : Você lembra quando ouviu sua música tocar pela primeira vez na rádio? O que sentiu?



F. P : Foi o remix que o DJ Patife fez da minha Sambassim. Uma emoção muito grande, porque ela estourou nas primeiras semanas. Eu nunca tocava nas rádios e de repente passei a tocar todos os dias, e muitas vezes ao dia. Logo em seguida, a versão eletrônica de Só Tinha de ser com você", então tornada trilha de novela da Globo, também surgiu com muita força. E, finalmente, Tudo de Bom consolidou de vez essa primeira virada radiofônica. Foi tudo de bom e continua sendo, rs


P. T : Se não fosse cantora, qual outra profissão gostaria de exercer?


F. P : Eu acho que seria arquiteta se não fosse cantora. Tenho mania de mudar as coisas de lugar, inventar novos espaços, criar ambientes. Isso também faz muito sentido na criação musical. Tenho um espírito bastante inquieto que talvez também fosse capaz de se expressar bem em uma profissão como essa. Mas o máximo que concebi até hoje, no universo da arquitetura, foi construir um estúdio dentro de casa que dimensiona a importância que a música tem em minha vida: o estúdio ocupa mais da metade da minha casa.


P. T : Como foi participar do Acústico MTV da Marina Lima?

F. P : Adorei. Tenho grande respeito por Marina Lima, pela grande compositora que é e pelo espírito de renovação musical sempre presente em sua obra. Acertando ou não, é uma artista que sempre se interessou em dialogar com o novo, com admirável exposição e sem medo de correr riscos. Eu continuo achando um charme a nossa parceria em Charme do Mundo.


P. T : Apesar de fazer música basicamente eletrônica, você se considera uma cantora Pop?


F. P : É verdade, eu me considero uma cantora pop. No fundo, me considero uma cantora simplesmente, não sou muito chegada a nomenclaturas. Eu me considero uma compositora, em primeiro lugar, e depois uma cantora. Mas ultimamente o lado cantora tem prevalecido e acho que, do primeiro disco para cá, desenvolvi bastante a qualidade de intérprete.


P. T : Fernanda Porto Ao vivo mostra diversas abordagens musicais. Como foi a escolha do repertório e das participações especiais?


F. P : FP ao Vivo representou uma fase de abertura musical e mudança de gravadora. O meu primeiro disco, essencialmente eletrônico, me

rendeu projeção, prêmios e até uma indicação ao Grammy na categoria revelação. Ao mesmo tempo, ele também me estigmatizou um tanto. Com o segundo CD, Giramundo, incorporei outros ritmos brasileiros e mostrei uma maior versatilidade musical. Era uma verdade em mim, no fundo não desejava ficar rotulada como uma cantora eletrônica, não queria rótulo nenhum. O público da cena eletrônica, parte dele, é verdade, estranhou. Da mesma forma, que alguns ouvintes de MPB estranharam a versão eletrônica de Roda Viva que cantei com Chico Buarque. A escolha de repertório do Ao Vivo esteve ligada à mudança de gravadora, quando sai da Trama e fui para a EMI (a minha atual gravadora). Algumas participações foram sugeridas pela gravadora, mas não houve nenhum tipo de imposição. Naquele trabalho, eu acabei me aproximando da pianista Christiane Neves, que tem uma formação musical mais voltada à MPB. De todos, talvez tenha sido o meu disco menos eletrônico, mas gostei bastante do resultado.



P. T : Seu mais recente trabalho "Auto-Retrato", traz diferentes estilos de música eletrônica. Fale um pouco sobre o processo de produção do cd...


F. P : Já em Auto-Retrato, comecei a sentir um pouco mais de falta da presença eletrônica e passei a pesquisar novos estilos. Tudo isso aconteceu muito naturalmente. Senti saudades dos meus antigos amigos, conheci novos DJs e retomei um contato que acabou me fazendo muito bem. Nesse momento, a polêmica entre a divisão de

música eletrônica e música brasileira estava felizmente mais esvaziada e as pessoas pareciam mais interessadas na música propriamente dita. Deixei claro, desde a escolha da grafia do nome do CD que não estava assim tão preocupada em errar ou acertar. Escolhi a grafia antiga, Auto-Retrato, e não a atual (Autorretrato), até para manifestar a não-necessidade de adesão às categorias corretamente estabelecidas. A arte precisa de liberdade para existir. O processo de produção daquele, e de todos os CDs, incorporaram muitos erros e acertos. Um erro, às vezes, pode resultar num grande acerto, como naquela letra de "Amor Errado", do primeiro CD.


P. T : Já tem planos para o próximo disco?


F. P : Tenho algumas músicas prontas e outras em gestação, por enquanto. Em meados deste mês, começo uma turnê pela Europa. Volto no final de agosto e já tenho uma apresentação marcada em setembro, em Salvador. Tenho me sentido bastante atraída pelo dubstep, ritmo menos acelerado que o d&b (com aproximadamente 140 dpms), mas muito vivo e sensual. Quero aproveitar a temporada em Londres para estudar e me aprofundar nesse ritmo ultimamente em sintonia com a minha alma. Vamos ver no que dá. Ando numa fase de grande abertura, apaixonada e feliz com a vida. Isso sempre se reflete na música, quero crer.



(Por Priscila Toller)


terça-feira, 5 de julho de 2011

Paris 6 e Paris 6 Café: O nome fala por si só!


Não sou crítico culinário, muito menos um grande entendedor do assunto. Sequer sou um daqueles loucos por comida, que ama comer. Às vezes até esqueço de almoçar ou não tomo café da manhã. Mas eu precisava, eu sentia a necessidade de fazer um texto tratando de um restaurante, um bistrô parisiense situado em São Paulo, na Haddock Lobo, uma rua acima da Augusta. O Paris 6. Mas na verdade não falarei do Paris 6, mas sim da cria recém nascida, o Paris 6 Café. Sou um cliente até assíduo no Paris 6, mas em seu Café eu ainda era um estranho no ninho. Aceitando um convite de Isaac Azar, o dono do bistrô, fui jantar acompanhado de minha querida maninha Beatriz Felix. Só o que tenho a dizer é: às vezes o céu vem tão depressa... Bia e eu jantamos deliciosos pratos a base de crepe. Eu comi um crepe com recheio de camarão e molho de queijo acompanhado de alfaces e tomates cereja. Na sobremesa ela e eu pedimos mais um crepe, este doce, de laranja com lascas de coco e sorvete. Ao final ainda tomamos um café, ela um chocolate, eu um café que nem gosto de me lembrar o que tinha para que a culpa não venha tão rápido. O fato é que o Paris 6 atingiu tamanha excelência que é impossível sair de lá sentindo-se culpado por ter abusado da dieta. Você sai de lá com a consciência limpa, com vontade de voltar e dizer: possua-me prato delicioso! São pratos para se comer rezando... rezando para que nunca acabem! Ainda pensamos em tomar uma taça de vinho, mas se o fizéssemos não sairíamos mais. O atendimento é um dos pontos altos do restaurante. Além de um cardápio mais que saboroso, o atendimento é divino. Já fui a muitos restaurantes em São Paulo e em nenhum fui tão bem tratado quanto neste! Um atendimento atencioso sempre em busca do melhor para os clientes. Comidas servidas com classe e destreza, um sorriso na face e sempre um bom comentário sobre o cardápio. Isso me deixou mais feliz. A começar pela entrada, onde um rapaz simpático abre a porta e lhe recebe com um espontâneo “boa noite”, igualmente repetido pelo maître que nos acomoda em mesas que se dividem em cadeiras e um sofá aconchegante. As pinturas que embelezam o local e a música ambiente apenas ressaltam o bom gosto. O bistrô é parisiense, mas tenho minhas dúvidas se em Paris eu teria tanto gosto de estar ali, saboreando um prato que leva o nome do ator Bruno Gagliasso e morrendo de vontade de experimentar um mousse que leva o nome de Renata Ricci, mas que, para meu azar, havia acabado. Acontece nas melhores famílias. O fato é que o Paris 6 tornou-se meu restaurante favorito. Já não me vejo jantando em nenhum outro lugar que não seja nesta delícia parisiense com rosto cosmopolita paulistano. Não entendo de estrelas quanto a restaurantes ou gastronomia, mas se minha opinião vale de alguma coisa dou todas as estrelas possíveis. Na minha concepção o Paris 6 e o Paris 6 Café fazem parte do melhor de São Paulo. E que a dieta me esqueça daqui pra frente, porque eu não sinto mais culpa nenhuma! Paris 6: Rua Haddock Lobo, 1240, Jardins – Zona Sul da Capital Paulista.

* Vale ressaltar no entanto que os pratos têm um preço variável entre o acessível e o nem tanto. Mas vale fazer uma ou outra extravagância quando possível. Afinal de contas se há pessoas capazes de pagar mais de R$ 200,00 num tênis é bom que existam pessoas que sejam capazes de pagar em torno de R$ 100,00 num jantar completo que fará de sua noite uma das noites mais brilhantes de sua vida. Acredite, o paladar sente a diferença.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Regina Remencius: "Viver lá fora transformou o meu olhar" - Em entrevista, a atriz que já atuou fora do Brasil, fala sobre a carreira.




Paulista de descendencia lituana e dona de belos olhos verdes, começou a pensar em ser atriz aos 17 anos, e nessa mesma época foi convidada para trabalhar como modelo. Morou durante muitos anos fora do país, o que lhe possibilitou conhecer diversas culturas e se tornar poliglota (Ela fala mais de cinco idiomas, entre os quais: Grego, Alemão, Lituano e Francês). Na Grécia, atuou nos filmes Eleatis Xenos, Business in the Balkans e It's a Long Road. Depois que voltou ao Brasil, protagonizou ao lado do ator Daniel Boaventura, o sitcom "Santo de casa...", que foi exibido pela Band e que ela destaca como um dos seus trabalhos favoritos. "A Laura era uma delícia de personagem... O elenco, o texto, a equipe... Tudo era ótimo".
Desde então, participou de novelas, séries e minisséries, além de filmes como Durval Discos, Os Desafinados (Onde interpretou a francesa Catherine) e I Hate São Paulo (Uma Co-produção Brasil/EUA). No teatro, fez parte de várias peças, entre elas: Medéia, The Tax Exile, Retratos de Augustus John e O Fingidor. Nos proxímos capitulos da novela Amor e Revolução, poderemos conferir sua participação como Margarida, esposa do temido delegado Aranha, vivido por Jayme Periard.
Carisma, inteligência e beleza são apenas alguns dos atributos que podemos citar ao falar de Regina, talento ela tem de sobra. Confira agora a entrevista concedida a mim via e-mail:

Priscila Toller : Quando descobriu que queria ser atriz?
Regina Remencius : Eu comecei a pensar a ser atriz aos 17 anos. Eu era muito tímida e achava uma contradição querer ser atriz. Fui fazer um curso com Klauss Vianna, depois com Miriam Muniz e logo em seguida entrei para o C.P.T/Grupo Macunaíma com o Antunes Filho.

P. T : Sua carreira de modelo começou antes ou depois do teatro?

R. R : O trabalho como modelo foi nessa mesma época, tinha uns 17 anos. Tinha sido convidada para trabalhar com uma agência de modelos, mas fiquei muito pouco tempo, porque entrei no C.P.T e a carga horária era bem grande. Neste mesmo ano comecei a fazer faculdade, mas não dava para conciliar. Eram muitas horas de ensaio, pesquisa, etc... Depois que saí do Grupo Macunaíma, voltei a trabalhar como modelo por mais um tempo.

P. T : Você morou muitos anos na Europa. Como foi essa experiência de ter passado tanto tempo fora do Brasil?
R. R : Foi ótimo. Morar lá fora transformou o meu olhar. Aprendi a apreciar mais o Brasil e o exterior. Aprendi outras línguas, vivi culturas diferentes, fiz amigos... É uma experiência muito rica e que fica para o resto da vida.

P. T : Quem são seus ídolos?

R. R : Nossa, são tantos! Vou começar pela Andrea Beltrão e Fernanda Torres em "Tapas e Beijos", Ana Lúcia Torre em "Insensato Coração", Genézio de Barros e Deborah Bloch em "Cordel Encantado", Regina Braga em "Um Porto para Elizabeth Bishop", Emílio de Mello e Fernando Eiras em "In on It" e os nomes não param... Raul Cortez, Fernanda Montenegro, Lilia Cabral, Marília Pêra, Maria Luisa Mendonça, Drica Moraes, Wagner Moura, Malu Galli...

P. T : Foram diversas participações em novelas antes de viver a Manoela Bellini de "Água na Boca". Prefere fazer Tv ou Teatro? Por quê?

R. R : Eu adoro fazer tudo: Cinema, teatro e televisão. Cada um desses veículos tem suas características e desafios. Na Tv a gente sente mais pressão e isso é muito fascinante. No teatro a gente tem mais tempo de trabalho e elaboração e o cinema... Ah! O cinema!

P. T : Você participou de alguns filmes, inclusive de produções gregas. Cinema é uma área que te atraí?

R. R : Cinema é um luxo, um prazer. Eu adoro ir ao cinema e fazer cinema. Filmes me acompanham desde pequena e são uma grande escola pra mim. Se eu pudesse, assistiria um filme por dia.

P. T : Em 1999 você protagonizou ao lado de Daniel Boaventura o Sitcom "Santo de casa...". Como surgiu o papel da Laura? Fale um pouco sobre esse trabalho...

R. R : Eu estava fazendo um curso com o Walter Lima Jr. em São Paulo, no Célia Helena. No final deste curso, ele começou a chamar alguns atores para o teste do sitcom. Ele dizia que eu tinha tudo a ver com a Laura e o Daniel com o Kiko, mas teríamos que fazer os testes. Finalmente fomos aprovados. Como eu sempre fui fã de sitcoms, fazer o "Santo de casa..." foi uma alegria só. Foi ótimo ter trabalhado com o Walter, o Daniel e a Ana Lúcia Torre. A Laura era uma delícia de personagem... O elenco, o texto, a equipe... Tudo era ótimo.
P. T : Como foi atuar nas peças Retratos de Augustus John e O Fingidor?

R. R : Eu já conhecia O Fingidor e o Samir Yasbek há um tempo e adorava o espetáculo. Quando O Fingidor comemorou 10 anos, o Samir me convidou para fazer a Amália e foi muito legal. Em Retratos eu trabalhei com o Genézio de Barros que já conhecia de "Santo de casa..." e com o Hugo Coelho, que nos dirigiu. Fazer a Dorélia, mulher do Augustus, foi maravilhoso.
P. T : Na minissérie Queridos Amigos, você viveu a Regina, que era uma personagem digamos assim, mais "Dramática". É mais Fácil fazer Comédia ou Drama?

R. R : Acho que pra gente conseguir um bom resultado seja na comédia ou na tragédia, é preciso uma boa dose de dedicação, estudo, empenho, investimento energético e emocional e muita paciência. Eu gosto muito de fazer comédia, mas nem por isso é mais fácil que o drama.
P. T : A maioria dos Atores tem sempre aquele personagem favorito, que mais gostou de interpretar. Qual é a sua preferida?

R. R : Eu curti muito fazer a Laura do "Santo de Casa...", a Regina do "Queridos Amigos" e a Dorélia do "Retratos".
P. T : O fato de ser poliglota deve ter aberto muitas portas, não? Teve algum idioma que foi mais complicado aprender? Qual?

R. R : Acho que mais do que abrir portas, conta pontos. Posso dizer que, depois do Inglês que é um idioma prático e objetivo, os outros que conheço são todos difícies, inclusive o Português.

P. T : O que gosta de fazer nas horas vagas?

R. R : Eu adoro ficar em casa, curtir a família, um bom filme...

P. T : Qual seu livro favorito?

R. R : "Muitas vozes" de Ferrera Gullar está sempre circulando em casa.

P. T : Pra finalizar: Recentemente você participou da série Divã. Quando iremos ter o prazer de vê-la atuando novamente? Algum personagem em vista?
R. R : No momento estou fazendo uma participação na Novela Amor e Revolução, como a Margarida, mulher do delegado Aranha. Estou me preparando para um longa que deve acontecer no segundo semestre.

(Por Priscila Toller)