sexta-feira, 29 de abril de 2011

Emocionante, “Evita” dá a Capovilla status de diva



Opinião de musical
Título: Evita
Letras: Tim Rice e Andrew Llloyd Webber
Versão brasileira: Cláudio Botelho
Direção: Jorge Takla
Elenco: Fred Silveira, Daniel Boaventura, Paula Capovilla e grande elenco
Local: Teatro Alfa – São Paulo
Data: 28 de abril de 2011 (em cartaz até 31 de junho)
Cotação: **** ½

Clássico musical de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, Evita volta ao Brasil após quase 30 anos da primeira montagem tupiniquim, que contou com a cantora Claudya no papel título. O musical conta a história de Eva Perón, primeira dama argentina casada com o ditador Juan Perón e imagem venerada na Argentina por sua ligação com o povo pobre, chamados de “descamisados”. O musical retrata Eva como o mito que de fato foi, a “santa Evita”, como fora chamada, mas não deixa de lado também as falcatruas feitas por seu marido e pela própria enquanto tinha o apoio popular.
A segunda versão brasileira conta com a direção de Jorge Takla (que trouxe grandes clássicos para o Brasil, como O Rei e Eu, West Side Story e My Fair Lady) e com a tradução do sempre hábil Cláudio Botelho que, especialmente em Evita, dá a prova definitiva de sua excelência como versionista. Mas a grande maravilha do musical está no elenco escolhido para viver os três protagonistas. Fred Silveira mostra-se muito seguro e dá provas de seu talento ao encarnar Che, personagem que funciona muitas vezes como a voz destoante do governo Peronista, muitas vezes como a consciência de Eva. O ator tem apenas grandes momentos ao narrar a história da primeira ama argentina desde sua infância simples até o galgar rumo a fama e glamour o lado de Jan Perón; Este vivido por um também seguro e talentoso Daniel Boaventura, que emociona e coloca seu carisma a cargo de uma personagem que, originalmente, mostra-se fria e consegue grandes momentos emocionando o publico, inclusive em seu bom número solo
“Ela é um Diamante”. Mas o grande destaque está mesmo em Eva Perón. Paula Capovilla foi escolhida pelo próprio Adrew Lloyd Webber para viver a mística personagem. A atriz prova a excelência de sua voz e interpretação ao encarnar uma personagem de tons diferenciados. Desde seu primeiro grande número, “Buenos Aires”, Paula já mostra a que veio. A atriz faz com maestria a passagem do tempo na vida de Eva Perón, desde a garota inocente e determinada aos 15 anos a vencer em Buenos Aires até a aproveitadora que usa seus amantes para subir na vida até se tornar uma estrela do rádio que luta contra a burguesia. Paula consegue momentos emocionantes e convincentes, principalmente ao conhecer Perón. Seu grande momento está mesmo em “Não Chores por Mim, Argentina”, o momento mais impactante do musical, hora pelo ótimo arranjo, hora pela surpreendente versão de Cláudio Botelho e hora pela interpretação emocionante (e emocionada) de Capovilla. Vale ressaltar também o cenário simples que conta com um grande telão cobrindo todo o palco e exibindo belíssimas imagens de arquivo de Eva. Fica na memória.
A direção competente de Jorge Takla, a bela cenografia, a excelente versão de Botelho, os arranjos, o elenco de apoio (outro show a parte, um elenco que prova a excelência brasileira para os grandes musicais), um ótimo Perón, um ótimo Che e a grande cereja deste bolo, Eva.
Evita dá, enfim, a Paula Capovilla o status de diva brasileira, entrando para o hall das grandes atrizes que viverão Eva dentro do cenário musical.

Paula Capovilla


Achei que Paula Capovilla merecia um post apenas para ela antes de eu postar minha opinião sobre o musical Evita. A atriz já esteve em grandes musicais, dentre eles Les Miserables e Cole Porter – Ele Nunca Disse que me Amava, mas chega agora finalmente seu momento de brilhar. No papel de Eva Perón, primeira dama da Argentina, Paula mostra seu talento e profissionalismo encarnando uma personagem que tornou-se mítica não apenas no cenário musical mundial mas também no cenário político argentino e latino. Eva Perón é uma personagem dificílima de se interpretar, visto que todas as suas canções (e para os que não sabem, Evita não tem diálogos falados, apenas cantados) são em tons bastante altos. Patti LuPone (uma das grandes divas da Broadway) declarou uma vez ter detestado ter feito esta personagem por precisar se “esguelar” para cantar e que Evita era uma produção criada por um homem que odiava as mulheres, afinal ninguém conseguiria alcançar aquelas notas com facilidade. Foram poucas as atrizes na Broadway que se sentiram confortáveis com esta personagem, assim como na West End de Londres; No entanto no Brasil a cantora Claudya encarnou a primeira Eva brasileira e mostrou-se hábil e capaz de alcançar grandes notas sem dificuldades. O filme gerado pelo musical apresentou Madonna no papel de Eva Perón e, para os que conhecem o musical, sua interpretação foi decepcionante (e olha que sou fã adorador da Madonna). Todas as canções foram apresentadas em tons muito baixos perdendo o impacto da força de Eva. E assim foi sendo feito em diversas montagens, todas as canções eram apresentadas em tons abaixo do normal. Isso até agora. Jorge Takla foi um dos primeiros diretores a optarem por voltar a subir o tom do espetáculo e, para isso, era necessário encontrar uma atriz especialmente capaz de tal. Paula Capovilla foi a eleita. Um vídeo de sua audição foi enviado a Andrew Lloyd Webber (o autor do espetáculo), que aprovou a triz como Eva. E não foi à toa. Paula encarna Eva não apenas com uma interpretação forte e convincente, mas com uma voz impecável. Ela é engraçada, determinada (prova disso é uma das canções mais impactantes, “A Nova Argentina") e emociona (principalmente em dois grandes momentos: “Não Chores por Mim Argentina” e “E o teu Amor"). Paula é uma atriz perfeita.
Tive a chance de falar com ela após o espetáculo para parabeniza-la e estou ainda estático com seu carinho e sua simplicidade. Vida longa para Paula, a deusa dos musicais brasileiros.

"The Addams Family" chega ao Brasil em breve




Musical de Marshal Brickman e Rick Elice com letras de Andrew Lippa, The Addams Family estreou na Broadway em 2010 com críticas controversas. Muitos criticavam o libretto e as canções exaltando apenas o elenco (então encabeçado por Bebe Neuwirth e Nathan Lane); Outros diziam ser um dos grande smusicais por ser engraçado e realmente divertido. O fato é que The Addams Family foi um sucesso de público e ganhou todos os prêmio de voto popular na Broadway. Agora o musical aportará no Brasil. A produtora Time 4 Fun comprou os direitos para a montagem brasileira, que ainda não conta com nenhum nome confirmado na produção. A estreia também é uma incógnita, sabe-se apenas de que substituirá Mamma Mia!. Sabe-se apenas que a versão tanto do texto quanto das letras deverá ser de Cláudio Botelho. Aguardar.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Boletim Clímax: Disco nas lojas em breve



E tudo corre as mil maravilhas com a produção de Clímax. A masterização acontece na segunda-feira e o disco será entregue logo em seguida. As cópias começarão a ser produzidas e o disco chegará às lojas na primeira semana de junho. A produção do álbum é de Edu Martins e conta com as participações de Vanessa da Mata, Edgar Scandurra, Samuel Rosa e Karina Buhr. O repertório completo aind anão foi revelado, mas sabe-se que há canções já conhecidas como "Não me Venha mais com Amor" (parceria com Adriana Calcanhotto), "A Parte que me Cabe" (com participação de Vanessa da Mata), "Keep Walking", "Doce de Nós", "Call Me", "Sp Feelings", "De Todas que Vivi" e "As Ordens do Amor". Ainda não se sabe se Adriana Calcanhotto participará do disco ou não, também é uma incógnita se a canção "Como Dois e Dois" de Caetano Veloso estará no disco ou não.

Cia Alma&Espírito prepara 2 peças e comemoração



A Cia de artes Alma & Espírito se prepara para comemorar 5 anos de atividade e, para a comemoração, está marcada a estreia de Rascunhos Contemporâneo, espécie de obra criada a partir de Rascunhos, peça apresentada no circuito independente em 2008. A peça trata de situações contemporâneas sociais, desde Copa do Mundo e política até o Natal e a letargia humana. A peça tem estreia agendada para o mês de junho em São Paulo e contará no elenco com nomes como Patrícia Weiss, Maria Creuza, Jeferson Cruz, Adriana Mota, Mário José Cutolo, Alexandre Mota, Lucas Magalhães, Janaína Moreno, Amanda Magalhães e Thiago Mota. Além de Rascunhos Contemporâneo está também agendada para o segundo semestre de 2011 a estreia de O Último Jantar, peça baseada no livro de Vera Lúcia Marinzeck. A peça é o segundo drama da CIA (o debute aconteceu em 2009 com As Notas). Data e local ainda são incertos, mas a peça ganhará os palcos no segundo semestre de 2011. Ambas as peças contarão com a direção de Mário José Cutolo (autor também dos textos) e produção da Alma&Espírito Produtora Ltda.

sábado, 23 de abril de 2011

Gypsy Brasil 1 ano!

Gypsy Brasil 1 Ano: Gypsy


Há exato 1 ano aportou no Brasil a montagem do “musical perfeito”. A primeira montagem em terras tupiniquins ocorreu pelas mãos mais que talentosas da dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho. Eles tiveram a competência de encontrar os músicos perfeitos para executarem as canções perfeitas, as crianças perfeitas para dançarem as coreografias perfeitas, os atores perfeitos para darem vida aos coadjuvantes perfeitos e a atriz perfeita para dar vida à personagem perfeita. Claro que a atriz é Totia Meireles, a personagem é Mama Rose e o musical é Gypsy. O texto de Arthur Laurents com músicas de Jule Styne e letras de Stephen Sondheim estreou na Broadway no final da década de 50 e demorou mais de 40 anos para aportar no Brasil. No entanto, quando aportou, ficou para a história.
Fazer uma sinopse do musical é extremamente complicado, principalmente por ser uma história densa que gira em torno de uma personagem principal: Mama Rose! A personagem mais emblemática e difícil do teatro musical. Mama Rose equivale ao teatro musical o mesmo que Hamlet equivale ao teatro clássico. Portanto, como essa personagem é tão emblemática, me limitarei a contar sua história, deixando que a própria se entremeie com a estória do espetáculo. Em primeiro lugar a história contada em Gypsy é verídica, ou seja, Mama Rose realmente existiu. Se ela foi como é retratada no musical não sei, mas que sua intensidade e dramaticidade mereciam os palcos, isso é bem verdade. Rose tinha um sonho: transformar sua filha June em uma estrela. Ela colocava a garota para cantar em teatros, casas, no que fosse possível Rose fazia com que sua filha apresenta-se seu número acompanhada da irmã, Louise. Rose conhece Herbie e ambos iniciam um relacionamento que não passa de um relacionamento quase casual, afinal Rose recusa-se a casar até conseguir que sua filha alcance o estrelato. A história muda de figura quando June decide abandonar a mãe e foge ao lado de Tulsa (paixonite da irmã Louise) para tentar o estrelato por si própria. A perceber que suas chances estavam por um triz Rose decide mudar o foco do estrelato e lutar para que a filha Louise torne-se uma estrela do então já falido teatro de variedades. Quando, por descuido de Herbie, todos acabam num teatro burlesco Rose incentiva a filha a fazer uma ponta num espetáculo, incentivando-a mais tarde a fazer o espetáculo de strip-tease, mas sem tirar toda a roupa. Assim nasceu a strip-lady (método adotado por Dita Von Teese) e assim nasceu Gypsy Rose Lee, a striper norte americana que escreveu sua biografia e deu origem a este musical.
Nossa montagem estreou no Rio de Janeiro e depois veio aportar em São Paulo, no Teatro Alfa, onde tive a oportunidade de assistir nada mais nada menos que 12 vezes! Desde a pré-estreia até o quase penúltimo dia. Foi uma emoção atrás da outra. A produção brasileira é uma das mais caprichadas que tive a oportunidade de ver. Em vídeo vi montagens com Patti LuPone e Bernadette Peters e, confesso, nossa montagem, até em vídeo, me agradou mais. Nossa Mama Rose também me agradou muito mais. Totia Meireles deu vida a uma Rose simplesmente impossível de não se afeiçoar. Não dá para não entender e por vezes (muitas vezes) até torcer por Rose. Ela é a grande estrela e nós temos (nós seres humanos) a tendência de sempre torcer pela estrela principal. Essa é a mágica de Gypsy.
Este tornou-se meu musical favorito por muitos aspectos: a música simplesmente inebriante (impossível sair do primeiro ato sem cantarolar
“Everything Coming up Roses” e do final sem cantarolar “Rose’s Turn"), as coreografias sem igual (durante todo o primeiro ato a vontade que tive era a de subir no palco e começar a dançar junto – depois que assisti pela sétima vez já tinha decorado boa parte da coreografia), as personagens sem igual (quem sai do primeiro ato sem morrer de raiva da June? E ao final da peça sem um amor intenso pelas três stripers Mazzeppa, Tessie Tura e Electra?). Gypsy é perfeito e nossa montagem conseguiu transcender a perfeição da beleza de cenário, da exatidão da tradução de texto e letras, da execução das canções... Tudo isso capitaneado pela grande dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho. Só de citar o nome destes dois já se diz tudo.
O fato é que este é um musical perfeito que contou com um elenco perfeito. Uma Gypsy excepcional (a melhor que tive chance de ver) interpretada por Adriana Garambone, uma June realmente encantadora, interpretada pela querida Renata Ricci, um Herbie carismático e exato interpretado por Eduardo Galvão e uma Mama Rose inclassificável, impossível de descrever, interpretada pela diva mor Totia Meireles. E quando digo que sua Mama Rose é indescritível não exagero pelo fato de que ela realmente é. A emoção de Totia, sua maestria com a personagem feminina mais temida de todo o teatro musical, tudo isso é impossível de descrever em palavras. Sua Mamma Rose disputa o primeiro lugar (a meu ver) com a de Bette Midler e as de Ethel Merman e Patti LuPone. Mas Totia está acirrada com Bette que também é uma das melhores.
E é por esse amor a Gypsy, por este musical de grande excelência que entro em campanha: volta Gypsy. É um espetáculo que deveria voltar a entrar em cartaz e nunca mais sair. Mamma Rose é eterna. Ela merece ser eternizada também no Brasil, assim como Totia merece o Tony por sua Mama. “I have a dream, a wonderful dream” e o sonho é o retorno de Gypsy o mais rápido possível... com Totia como Mama, claro!


Gypsy

Gypsy Brasil 1 Ano: A Mama Rose!


“Você vai brilhar e o mundo aos seus pés vai ficar”. Assim cantava Mama Rose para sua filha Louise. Mas o que Rose não sabia de fato era que a verdadeira estrela seria ela. E assim foi feito.
Gypsy é um musical criado com base no livro de memórias da stripper norte americana Gypsy Rose Lee. O musical conta sua vida desde sua infância até sua ascensão dentro do mercado do teatro burlesco. No entanto o musical que conta com texto de Arthur Laurents não tem Gypsy como principal protagonista. A protagonista é sua mãe, Rose.
Rose (mais conhecida como Mama Rose) tinha como grande sonho ver suas duas filhas, Louise e June, como estrelas do teatro de variedade e, para tanto, não mediu esforços. O fato é que sua filha favorita (a estrela) June decidiu fugir. Então sua nova ambição era transformar “o patinho feio” Louise em uma grande estrela. O tiro saiu um tanto pela culatra, mas Rose fez de sua filha uma grande estrela.
O fato é que Rose não é a protagonista à toa. Ela é intensa, densa, engraçada, bem humorada, dramática, decidida, emocionante, ela é o Hamlet do teatro musical. Assim como todos os homens temem esta personagem clássica de Shakespeare não há uma mulher dentro do teatro musical que não tema Rose, por tanto não são todas as atrizes que se atrevem a encarnar essa personagem extremamente complicada. Apenas as melhores puderam fazê-la e, dentre as melhores, estão as melhores mesmo! A primeira Rose do teatro musical foi a igualmente intensa Ethel Merman, depois houveram outras como a ótima Rosalind Russel, Tyne Daly, Bernadette Petters, Bette Midler, Patti LuPone (sim, ela mesma, a primeira Evita) e, no Brasil, Totia Meireles. As três que tive a chance de acompanhar foram Rosalind Russel (do filme de 1962), Bette Midler (do filme de 1993) e, lógico, Totia Meireles (em 2010). O fato é que estas três fizeram personagens iguais porém completamente distintas e foi Totia (empatada com Bette Midler) que roubou meu coração. A atriz é uma verdadeira atleta e criou uma Rose simplesmente encantadora. Completamente terna, Rose de Totia convencia até o último minuto que estava preocupada com o futuro das filhas e com o sucesso que elas deveriam fazer. A Mama Rose é uma personagem que explicita os sentimentos mais contraditórios em quem a assiste e é exatamente por isso que a acho perfeita. Não é possível ver Rose como uma vilã. É possível vê-la como uma mulher apaixonada por seu companheiro Herbie, dedicada as suas filhas e batalhadora, sempre atrás de seus sonhos. E é por isso que é ela a real grande estrela. É ela quem canta 8 canções, ela quem fala o tempo todo, está em 90% das cenas... ufa! É Rose a real estrela. E só Totia Meireles seria capaz de fazê-la porque, mesmo que a televisão não mostre isso, Totia é uma atriz intensa no palco, uma verdadeira rainha soberana reinando em seu trono de realeza dos musicais. Totia é rainha (divide o trono com Ivana Domenico) e Rose foi sua coroa.
“Hoje eu sonhei um sonho feliz”. E nele Totia Meireles era Mama Rose mais uma vez e mais uma vez e mais uma vez. Não foi à toa que assisti 12 vezes este musical. Totia é a sua hora.
Só o que peço é que na próxima encarnação eu volte mulher, só para viver Mama Rose!


Quem é Mama Rose?

Gypsy Brasil 1 Ano: Nós Somos um Casal

Gypsy Brasil 1 Ano: Cine Cultura



Gypsy Brasil 1 Ano: As vedetes!

Making-of:


Um Truque

Gypsy Brasil 1 Ano: A estreia (Teatro Villa-Lobos)

Gypsy Brasil 1 Ano: Eduardo Galvão é Herbie

Gypsy Brasil 1 Ano: Os Tulsas de "Gypsy"

Gypsy Brasil 1 Ano: Quem é Baby Louise?

Gypsy Brasil 1 Ano: Quem é Baby June?

Gypsy Brasil 1 Ano: Os rapazes de "Gypsy"

Gypsy Brasil 1 ano: Orquestra e musicos

Gypsy Brasil 1 Ano: Charles e Cláudio apresentam

Gypsy Brasil 1 Ano: Clipe de ensaios

Gypsy Brasil 1 Ano: Antes de estrear...

Gypsy Brasil 1 Ano: As moças de "Gypsy"

Gypsy Brasil 1 Ano: Sessão de fotos!

domingo, 10 de abril de 2011

A volta de Marina Lima


Desde 2001 os fãs ouvem a frase "Marina Lima está de volta!", no entanto o grande público só foi se dar realmente conta de seu retorno em 2005/ 2006 quando a cantora embarcou na mega produção Primórdios que gerou um grande espetáculo apresentado no eixo Rio-São Paulo e um Cd com ótimas canções inéditas. Em 2007 Marina voltou ao gosto do grande público qundo a canção "Difícil" emplacou na trilha da novela Paraíso Tropical e quando a cantora embarcou em turnê nacional com a muito bem sucedida Topo Todas Tour. Mas a ideia aqui não é traçar um roteiro da carreira de Marina na última década, mas sim expôr minha felicidade quanto a ela.

Acontece que tive a chance de assistir à gravação do programa Grêmio Recreativo do Arnaldo Antunes (exibido pela Mtv) na última quarta-feira. O programa contou com a participação de nomes como Pepeu Gomes, Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz e nada menos que Marina. Assisti a passagem de som e tive a chance de conferir o que ia rolar. O som ainda estava sendo ajeitado, eles preparavam últimos detalhes de arranjo, enfim, coisas básicas. Pulando toda a parte técnica o show começou em torno das 22:30 e Marina subiu ao palco em torno das 23:15. Eis aí o tema do post. Os últimos vídeos que tive chance de ver dela mostravam uma cantora de voz frágil e um tanto melindrosa (principalmente no programa Ensaio), no entanto na gravação do Grêmio Recreativo vi uma cantora de voz firme, não um vozeirão (até porque ninguém, em toda a carreira da Marina, esperou grandes arroubos vocais seus), mas uma voz extremamente confiante e com uma vida que não tinha tido a chance de ver ainda. E o melhor foi quando ML apresentou a inédita (para o público desatento, lógico) "Não me Venha mais com Amor". A casa veio abaixo e o público literalmente urrava por sua volta. Fui embora sem ver o fim do show, mas o fato é que minha emoção não foi pouca. Ver ali toda aquela gente gritando por ela, por sua música, por seu som, como em tempos áureos que voltaram (estão voltando aos poucos). Sua foto em capas de revistas, o anúncio de seu novo disco literalmente badalando o meio musical, todos querendo saber do que se trata. A felicidade de ver uma cantora que tanto batalhou para mostrar que seu talento e sua classe não têm limites ser recompensada por tanta luta é inenarrável. Finalmente Marina está de volta, mas está de volta como merece: como a diva pop brasileira que sempre foi! Não tem mais pra ninguém, Marina vem aí pra badalar! E viva Marina!

Boletim Clímax: Vanessa da Mata no álbum


E surgiram novos boatos sobre o álbum que está prestes a ser lançado. Ao que tudo indica Marina teria convidado Vanessa da Mata para participar de uma das faixas de Clímax. A cantora teria declarado em show realizado na noite de sábado (09/ 04/ 11) que Vanessa seria participação certa na canção "A Parte que me Cabe". A canção, que vazou na internet ano passado numa versão demo, já vem sendo apresentada por Marina durante alguns shows que vem realizando pelo Brasil. O álbum sai em maio, agora é aguardar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Eduardo Mariana - O Ridículo

Sentia-se ridículo sentado em frente àquele computador escrevendo coisas desconexas para que se sentisse inteligente. Queria muito mais sentir que era inteligente do que passar essa imagem de fato. Mas lá estava ele, pseudo-inteligente escrevendo baboseiras para enviar por e-mail. “Não me julgues, odeio escrever, prefiro falar” ou “não pense que coragem me falta, eu a tenho, mas é tão mais cômodo estar aqui escrevendo isso para você” ou ainda pior “sou muito melhor na escrita que na fala”. Tudo era tão ridículo que dava a ele a vontade de morrer um pouco para depois retornar e escrever mais daquelas baboseiras sentimentais e boçais, mas que, para ele, faziam o maior sentido do mundo e soavam geniais.

Eduardo tinha esse costume. Era extremamente tímido e mais que tímido medroso. Não sabia se declarar, então o fazia por e-mail. Algo que só não é patético porque é ridículo. Ou só não é ridículo porque é patético. Mas lá estava ele. “Querida Cristiane, te escrevo esse e-mail para lhe contar de todo o meu amor”. “Saco”. Apagou tudo. “Cristiane, te envio esse e-mail para marcarmos uma conversa, te adianto o assunto: te amo”. “Bom”. Patético. Ouvia uma seleção de canções fossa enquanto cantava em busca de inspiração. Ia de Adriana Calcanhotto (que é pra ver se você vooooltaaaaa, que é pra ver se vocêêê veeem, que é pra ver se você olhaa pra miiiim!) a Ana Carolina (eu só quero saber em qual rua minha vida vai encostar na tuaa) sem nenhum pudor, passando por Madonna (you must love meeeeee), Roberto Carlos (hoje eu ouço as canções que você fez pra miiiim) e finalmente Beatles (lucy in the skyy with diamonds). Pronto. Beatles. Havia se esquecido de que prometera nunca mais ouvir Beatles, ainda mais essa canção. Era a canção favorita de Mariana e sabia que, inconscientemente, tinha feito isso de propósito. Largou o e-mail de lado e abriu a gaveta da escrivaninha. Lá estava uma foto sua com Mariana tirada há alguns anos atrás numa festa a fantasia em algum evento qualquer. Os dois se encontraram por acaso, mesmo ambos sabendo que o outro iria. Foi um encontro casual. Ele vestido de pirata, ela de diabinha. Estava linda. Eduardo a olhou de cima a baixo e tentou disfarçar seu coração saltando rápido, seus lábios secos. Já estava apaixonado por ela e sabia o quão intenso era. “Como está?” “Muito bem e você?” “Estou bem também. Não sabia que gostava de piratas” “Nem eu que você gostava de diabos” “São os melhores”. Concordou. Os dois conversaram, tiraram fotos e mantiveram um papo agradável, uma amizade bastante lúcida e divertida. Eduardo sabia que estava apaixonado por Mariana, mas Mariana sequer notou qualquer indireta. “Acho que vou embora”. “É, eu também”. “Veio de carro?”. “Não, peguei um táxi”. “Quer carona?”. “Lógico”. Ambos saíram da festa após terem se despedido, a mãe de Mariana presente continuou na festa prometendo ir embora logo mais. Ambos foram em direção ao carro de Eduardo, ele tremendo, vendo ali uma grande chance, ela cambaleando graças aos dois pequenos copos de cerveja que tomara (fraca para bebidas que era). Despediram-se com um beijo cordial, Eduardo ainda tremendo sem saber ao certo como conseguiu dirigir até a casa de Mariana. “Nos vemos amanhã?” .“Claro”. “Espera!”. “Oi?”. Eduardo hesitou o máximo que pôde. “Boa noite”. Arrancou com o carro e foi fazer o retorno para a direção de sua casa. Chegando, já tarde da noite e embebido por sua falta de coragem sentou-se em frente ao computador e decidiu enviar um e-mail. Sentia-se ridículo escrevendo aquelas coisas, no entanto sentia-se ainda mais ridículo deixando aquilo em sua mente e, pior, em sua barriga, embrulhando-a como se fosse papel de presente velho. Sabia que precisava de Mariana, ao menos falar, contar tudo a ela. “Não me julgues mal”...

“Foi aí que tudo degringolou”. Pensava enquanto olhava para a foto que tinha de Mariana no grupo de teatro. Olhou de volta para o e-mail que escrevia. Será possível alguém tão patético assim se utilizar das mídias eletrônicas para dizer algo que pessoalmente seria bem mais intenso e interessante? O coração saltaria pela boca, as pernas ficariam bambas e a boca seca, os olhos, com muita sorte, marejados, as mãos trêmulas e a barriga embrulhada, tudo isso numa adrenalina que nenhuma outra droga seria capaz de proporcionar. Olhou fixamente para a tela do computador. Babaca. Patético. São infinitas as palavras para definir a autocrítica de Eduardo naquele momento. Olhou fixamente para o e-mail e apagou a última frase que havia escrito. “Assim não está bom”. “Precisaremos conversar sobre isso, é um assunto sério, afinal de contas...”.

Eduardo & Mariana - O retorno

Para aqueles que acompanharam a trilogia (que se extendeu em mais um texto) das crônicas Eduardo & Mariana no ano passado voltarei a produzi-los esporradicamente neste ano de 2011. Ou seja, não haverão dias da semana para que sejam postadas, nem um critério certo. Serão escritas e postadas quando possível. Para aqueles que não acompanharam, Eduardo & Mariana trata-se de uma coleção de textos sobre uma relação moderna de amor que não aconteceu, de uma amizade que acabou de de um "bom dia" que não existe mais. Espero que curtam.

Kid disponibiliza "Glitter" para audição no site


O grupo Kid Abelha disponibilizou para audição em seu site oficial a canção "Glitter de Principiante", que dá título ao show que estreia em 14 de abril no Teatro Guaíra em Curitiba (PR), informou o jornalista Mauro Ferreira em seu blog Notas Musicais. A canção, que já havia "vazado" na rede numa versão demo agora ressurge em sua versão definitiva e já fora encorpada ao roteiro do show, que também conta com outras inéditas, como "Veio do Tempo". O show, que será registrado para gerar Cd, DVD e blu-ray, priorizará canções que não entraram no projeto Acústico Mtv, dentre eles "Todo o Meu Ouro", "Seu Espião", "Dizer não é Dizer Sim", "Em 92" dentre outros. Estarão presentes também hits inevitáveis. Aguardar.

Addor debuta no mercado fonográfico em maio


Uma das muitas cantoras do circuito da Lapa no Rio de Janeiro, Elisa Addor já há cinco anos anuncia "para breve" seu primeiro Cd. Ao que tudo indica a cantora finalmente debutará no mercado fonográfico. De acordo com a coluna de Arthur Xexéo no O Globo, o álbum da cantora conta com a produção de Edu Krieger e tem lançamento agendado para maio, ainda sem gravadora divulgada. Addor é um dos destaques das noites cariocas e já fez parte do time de convidadas do álbum As Cantoras do Rádio, lançado em 2008 com letras de Ricardo Brito.

Boletim Clímax: O disco apenas em maio


Devido a agenda cheia que vem cumprindo, Marina anunciou que não conseguirá lançar o álbum neste mês de abril, como prometido inicialmente. A cantora, que já tem 7 faixas prontas está prestes a mixar mais 4, no entanto a cantora viajará para realizar shows em Vitória, Ceará além de sua apresentação na Virada Cultural, em São Paulo. A cantora também participará do novo programa que Arnaldo Antunes estreará em breve na MTV além do já gravado programa Estrelas apresentado por Angélica e exibido pela rede Globo. Marina anunciou o lançamento de Clímax para o final do mês de maio. Já estão prontas as faixas "A Parte que me Cabe", "Doce de Nós", "Não me Venha mais com Amor", "Call Me", "SP Feelings", "De Todas que Vivi" e "Keep Walking". Aguardar.

domingo, 3 de abril de 2011

Cavallera grava participação no álbum de Rita


Ex-baterista do grupo Sepultura (e atual líder e baterista do grupo Cavalera Conspiracy), Iggor Cavalera gravou participação assumindo as baquetas de duas faixas do álbum que Rita Lee prepara ao lado de Roberto de Cavrlaho e de Apollo 9. As faixas são "Tô um Lixo" e "Vidinha Besta". Doze músicas já foram gravadas para o álbum, produzido simultaneamente com o álbum Bossa'n'Movies, que a cantora produz com trilhas de filmes em ritmo de bossa.

Fonte: Notas Musicais.

Boletim Clímax: "Desencantados", a música com Buhr


Parceria de Marina com a cantora Karina Buhr, "Desencantados" é o título da canção que estará em Clímax (e provavelmente no segundo álbum da carreira de Buhr, a ser lançado ainda neste ano de 2011). Marina e Karina já cantaram juntas durante o carnaval da cidade de Recife, com um dueto no frevo "Voltei, Recife". Aguardar.