terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vídeo do dia: Vai de Madureira - Zeca Baleiro

Prefácio a Olho Nu

E mais uma vez dou voz à Elis Kauahara:

Eles olharão como você segura o garfo e como o leva até a boca, eles olharão sua postura, olharão seus hábitos, seu tom vocálico, olharão sua pele, sua roupa. Eles olharão suas formas e olharão de novo, olharão suas ideias, olharão sua superfície e talvez seu interior. Olharão suas manias, seus vícios, olharão o seu design, suas deficiências, olharão o modo como você rói as unhas, olharão seus tombos, olharão os seus filmes prediletos, olharão sua companhia, olharão a sua carência, sua força, seu ponto fraco. Eles olharão suas marcas de expressão, olharão o seu sorriso, sua ruga de preocupação, olharão você chegar ao fundo do poço e olharão quem sabe você se erguer. Eles olharão, olharão e olharão, até te sufocarem, até você perder o que eles chamam de privacidade. Eles olharão seu insucesso e talvez seu êxito.
Eles vão crer e supor o que quiserem a seu respeito, irão formar um conceito, irão te sentenciar, uns quiçá decidirão por você.
Você será avaliado, julgado e talvez aceito. Meu filho, você está pronto para nascer?

Elis Kauahara.
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Superstafa

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Álbum americano de Valle ganha edição nacional


Álbum que consolidou a carreira de Marcos Valle nos Estados Unidos nas décadas de 60 e 70, Samba 68 ganha sua primeira edição brasileira pelo selo Dubas Música, com distribuição da Universal Music.
O álbum, lançado em 1968 pelo selo Verve, conta com grandes clássicos da carreira de Valle vertidos para o idioma inglês, dentre eles estão
"So Nice (Summer Samba)" ("Samba de Verão"), "Crickets Sing for Anamaria" ("Os Grilos"), "The Answer" ("A Resposta") e "If you Went Away" ("Preciso Aprender a Ser Só"). O álbum conta também com as obscuras "Sonho de Lugar" (gravada originalmente pelo grupo Conjunto 3D) e "Pepino Beach". A produção caprichada de Bob Morgan e Ray Gilbert, o álbum ainda conta com arranjos de cordas de Eumir Deodato.

Fonte: Ziriguidum.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vídeo do dia: Odeon - Fernanda Takai

Kid regrava "Jardins" para trilha de novela


Lançada em 1978 no álbum Babilônia, a canção "Jardins da Babilônia" foi lançada originalmente por Rita Lee ao lado do grupo Tutti-Frutti naquele que seria o álbum derradeiro da parceria entre a roqueira e a banda. Agora, 32 anos depois, o hit ganha uma nova regravação (dentre diversas outras, como a do Barão Vermelho na década de 90, por exemplo). Ficou a cargo do recém-reativado Kid Abelha gravar a canção para ser tema da nova novela das 18h da Rede Globo, Araguaia, de Walter Negrão. A canção não deverá figurar no roteiro do show que o Kid estreia ano que vem em comemoração a seus 30 anos de existência e atividade.

Agora é assim...

Rei morto, rei posto!

domingo, 26 de setembro de 2010

Vídeo do dia: Las Muchachas de Copacabana - Ney Matogrosso e Chico Buarque

Balacobaco X 3001 - Uma analogia.


Nos anos de 2000 e 2003 Rita Lee lançou aqueles que se destacariam entre os melhores álbuns de sua carreira desde os anos 80. 3001 (2000) e Balacobaco (2003) são discos de canções inéditas premiadíssimos (tanto que o primeiro ganhou o Grammy Latino de melhor álbum de rock). Os álbuns são tão bons que nem sequer os críticos conseguem te ruma opinião unânime. Alguns dizem que 3001 é mais visceral, mais pesado, mais Rita Lee; Outros dizem que Balacobaco é mais debochado e mostra uma faceta de uma Rita caseira e de composições leves (como é de praxe). A produção de Roberto de Carvalho é impecável em ambos os álbuns. A arte gráfica é impecável em ambos os álbuns. As gravadoras (Universal Music e Som Livre) fizeram uma ótima divulgação em ambos os álbuns (tanto que os dois tiveram canções como tema de novela – “Erva Venenosa”, do 3001, foi tema de Um Anjo Caiu do Céu, enquanto “Amor e Sexo”, do Balacobaco, foi tema de Celebridade e “Tudo Vira Bosta” foi tema de Senhora do Destino. Duas das três canções (“Amor e Sexo” e “Erva Venenosa”) se tornaram grandes hits da carreira de Rita, que podem não competir com “Ovelha Negra”, “Lança Perfume” ou “Mania de Você”, mas bate bem de frente com “Mamãe Natureza”, “Saúde”, “Todas as Mulheres do Mundo” e “Obrigado Não”.

Enfim, eu também não tenho um favorito. Cada qual tem seu “algo mais” que me puxa para ouvir, portanto decidi fazer uma relação entre as 12 faixas de cada um (ambos combinam até no número de faixas). E vamos lá!


1- Amor e Sexo (Balacobaco)/ 1- 3001 (3001)


Uma balada e um rock com um “q” progresssista-pop-moderno. “Amor e Sexo” é uma parceria de Rita, Roberto e Arnaldo Jabor e faz uma análise minuciosa de duas das coisas mais importantes num relacionamento: amor e sexo. A melodia é chiclete e a letra é deliciosa (apesar de não ser facilmente decorável). Um hit radiofônico certeiro tema de uma das melhores novelas da década: Celebridade. Já “3001” é uma parceria de Rita com Roberto e o parceiro tropicalista Tom Zé. A canção é mais complexa e a melodia rock-eletrônica é de difícil assimilação. A faixa é ótima, mas não cairia no gosto do grande público.

Ponto pro Balacobaco.


2- A Fulana (Balacobaco)/ 2- 2001 (3001)


Uma balada mais dançante e uma regravação de um antigo sucesso eletronizado. “A Fulana” é uma parceria da dupla Lee & Carvalho com uma letra debochada e divertida, que conta a historinha de um relacionamento que não deu certo, mas que ela, a traída, saiu por cima. Já “2001” é um antigo hit d’Os Mutantes, mais uma parceria de Rita com o amigo tropicalista Tom Zé. Um antigo rock ruralista que se tornou um rock eletrônico delicioso, com um refrão chiclete e uma sonoridade underground. Ou seja, agrada diversos gostos.

Ponto pro 3001.


3- As Mina de Sampa (Balacobaco)/ 3- Você Vem (3001)


Dois rocks maravilhosos, meus favoritos. “As Minas de Sampa” é um rock delicioso, uma homenagem às paulistanas e um deboche de Rita para com ela mesma, típica menina paulistana. Um rock de harmonia chiclete e refrão idem. Bárbaro. Já “Você Vem” (3001) é um rock de letra maravilhosa e deliciosa e com um arranjo punk. O refrão também é chiclete sem cair no lugar comum.

Ponto para ambos.


4- Copacabana Boy (Balacobaco)/ 4- Erva Venenosa (3001)


Uma balada e um ritmo indescritivelmente delicioso. “Copacabana Boy” é outra parceria da dupla Lee & Carvalho, com uma belíssima letra criada por Rita para homenagear Roberto (seu marido e parceiro carioquíssimo). A melodia criada por Roberto também não fica por menos, é uma das faixas mais belas do álbum. Já “Erva Venenosa” é um regravação de Rita para um hit da década de 60 e 80 mas que, na voz de Rita, ganhou proporções bem maiores. É uma batida de festa com pitadas eletrônicas e roqueiras. Uma letra chiclete e gostosa, enfim... Um hit certo.

Ponto pra ambos.


5- Balacobaco (Balacobaco)/ 5- Mentiras (3001)


Uma levada eletrônica e um rock-balada. “Balacobaco” é mais uma parceria de Rita e Roberto. Uma das canções mais deliciosas do álbum, que conta a história de uma empregada que leva a vida difícil da classe média. Difícil, porém divertida. Não é um hit, pois não é radiofônica, assim como a deliciosa levada pop-eletrônica criada por Roberto que, apesar de deliciosa, não é tão chiclete. Já “Mentiras” é uma ótima composição de Roberto, que mostra que sabe fazer letra (mesmo que mediana, se comparada às outras letras do álbum). No entanto a canção não é tão envolvente e seria facilmente descartada do álbum.

Ponto pro Balacobaco.


6- Já te Falei (Balacobaco)/ 6- Rebeldade (3001)


Uma balada tribalista e um rock “mãe-e-filho”. “Já te Falei” é um presente dos tribalistas Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte e Dadi Carvalho para Rita. Uma melodia deliciosa e chiclete e uma letra viva e gostosa, um hit fácil se bem trabalhado. Já “Rebeldade” é uma canção ótima, um rock pesado e de letra interessantíssima, não é tão palatável, mas é interessante. Uma parceria de Rita com o filho, o músico Beto Lee. No entanto, não é uma canção tão deliciosa e irresistível quanto “Já te Falei”.

Ponto pro Balacobaco.


7- Nave Terra (Balacobaco)/ Pagu (3001)


Uma “oração progressista” e um blues-pop. “Nave Terra” é uma faixa interessante, parceria Lee & Carvalho, com uma melodia mais interessante que a letra em si (que é ótima). É um tijolo menor da casa Balacobaco. Já “Pagu” é uma das melhores (se não a melhor) faixa(s) de 3001. Uma parceria inédita de Rita com Zélia Duncan (que também canta na faixa). Uma letra e uma melodia que se completam. Um hit para fãs, mas que todos conhecem (ao menos o refrão). Uma faixa deliciosa.

Ponto pro 3001.


8- A Gripe do Amor (Balacobaco)/ O Amor em Pedaços (3001)


Duas baladas, sendo uma de autoria do Pato Fu. “A Gripe do Amor” é uma deliciosa balada que compara o amor a uma gripe, claro, uma parceria da dupla Lee & Carvalho. Rita e Roberto fizeram uma linda canção de refrão chiclete, mas que ficou escondida no álbum como uma das pérolas. Já “O Amor em Pedaços” é um presente de John e Fernanda Takai que caiu como uma luva no álbum. Uma balada terna e linda que faz do relacionamento um relógio que pode destruir o amor. Ótimo!

Ponto pro 3001.


9- Tudo Vira Bosta (Balacobaco)/ 9- Cobra (3001)


Um rock meio country e uma balada obscura. “Tudo Vira Bosta” é uma letra de protesto dada de presente a Rita por Moacyr Franco, uma letra que faz alusão à escatologia num ritmo meio country rock. Muito bom. Já “Cobra” tem uma letra deliciosa, cheia de jogos de palavras. Mais uma da dupla Lee & Carvalho.

Ponto pra ambos.


10- Eu e Mim (Balacobaco)/ 10- Entre sem Bater (3001)


Uma balada reflexiva e um rock escachado. Em “Eu e Mim” Rita faz uma analogia de seu eu interior analisado por seu eu exterior, a melodia de Roberto é bem sóbria e básica e, por isso, a canção é tão linda. Um dos melhores momentos do álbum. Já “Entre sem Bater” é um rock com uma letra divertida, que conta da ressurreição de uma mulher após encontrar o novo amor. Uma canção composta apenas por Rita, mas que acaba por ser um tijolo menor em sua obra se comparado a “Eu e Mim”.

Ponto pro Balacobaco.


11- Over the Rainbow (Balacobaco)/ 11- Aviso aos Meliantes (3001)


A regravação de uma das canções mais belas já feitas e um dos rocks mais fortes e inescrupulosos. Rita regravou de forma singela e gostosa uma das canções mais belas feitas para um musical, no caso O Mágico de OZ. Roberto criou uma harmonia envolvente e a voz de Rita se adequou muito bem. Já “Aviso aos Meliantes”, parceria de Itamar Assumpção e Roberto de Carvalho, lembra “Rebeldade”, mas de forma crítica e punk. Uma canção que se destaca no álbum, mesmo não tendo destaque na frutífera horta de hits da tia Rita. No entanto, nenhuma gravação pode bater de frente com a singela regravação de um dos temas mais atemporais da história da música.

Ponto pro Balacobaco.


12- Hino dos Malucos (Balacobaco)/ História sem Fim (3001)


Um hino alucinado e uma balada singela. “Hino dos Malucos” é uma deliciosa parceria entre Rita, Roberto e os roteiristas Alexandre Machado e Fernanda Young. A canção é literalmente um hino alucinógeno que foi um grande hit do filme Os Normais, inspirado na série homônima, ambos escritos pela dupla Alexandre Machado e Fernanda Young. Já “História sem Fim” é uma canção com uma letra inspirada, mas de arranjo nem tão inspirado assim. A parceria de Rita e Roberto não gerou uma canção de beleza impactante, como a letra faz supor.

Ponto para Balacobaco.


Enfim, se a contagem elegesse (na minha concepção) o melhor álbum, Balacobaco ganharia com uma diferença de 3 faixas. No entanto cada álbum tem sua peculiaridade e particularidade. Não tenho um favorito. Mas essa analogia bem (des)pretensiosa é apenas um meio de dizer: Rita, sou seu fã!

AGENDA


Em novembro a CIA de Artes AlmaEspírito estreia a peça Nós Somos Encantados, uma homenagem aos 60 anos da TV Tupy e, consequentemente, à televisão brasileira. Abaixo a agenda da peça (sujeita a alterações):


NOVEMBRO

Data: 06 de Novembro de 2010
Local: Sepej (Butantã - SP)
Evento: peça "Nós Somos Encantados" (estreia)
Horário: a confirmar
Preço do ingresso: R$ 06,00

Data: 13 de Novembro de 2010
Local: Centro Oxaláça (Interlagos - SP)
Evento: peça "Nós Somos Encantados"
Horário: 20h
Preço do ingresso: R$ 10,00

Data: 20 de Novembro de 2010
Local: Centro de Juventude (Suzana - SP)
Evento: peça "Nós Somos Encantados"
Horário: a confirmar
Preço do ingresso: a confirmar

Data: 27 de Novembro de 2010
Local: Auditório Ilza Cintra, Educandário Allan Kardec (Veleiros - SP)
Evento: peça "Nós Somos Encantados" (EVENTO A CONFIRMAR)
Horário: a confirmar
Preço do ingresso: a confirmar


DEZEMBRO

Data: 04 e 11 de Dezembro de 2010
Local: Teatro Nill de Pádua (Saúde - SP)
Evento: peça "Nós Somos Encantados"
Horário: 20h
Preço do ingresso: R$ 10,00



2011 - FEVEREIRO

Data: Fevereiro de 2011
Local: Céu Feitiço da Vila (Capão Redondo - SP)
Evento: peça "Nós Somos Encantados"
Horário: 20h
Preço do ingresso: a confirmar

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

MTV exibe "Acústico II" de Lulu hoje


A MTV Brasil exibirá hoje (sexta-feira, 24) às 19:30 o especial Acústico MTV II Lulu Santos. O especial, gravado em junho deste ano de 2010 no Polo Cine Video, no Rio de Janeiro, tem por volta de uma hora de duração e contará com a participação de Marina de La Riva, que canta, ao lado de Lulu, versão em espanhol do hit "Adivinha o Quê".
O projeto será lançado em Cd, DVD e blu-ray e já está sendo divulgado com a turnê que Lulu estreou em agosto em São Paulo, no HSBC Brasil. Entre os hits Lulu desencavou pérolas esquecidas de seu repertório, como
"Brumário", "Dinossauro Rock" e "Minha Vida" e apresenta a inédita "E Tudo Mais".
Com esse projeto Lulu já entra oficialmente para a família da MTV, contabilizando, no total, três trabalhos: Acústico MTV Lulu Santos, MTV Ao Vivo Lulu Santos e este Acústico MTV II Lulu Santos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Vídeo do dia: Mãos Atadas - Zélia Duncan

Feliz, Simone festeja em ótima companhia.


Opinião de Cd
Título: Em Boa Companhia
Artista: Simone
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: ****

Gravado no início do ano de 2010 com duas apresentações no Teatro Guararapes em Olinda, o show Em Boa Companhia deu origem a Cd e DVD ora lançados via Biscoito Fino. O show festeja o ótimo momento da carreira de Simone, proporcionado pelo ótimo álbum lançado pela cantora em 2009, o incensado Na Veia. O Cd duplo traz todos os números do DVD na íntegra, e ainda conta com ótima arte gráfica com ficha técnica completa e todas as letras das 24 canções.

O show, o melhor apresentado por Simone na década, revive canções dos áureos tempos da “cigarra”, como a que abre o roteiro. A deliciosa “Tô que Tô” abre com chave de ouro o projeto. Simone conseguiu reviver, ao vivo, a mesma delicadeza de temas registrados em estúdio e imortalizados em sua voz, como o quarto número do espetáculo: “Face a Face”. A parceria de Sueli Costa e Cacaso foi imortalizada por Simone em tempos áureos, e ganhou uma versão menos dramática, mas não menos bela.

O mote do roteiro ao vivo é o roteiro do álbum Na Veia, que tem todas as suas canções apresentadas no registro ao vivo (isso para mostrar a força do álbum). Simone mostra-se solar, mesmo sem conseguir reeditar ao vivo toda a delícia de “Love”, de Paulo Padilha. A cantora também derrapou na abordagem de “Certas Noites”. A parceria de Adriana Calcanhotto e Dé Palmeira que soava irresistível em estúdio soa apenas correta ao vivo. É o caso também de “Bem pra Você”, outra inspirada parceria de Dé Palmeira, mas, dessa vez, com Marina Lima, que ressurge menos sedutora. Por falar em Marina, a cantora aparece em dose tripla no roteiro. Simone não só registrou a inédita parceria de Marina e Dé como também deu abordagem menos pop para o hit “Fullgás” (Marina Lima/ Antônio Cícero). A “cigarra” também abordou todo o romantismo de “Nada por Mim”, a bela balada de Paula Toller e Herbert Vianna lançada em 1985 por Marina em seu disco Todas. Simone dá boas abordagens para temas alheios, como é o caso de “Ame”, que soava apenas correta em estúdio, mas que cresceu e apareceu ao vivo. É o caso também da ótima gravação de “Lá vem a Baiana”, o suingante samba de Dorival Caymmi, revivido por Simone com jinga e molejo. A cantora deu também uma roupagem deliciosa para o hit “Ive Brussel”, de Jorge Ben Jor, superando, inclusive, a gravação do autor.

À medida que as faixas são executadas é possível notar que muitas das canções do álbum Na Veia cresceram e apareceram, como, por exemplo, “Definição da Moça”, poema de Ferreira Gullar musicado por Adriana Calcanhotto, que, no álbum, passava despercebido, mas que se mostrou realmente bela ao vivo. Outra que também cresceu no palco foi “Hóstia”, inspirada canção de Erasmo Carlos que perde apenas para a mais inspirada “Migalhas”, também de Erasmo e destaque no repertório. O tom populista que Simone adquiriu nos anos 80 foi dissolvido a pó, principalmente na abordagem “cool” da cantora para “Deixa eu te Amar”, o hit oitentista de Agepê. Mas é também nos hits populares dos anos 80 que Simone pega carona para tornar seu repertório mais irresistível, como na abordagem latina de “Geraldinos e Arquibaldos”, de Gonzaguinha e regravada por Simone no álbum Na Veia. Ou então sua abordagem “cool” para “Perigosa”, a deliciosa composição de Roberto de Carvalho, Nelson Motta e Rita Lee que foi um sucesso estrondoso na voz do grupo As Frenéticas. Aliás, o tema é precedido por ótima abordagem também de “Pagando pra Ver”, outro grande momento do álbum Na Veia que apenas cresceu em cena. Mas é para “Ai, Ai, Ai”, o tema de Ivan Lins e Vitor Martins lançado por Simone na década de 80 o grande destaque já no fim do repertório (que também destaca sua versão para “Paixão”, hit de Kleiton e Kleidir). A cantora apresenta, já no fim, sua versão “Chuva, Suor e Cerveja” (Caetano Veloso), que teve seu ritmo desacelerado para valorizar a letra do baiano tropicalista. Simone encerra o disco com o sucesso “Ex Amor”, de Martinho da Vila (do qual Simone também apresenta “Na Minha Veia”, canção responsável por dar título ao álbum que inspirou o show).

Enfim, o tom festivo e solar que Em Boa Companhia exala é o reflexo de que Simone, quando se cerca de bons compositores à altura de sua voz (hoje sem a mesma força dos anos que passaram, mas ainda sedutora) está, sim, em ótima companhia.


Tudo é Cli

Elis Kauahara é brilhante. Admiro e finito. Vai abaixo um texto que achei condizente com meu atual estado de espírito. Com a palavra Elis:

Feliz foi Alberto Caeiro, que possuia o 'pasmo essencial' ao olhar para direita e para esquerda e ver o que nunca tinha visto. Estamos em tempo de reproduções, plágios, recitações (e de tão normais, já não podem ser chamados assim). Estamos em tempo que nem melodias são inéditas, nem as notícias e nem mesmo as descobertas! Chegamos ao ponto de que usar o termo "clichê" tornou-se clichê, ( já dói aos ouvidos e aos olhos tal expressão). Nada é inédito. Estamos em tempo, que o diferente começa a ser aceito por desespero. Estamos em tempo de gostar de retrô. Estamos em tempo de tédio. Estamos em tempo de conformismo, de falta de petulância. Nada é inédito. Estamos em tempo de desgaste, de corrosão. Estamos em tempo de crenças adaptadas, de derivações. Nada é inédito. Estamos em tempo de comodismo racional. Estamos em tempo de mentira absoluta e individual. Estamos em tempo de cansaço prévio. Tempo de tentar mudar, estamos em tempo de que nada é inédito.

Elis Kauahara.

Álbum com canções de Gil para trilha é reeditado


Pouco menos de um mês de lançar o álbum Retirante, com raridades da obra de Gilberto Gil, o selo Discobertas, de Marcelo Fróes, prepara-se para reeditar a trilha de Copacabana Mon Amour, a comédia de Rogério Sganzerla lançada em 1970 que conta com trilha de Gil. O álbum já fora editado dentro de um box com reedições de canções de Gil na década de 90, mas já estava fora de catálogo. Agora Fróes (também responsável pela seleção do box) reedita o álbum que conta com duas versões de "Diga a Ela" e a inédita "Tomorrow vai ser Bacana", composta pelo compositor durante o exílio. Sai ainda em outubro.

Fonte: Ziriguidum.

Gal retorna com 15 grandes álbuns encaixotados


Gal Costa teve 15 álbuns de sua fase áurea compilados dentro da caixa Gal Total. A caixa, organizada por Marcelo Fróes, já está à venda e embala 15 dos 16 álbuns gravados por Gal entre os anos de 1967 e 1983. A única excessão é o álbum Temporada de Verão - Ao Vivo na Bahia, asinado por Gal com Caetano e Gil, em compensação a caixa apresenta a coletânea dupla Divina Maravilhosa com 28 fonogramas avulsos da discografia da cantora. Abaixo a lista dos 15 álbuns encaixotados:

1- Domingo (1967) - com Caetano Veloso
2- Gal Costa (1968)
3- Gal (1969)
4- LeGal (1970)
5- Fa-Tal - Gal a Todo Vapor (1971)
6- Índia (1973)
7- Cantar (1974)
8- Gal Canta Caymmi (1976)
9- Caras e Bocas (1977)
10- Água Viva (1978)
11- Gal Tropical (1979)
12- Aquarela do Brasil (1980)
13- Fantasia (1981)
14- Minha Voz (1982)
15- Baby Gal (1983)

Fonte: Notas Musicais.

Acidentada, Simone cancela show em Sampa


Após ter sofrido um acidente durante show da turnê Em Boa Companhia em Fortaleza, Simone decidiu cancelar alguns de seus shows agendados, dentre eles o show que realizaria em outubro no Auditório do Ibirapuera. No entanto, a cantora deixou inalterada, por hora, a agenda que conta com apresentações em São Luís do Maranhão, na República Dominicana, Ribeirão Preto, Manaus, México e Rio de Janeiro.
Aguardar.

Caetano registra "Zii e Zie" no Rio.


Caetano Veloso volta a apresentar o show Zii e Zie no Rio de Janeiro após extensa turnê pela América do Sul, América do Norte e Europa. O show - agendado para 8 de outubro no Vivo Rio - servirá para que seja registrado em Cd e DVD. No show, além de sucessos como "Trem das Cores" e "Eu sou Neguinha" Caetano ainda apresenta canções como "Água" (Kassin) e reavive temas como "Irene", "Maria Bethânia" e "A Voz do Morto" e apresenta sua sonoridade "indie" de "transambas" cruzada com a latinidade do tango "Volver", de Carlos Gardel.

Fonte: Notas Musicais.

'Outras Alegrias' de Vanessa na 1º quinzena


Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias é o (feliz) título do quinto álbum - quarto de estúdio - que Vanessa da Mata coloca nas lojas na primeira quinzena do mês de outubro. Em parceria com a Sony Music, o disco será editado pelo selo da cantora, Jabuticaba. Pilotado por Kassin, o álbum contém canções como "Te Amo", "Vá", "Meu Aniversário", "Bolsa de Grife", "Moro Longe", "As Palavras", "Fiu Fiu", "Vê se Fica Bem", "O Mosquito e o Fugitivo", "Quando Amanhecer" (parceria de Vanessa e Gilberto Gil) dentre outras. O álbum chegará às lojas embalado por uma luxuosa capa digipack, e está sendo promovido nas principais rádios do país pela canção "O Tal Casal".

Fonte: Notas Musicais.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Vídeo do dia: Momento - Bebel Gilberto

Uma singela citação...


Sabe quando a admiração transcende todo e qualquer mau? Quando aquilo que você vê na sua frente é tão imperial, tão magistral, tão certeiro que te faz esquecer de qualquer coisa? Quando você simplesmente quer ser algo parecido com aquilo que você viu e pronto. Isso é Marília Pêra pra mim. Uma das atrizes mais completas do Brasil e, ao meu ver, a melhor atriz do mundo desde muito tempo. Não tem mais pra ninguém. Nem Meryl Streep (que amo), nem Jane Fonda (que amo), nem Bette Midler (que amo). O posto de maior atriz do mundo é de Marília Pêra. Claro que no Brasil temos uma outra atriz que transcende a normalidade e chega a um grau de excelência excepcional, e essa atriz é Fernanda Montenegro. Indicada ao Oscar, vencedora de incontáveis prêmios ao longo de toda a sua vida artística. Mas Marília faz mais meu gosto. A comédia, a ironia, o sorriso, a manemolência, o drama, a seriedade e o deboche de suas personagens são irreais. Que outra atriz já encarnou com tanta propriedade a pequena notável Carmen Miranda? Cantando tão bem quanto, vale ressaltar. Ou então, qual outra atriz já encantou tanto como Dalva de Oliveira? Claro que Adriana Esteves foi um marco dentre todas as interpretações de Dalva, com uma emoção ímpar. Vou acabar por dedicar um post a essa interpretação de Adriana Esteves qualquer dia. Mas Marília conseguiu passar uma dor e uma emoção recheada à graça, elegância e muito, mas muito carisma. Marília teve personagens marcantes nos últimos anos, mas com certeza a mais marcante foi sua encarnação de Coco Chanel. Mademoiselle Chanel (a peça) arrancou elogios dos jornais mais respeitados da França em sua passagem para uma temporada de três semanas. Marília lotou por três semanas o Olympia, a casa de shows mais conhecida de toda França localizada em Paris, e ainda fez com que a casa ganhasse status de teatro. Sim, senhores, foi uma brazuca que abriu no Olympia temporadas de teatro que hoje abrigam diversos espetáculos, dentre eles a montagem francesa do musical A Noviça Rebelde. Marília pode!
Marília encarnou nos últimos tempos grandes personagens que marcaram época, dentre eles estiveram: Gioconda (na novela Duas Caras, que fez uma ponte perfeita entre drama e comédia, caindo na boca do povo com o bordão "cheeeegaaa" - a perua podia!), Florence Foster Jenkins (no musical Gloriosa, fazendo um outro misto de drama e comédia, mas desta vez bem mais leve) e, claro, a hilária Milu Montini (na não menos hilária novela Duas Caras).
A cada trabalho de Marília fico mais apaixonado. Desde sua encenação inigualável ao lado de Paulo Gracindo Jr. até sua atual encenação divertidíssima como Catarina Faissol, da série A Vida Alheia.
O talento de Marília transcende, é algo inigualável. Ela é versátil, faz comédia, faz drama, faz tragicomédia, faz musicais, dirige (foi a responsável pela direção das duas montagens de Irma Vap, sendo a primeira a montagem antológica com Marco Nanini e Ney Latorraca). Marília tem tanto poder que foi a única a conseguir transpor toda a emoção trágica de Juliana, da série O Primo Basílio, dando um show na então estreante Giulia Gam e impossibilitando qualquer comparação com a ótima interpretação de Glória Pires para a mesma personagem no filme de mesmo nome. Aliás, a história se repetiu, afinal Glória também deu um banho na (até hoje) insossa Débora Falabela. Enfim, Marília merecia essa singela homenagem, essa citação, por assim dizer. Desde sua vinda da Tupy até hoje, encarando de tudo, sem nunca negar fogo (salvo o episódio até compreensível da série Cinquentinha), Marília Pêra é a atriz mais completa e versátil da dramaturgia brasileira e, com certeza (e admito de boca cheia) a maior atriz do mundo. E o melhor: Marília Pêra é nossa! É brazuca, é tupiniquim, é brasileira e tem orgulho de ostentar o título de "atriz brasileira" por onde quer que vá.
Marília Pêra FOREVER!

Selecionei alguns vídeos para essa singela homenagem à Marília:

Marília em Uma Rosa com Amor


Marília em O Primo Basílio


Marília em Elas por Ela


Marília canta Carmen Miranda


Marília em Cobras e Lagartos





Marília em Duas Caras


Marília em A Vida Alheia


Aprendi que

Não basta ser inteligente.
É preciso ser inteligente com pitadas de ignorância e alienação; É preciso estar na moda sem deixar de ter um estilo próprio; É preciso ser engraçado e bem humorado; É preciso agitar a galera; É preciso ter um papo que beire à idiotice; É preciso desconhecer filosofia e psicanálise; É preciso ter um "bom papo"; É preciso ser desinibido; É preciso ser companheiro, mas sem ser a primeira pessoa a ser procurada; É preciso ser despreendido; É preciso ser "colorido" mantendo vivo o "emo" interior; É preciso falar gíria descontroladamente; É preciso escrever como se escreve; É preciso desconhecer teatro, música e artes plásticas; É preciso ser cafajeste o suficiente para magoar e ser perdoado; É preciso frequentar os piores lugares e achar que está abafando; É preciso ser louco por futebol; É preciso ter crises existenciais adolescentes; É preciso tirar sarro da cara de alguém com uma piada que não tenha graça; É preciso ter um gosto que não fuja do gosto popular; É preciso ouvir Restart, Cine, Fresno, NX Zero, Justin Bieer, Luan Santana, mas sem deixar de ressaltar o quanto a Cláudia Leitte canta bem e MPB é um saco; É preciso saber cantar apenas
"Sozinho", do cancioneiro de Caetano Veloso; É preciso não saber que "Sozinho" não é de Caetano Veloso, e sim do cancioneiro de Peninha; É preciso não saber quem é Peninha; É preciso não saber o que é cancioneiro; É preciso usar boné a todo momento; É preciso ter um cabelo grande e penteá-lo de maneira lambida, de modo que sua silhueta lembre a de um pênis; É preciso não ler nada de literatura; É preciso ser fã de Crepúsculo; É preciso frequentar o cinema para assistir os piores filmes em cartaz; É preciso conhecer um pouco de inglês para fingir ser "cool"; É preciso não saber definir "cool"; É preciso nunca usar a palavra "cool"; É preciso usar tênis da Nike; ´preciso ser cafona ao extremo, mas saber que está arrasando; É preciso ser popular; É preciso ser populista; É preciso não se declarar; É preciso dizer a todo momento "eu te amo" mesmo sem saber o que significa; É preciso ser bonito dentro dos padrões de beleza cafona do século XXI; É preciso ser americanizado; É preciso usar piercing; É preciso usar aparelho; É preciso saber confundir Adriana Calcanhotto da mulher que canta "Palpite" (eu sinto a falta de você, me sinto só, e aí será que você volta? Tudo a minha volta é triste); É preciso gostar de Exaltasamba; É preciso saber dançar música eletrônica; É preciso não saber dançar nada de anos 60, 70, 80 e 90; É preciso não fazer ideia de nada de história; E é preciso ter um neurônio a menos para usar uma calça caída mostrando sua cueca Calvin Klein cafona.

Enfim, são estes alguns atributos para se tornar um adolescente de sucesso do século XXI.

No entanto, se você não se enquadra nestes atributos, parabéns, você é um adolescente no século XXI que passeia por um universo chamado intelectualidade.

Ah, e é preciso nunca usar a palavra "intelectualidade".

domingo, 19 de setembro de 2010

Vídeo do dia: Alfonsina y el Mar - Mercedes Sosa

Um vídeo com muitas saudades desta que foi uma das intérpretes mais completas da história da música.

Confesso que tenho medo de saber a opinião da minha analista sobre mim. Meu medo é que ela vire pra mim e me diga, como na velha piada: "Ah Bruno... a vida realmente não é para todos."

Novas demos de Madonna caem na rede


E parece que o "baú de raridades de Madonna" não tem fundo mesmo. Acabam de "vazar" na net mais três demos inéditas da cantora. A primeira é a demo de "Corazon", a canção registrada em 1999 com participação de Ricky Martin, que, mais tarde, tornou-se a balada "Be Careful", registrada apenas pela cantora. A segunda é a balada inédita "Little Girl", criada inicialmente para fazer parte do álbum Music (2000). A última é outra também inédita: "Set the Right", criada para o álbum American Life (2003). As canções estão disponíveis para download em diversos sites.
Outras canções que também cairam na rede foram as versões de
"Vogue", "I'm so Stupid", "Frozen" e "American Life" para a Re-Invention Tour (2004). Cairam também versões de "Everybody" (ensaiada para a The Girlie Show, de 1993) e "Holiday" (ensaiada para a segunda etapa da Sticky & Sweet Tour, em 2009).

Simone traz 'Boa Companhia' de volta a Sampa


Nos dias 22 e 23 de outubro a cantora Simone volta a aportar em São Paulo com seu novo show, Em Boa Companhia. Com repertório baseado no álbum Na Veia, lançado pela cantora em 2009, o show faz parte da turnê de divulgação do Cd (duplo) e DVD homônimos. A cantora já havia aportado em São Paulo com o show no ano passado logo após a estreia no Canecão (Rio de Janeiro). Agora o show ocorrerá no Auditório do Ibirapuera. Os ingressos ainda não estão á venda. Antes de aportar em São Paulo, Simone dá o ponta pé inicial da turnê de divulgação do Cd e DVD em Fortaleza, com dois shows no Teatro José de Alencar. A cantora ainda se apresentará em São Luís (MA), Santo Domingo (na República Dominicana), Ribeirão Preto (SP) e Manaus (AM). A cantora ainda se apresentará no Festival Cervantino em Guanajuato, no México. E em novembro aporta mais uma vez no Rio de Janeiro para duas apresentações no Teatro João Caetano.
Cd e DVD Em Boa Companhia já estão à venda.

Elba lança álbum gravado no Marco Zero


Chega em outubro pela gravadora Biscoito Fino o álbum Marco Zero - Ao Vivo, gravado por Elba Ramalho no Marco Zero, localizado dentro do Centro Histórico de Recife (PE). A gravação, realizada em 12 de março de 2010, tem como mote revisitar a obra de Elba. Dentre as 14 faixas do Cd (que contará com um DVD, a ser lançado até o final deste ano) estão temas como "Morena de Angola", "Pavão Mysteriozo", "De Volta pro Aconchego", "Chão de Giz" e "Frevo Mulher", além de contar com as participações especiais de Geraldo Azevedo ("Canta Coração"), Zé Ramalho ("Admirável Gado Novo"), Alcione ("O Meu Amor") e Lenine ("Queixa" - o tema de Caetano Veloso incluído por Maria Bethânia em sua última turnê Amor, Festa e Devoção). Abaixo o repertório de 14 faixas do Cd:

1- Anunciação (Boi de Haxixe)
2- Banquete de Signos
3- Canta Coração
4- Morena de Angola
5- Pavão Mysteriozo
6- O Meu Amor
7- De Volta pro Aconchego
8- Queixa
9- Admirável Gado Novo
10- Chorando e Cantando
11- É só Você Querer
12- Chão de Giz
13- Chuva de Sombrinhas
14- Frevo Mulher


Fonte: Notas Musicais.

Bethânia gravará tema de Hime para trilha


Maria Bethânia gravará pela segunda vez um tema para a trilha de uma novela de Gilberto Braga. O primeiro foi o samba canção "Sábado em Copacabana", propagado na abertura da novela Paraíso Tropical (2007). Agora Bethânia vai registrar "Trocando em Miúdos" para a trilha da próxima novela de Gilberto e Ricardo Linhares, Insensato Coração (que substituirá Passione no horário nobre da rede Globo). A canção de Francis Hime e Chico Buarque poderá ser ouvida na voz da intérprete em 2001 e fará parte da seleção do Cd que acompanhará a trama.

Fonte: Notas Musicais.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vídeo do dia: Infinito Particular - Marisa Monte

Posts curtos

Serão estes posts curtos uma representação da minha criação útil dos últimos tempos? Ou minha mania de querer exprimir em tudo um sentido subjugado? Serão estes posts curtos uma representação neste blog daquilo que não escrevo no meu, por hora, abandonado twitter? Ou serão estes posts curtos a simples preguiça de criar posts maiores se expressando no teclado? Será que fui eu mesmo quem escreveu estes posts curtos? O que são posts curtos? A pergunta, naturalmente, é dirigida a mim, portanto aquele que tiver a resposta responda a si mesmo e guarde consigo a felicidade de ter conseguido decifrar uma dúvida que nem eu mesmo tive a dedicação de tentar.
Portanto aqui termina mais este post curto que, se mais extenso, deixa de ser um post curto.

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Há um livro de Clarice que começa com uma simples vírgula. Assim que iniciamos o romance Clarice dispara: ,
E a partir dessa vírgula se inicia o texto.
O que significa uma vírgula? Técnicamente uma pausa, formalmente uma pausa, morfologicamente uma pausa, conteúdo de pausa. Uma vírgula tem o poder de um suspiro e um suspiro tem o poder de uma vida, uma decisão. Acredito que a vírgula de Clarice venha para ignorar os preâmbulos. Já disse isso em post anterior. Preâmbulos só atrapalham. Mas pensando bem a vírgula é um preâmbulo. A vírgula impede cacófatos, a vírgula impede subdivisões, a vírgula impede interpretações.
Clarice usa a vírgula para usar uma pausa entre aquilo que ela dizia antes e aquilo que ela diz depois, no entanto o que ela diz antes não se expõe. Não nos expomos naquilo que vem antes, apenas no que vem depois.
Fazendo o caminho inverso, o que vem depois não interessa mas que bom que veio antes. E também não me importa o que veio antes do antes... estamos no meio.

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Assim disse Clarice

Clarice tem feito parte das minhas últimas semanas. Ela tem sido minha confidente, minha companheira, minha amiga. Clarice soube me entender nos últimos momentos de nervoso, tem sabido me consolar nos momentos de tristeza e me acalmar nos momentos de ódio intenso.
Ela acaba de me contar sobre um grau de intimidade com uma determinada amiga, grau de intimidade que eu já tive e hoje, nas perdições da vida, não sei mais o que é. Com os senhores, meus leitores fantasma: Clarice (a Lispector).

"Com uma amiga chegamos a um tal ponto de simplicidade ou liberdade que às vezes eu telefono e ela responde: não estou com vontade de falar. Então digo até logo e vou fazer outra coisa."

Isso é Aprendendo a Viver.
Pulemos os preâmbulos! Preâmbulos só atrapalham! Nada de preâmbulos!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vídeo do dia: Parque Industrial - Rita Lee, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Tom Zé

"Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias" de Vanessa


Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias é o suposto título do novo álbum que Vanessa da Mata lança em outubro via Sony Music. Com o single "O Tal Casal" rolando nas rádios, o álbum já começa a ser divulgado. A cantora estreará o show de divulgação tão logo saia o álbum no mesmo mês de outubro. O show ocorrerá no Teatro Guaíra, em Curitiba (PR).

domingo, 12 de setembro de 2010

Vídeo do dia: Io Che Amo Solo Te - Zizi Possi

O roteiro do "Segredo" de Leila


Leila Pinheiro estreou no dia 10 de setembro de 2010 seu show Meu Segredo mais Sincero - Músicas de Renato Russo e Legião Urbana, inspirado no álbum homônimo, com show no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. O show, que ficou em cartaz até o dia 11 de setembro, vai rodar o Brasil após algumas apresentações em Curitiba, Brasília e São Paulo para ajuste de repertório. Abaixo o repertório seguido pela cantora na estreia do show em homenagem à Renato Russo:

1- Let's Face the Music and Dance - Renato Russo (em off)
2- Perfeição
3- Ainda É Cedo
4- Quase sem Querer
5- La Solitudine - em dueto virtual com Renato Russo
6- Índios
7- Daniel na Cova dos Leões
8- O Teatro dos Vampiros
9- Mais uma Vez
10- Conexão Amazônica
11- Há Tempos
12- Geração Coca-Cola
13- Angra dos Reis
14- Eduardo e Mônica - em dueto com Maurício Oliveira
15- Hoje
16- Tempo Perdido
17- Por Enquanto
18- Pais e Filhos
19- Cherish
20- Boomerang Blues
21- Música Urbana 2
22- Que País É Este?/ Será

BIS:

23- Quase sem Querer
24- Geração Coca-Cola
25- Let's Face the Music and Dance - Renato Russo (em off)

Fonte: Notas Musicais.