sábado, 29 de novembro de 2008

A rainha e o rei juntos.


Hello queridos e queridas, venho com uma notícia quentíssima! Adivinhem quem será a convidada do rei Roberto Carlos para o seu especial de fim de ano deste ano na rede Globo de televisão? Wanderléa? Ivete Sangalo? Daniela Mercury? Zizi Possi? Adriana Calcanhotto? Ana Carolina? Cláudia Leitte?

NÃO!

Ninguém mais, ninguém menos que a rainha do rock brasileiro, exatamente, Roberto Carlos convidou Rita Lee para participar de seu especial de fim de ano. Será a primeira vez que a majestosa dupla dividirá o palco. Mas agora, eis a pergunta que não quer calar... e Rita, aceitou o convite?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Rita planeja inéditas para 2009


Após 6 anos sem gravar um disco com canções inéditas desde seu bom último trabalho, o Balacobaco, Rita Lee se prepara para voltar ao estúdio para registrar um novo projeto. A roqueira, mesmo em turnê com seu novo show Picnic, o qual comemora os 40 anos de sua (bela) carreira, pretende entrar em estúdio logo no primeiro semestre do ano para lançar, via Biscoito Fino, seu novo disco ainda no segundo semestre de 2009. Há possibilidade de canções como "Dinheiro", "Eu sou do Tempo" e o rock "Tão" (todas apresentadas no box da série Biograffiti e, a última, apresentada nos shows da cantora) estarem no repertório do projeto. Aguardar...

Vanessa canta Arantes, inédita e põe "Esperança" em DVD


"Um Dia, Um Adeus", a balada de Guilherme Arantes foi uma das grandes surpresas do show feito para o registro do Cd e DVD Multishow Ao Vivo Vanessa da Mata, gravado no dia 27 de novembro em show aberto no Centro Histórico da Cidade de Paraty (RJ). O show apresentado (infelizmente) não foi o belíssimo Sim, mas mesmo assim tinha em seu repertório grande parte do repertório tanto do Cd homônimo lançado por Vanessa em 2007 quanto do show.
No projeto, a cantora colocou canção inédita, caso de
"Esperança" - a música feita por Vanessa na Jamaica e que ganhará versão em estúdio, a ser entoada em duo com o jamaicano Sly & Robbie (único convidado da gravação do DVD). Além de "Esperança", Vanessa ainda entoou "Acode" (canção dada para a cantora Shirley de Moraes, a qual ainda permanecia inédita na voz de Da Mata) e "As Rosas não Falam" (belo samba de Cartola), com direito a troca de figurino no último, e mais intimista, bloco do show.

Eis o roteiro do inédito show apresentado pela artista em Paraty:

1- Vermelho - com Sly & Robbie
2- Pirraça - com Sly & Robbie
3- Absurdo - com Sly & Robbie
4- Ilegais / No No No - com Sly & Robbie
5- Esperança - com Sly & Robbie
6- Boa Sorte / Good Luck - com Sly & Robbie
7- Baú
8- Ainda Bem
9- Viagem
10- Eu Sou Neguinha
11- Joãozinho
12- Quando um Homem Tem uma Mangueira no Quintal
13- Case-se Comigo
14- Meu Deus
15- Fugiu com a Novela
16- Amado
17- História de uma Gata
18- Você Vai me Destruir
19- Acode
20- Não me Deixe Só
21- Ai, Ai, Ai...
22- Um Dia, um Adeus
23- As Rosas Não Falam

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Vale à pena ouvir de novo: Autêntica e sensível, Zizi emociona em DVD que registra show magistral.


Opinião de DVD
Título: Per Amore ao vivo
Artista: Zizi Possi
Gravadora: Universal Music
Cotação: **** ½
Data de lançamento: 1999


Gravado ao vivo em VHS em show realizado no antigo Palace (atual Citibank Hall) em São Paulo e reeditado em DVD no ano 2000, o DVD Zizi Possi – Per Amore ao vivo é uma das grandes raridades das quais apenas grandes fãs da cantora gozam. O DVD é o registro do antológico show da paulista, calcado no repertório de seu disco Per Amore de 1998.
Sem cortes, o show é mostrado na íntegra, desde a bela abertura com vídeo retirado das memórias da cantora nascida no bairro do Brás em São Paulo até o emocionante final ao som do antológico sucesso
“Per Amore”, o qual é repetido no BIS.
O DVD é aberto com um medley que une, à capella, “Lacreme Napulitane” com a bela “Vurria”. Tanto Cd quando DVD foram gravados ao lado de uma orquestra, além da afiada banda, e é essa orquestra que dá o tom para que Zizi entoe canções como a belíssima “Na Musica” (esta repetida duas vezes em medleys diferentes, a primeira é unida a “Dicitencello Vuie”, já a segunda, que fecha o show, é unida a linda “O Paese D’’O Sole”) e a própria “Per Amore”.
Com as lentes antenadas, todas dirigidas por Max Pierre, não há como perder um único take do DVD, mostrado parcialmente de cima da cantora, para dar vazão à beleza tanto do cenário como da bela arte cênica da cantora, a qual mostra-se performática e com uma bela, límpida e afinada voz.
O DVD só perde ponto por não ter registro ao vivo da bela
“L’Aurora”, a qual é apresentada apenas nos extras, com belo vídeo-clipe (apresentando também o vídeo de “Per Amore”).
Um dos blocos mais interessantes é o que traz em seqüência que une “Scapricciatiello Mio”, “Torero” e “Io Màmmeta e Tu”, mostrando Zizi num momento apoteótico do show. O momento mais belo do show é, sem dúvida, a seqüência de “Malafemmena” e “Per Amore” e o medley entre “Na Musica” e “O Paese D’’O Sole”, com cenas mais que belas, realçadas pelo belo cenário, que ganhou mais cor pelas lentes de Pierre. O belo BIS dado com “Core’ngrato” e “Per Amore”, momento mais emocionante em que a cantora é ovacionada ao meio da canção.
Zizi emocionou em DVD com registro de show magistral. Ponto para a Universal Music. Valeu.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Vale à pena ouvir de novo: Agora Lima, Marina mostra evolução e reinvenção em bom disco.



Opinião de disco
Título: Marina Lima

Artista: Marina Lima
Gravadora: EMI Music
Cotação: ****
Ano de lançamento: 1991


Muito se pode dizer sobre a mudança de Marina. Agora com o nome de Marina Lima, a intérprete de hits de verão como
“Uma Noite e ½” mostra que o verão não está mais chegando, ao menos não com tanta banalidade. Em Marina Lima, seu 9º disco em estúdio, a cantora mostra outras facetas num pop mais redondo e mais denso, com reflexões e letras mais profundas. Com sonoridade moderna produzida por Liminha e Fábio Fonseca, o disco mostra uma evolução na carreira de Marina, agora, Lima.
O disco é aberto com “Ela e Eu”, a bela balada de Caetano Veloso gravada por Maria Bethânia na década de 80 no disco Mel, com Marina cantando a capella. A música pode ser vista como uma alusão ao primeiro disco da cantora, o Simples Como Fogo (1979), onde Marina abria o disco com “Solidão” (Dolores Duran), a música era entoada primeiro a capella antes de ganhar a força pop que marcou o início da carreira de Marina.
Sem ganhar grande força pop, o disco segue com “Grávida”, segunda canção do disco e primeira parceria de Marina com Arnaldo Antunes. Na parceria com Antunes, Lima mostra que também evoluiu ao compor mesmo separada de seu irmão Antônio Cícero (com quem construiu toda sua carreira), tal evolução se vê no jogo feito por Marina com Arnaldo, onde ela se diz grávida de diferentes objetos, climas, etc.
Logo na terceira canção, a balada “Criança”, o disco ganha uma força, mas nada tão marcante quanto o pop-rock menos redondo apresentado no disco Todas (1985), mas um pop mais redondo, marcado pelas batidas eletrônicas, as quais conversam com o trabalho de Marina desde 1984 quando a cantora lançou seu antológico disco, o Fullgás. Entre jogo de perguntas em “Não Estou bem Certa”, onde ela deixa quase explicita sua bissexualidade em versos como “será que você será a dama que me completa, será que você será o homem que me desperta”, dando a entender sua concepção de relacionamento entre mulheres, onde há um entendimento maior e em relacionamentos com homens onde a atração sexual se mostra mais quente. Com versos reflexivos, ou até mesmo entre brincadeira clichê com o amor em “E Acho que não sou só Eu”, Marina consegue deixar sua marca. Dois destaques do disco, as baladas “O Meu Sim” e “Acontecimentos”, mostram que Marina está crescida e madura, mesmo sempre tendo esboçado essa maturidade em seus discos anteriores. Dando vazão ao seu lado de intérprete (este, ensaiado desde seu primeiro disco em 1979), Marina traz para seu universo a bela balada “Não sei Dançar”, canção de Alvin L. A canção é outro destaque do (bom) disco. Em homenagem sutil a Cazuza nos versos de “Pode ser o que For”, onde chama o amigo pelo apelido, Marina emociona de forma visceral. O disco é encerrado com “Serei Feliz”, canção a qual os versos esboçam o fim de um relacionamento (“serei feliz quando a dor passar, serei feliz quando o novo amor chegar”), encerrando o disco de forma pop, flexível e, o mais importante, reflexiva.
Agora Marina Lima, a antiga Marina mostrou que, aos 36 anos, evoluiu e se reinventou bem. Valeu.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A nova estação de Wanderléa.


A foto acima é do novo Cd da ternurinha Wanderléa. Nova Estação é o primeiro trabalho inédito da cantora em 10 anos e o primeiro disco em 6. Neste novo projeto, Wanderléa apresenta repertório majoritariamente inédito, contando com composições de Arnaldo Antunes ("Se Tudo Pode Acontecer"), Martinho da Vila ("Choro Chorão") dentre outros. A cantora também apresenta regravações de canções de Chico Buarque ("Mil Perdões") e Geraldo Azevedo ("Dia Branco"). O disco já está nas lojas.

Wanderléa se apresenta do dia 05 ao dia 14 de Dezembro no Teatro Cosipa em São Paulo com o show Nova Estação que, além das canções do novo disco, traz sucessos de sua carreira, é o caso de clássicos como
"Eu já nem Sei", "Te Amo", "Ternura", "Pare o Casamento" e "Prova de Fogo".

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Eu recomendo...


Cd/ DVD/ Música

CD:

Bring ya to the Brink – Cyndi Lauper (Neste ultimo trabalho, Cyndi explora a new wave e a música eletrônica especificando a eurodance).

DVD:

The Confessions Tour – Madonna (Lançado em 2005, o quarto DVD da rainha do pop Madonna leva a material girl numa viagem para as pistas de dança européias).

Música:

Hight & Mighty – Cyndi Lauper (canção lançada em seu último disco, o supracitado Bring ya to the Brink, a canção é feita em cima de batidas eletrônicas e da música pop redonda).


Teatro

Sacrifício – em cartaz no Mezanino do Centro Cultural Fiesp até dia 14 de dezembro.

Sacrifício conta uma história de amor e morte, revelando o absurdo da violência. O texto toma como eixo a peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, com direção de Cibele Forjaz e a adaptação de Fernando Bonassi.

A tragédia trata da história de duas famílias tradicionais da garbosa Verona Paulistana que vivem, tradicionalmente, em disputa. Viveram assim até que dois deles - uma de um lado, outro de outro - se apaixonaram perdidamente. Surge neste amor imprudente uma chance de paz. Acontece que nem todos estão preparados para ela, acostumados que estão com as velhas guerras e farras. Neste sacrifício amoroso, será definitiva a participação de um frade subversivo e shakespeareano que vai mexer seus pauzinhos. Ele fará uma peça de teatro para pregar uma peça nos caretas e covardes, mostrando-lhes que na dor que dói de amor, pode existir uma esperança.


Cinema

Depois de Tudo – direção de Rafael Saar.

O longa conta a história de dois homens homossexuais enrustidos, os quais tem suas respectivas famílias formadas mas, sempre que podem, se encontram para viver um belo caso de amor. O longa traz como personagens principais o cantor Ney Matogrosso e o ator Nildo Parente.



Livro

Saga Lusa – Adriana Calcanhotto.

Neste seu novo projeto, a cantora Adriana Calcanhotto conta de modo despojado, engraçado, divertido e culto sobre uma crise que teve ao misturar os remédios para resfriado e os de sua dieta homeopática em sua passagem por Portugal com seu novo show Maré.


Evento (DESFILE)

TIM Fashion Brazil – Auditório do Ibirapuera dias 12, 13 e 15 de Dezembro.

Em evento que trará todas as coleções do próximo ano, a TIM Fashion Brazil mostrará as novas coleções de artistas renomados, caso de Edward Ciancci. O desfile será apenas uma amostra do que rolou na segunda-feira (17 de novembro) no mesmo Auditório do Ibirapuera no desfile da grife européia Vogue. Vale lembrar que o evento será aberto ao público e tem 30 % dos lugares grátis, quem quiser corra para os portões do Ibirapuera entre os dias 27 de novembro e 08 de dezembro. 60 % da verba arrecadada nos lugares mais caros (a mesa mais cara do evento custa em torno de R$ 500,00) será revertida em prol da Associação de Crianças Órfãs da cidade de São Paulo. O evento chega no Rio de Janeiro em janeiro, em Curitiba em fevereiro, em Porto Alegre no mês de Março e em Salvador no mês de Maio.

LaMínima oscila entre bom médico e frouxo monstro em peça.


Opinião de peça
Título: O Médico e os Monstros
Elenco: Cia LaMínima
Direção: Fernando Neves
Local: Teatro do Sesi – São Paulo (sessão das 11:00)
Data: 20 de novembro (em cartaz até 14 de dezembro)
Cotação: ***


Destinado ao público sumariamente jovem, a peça O Médico e os Monstros é uma morna adaptação de Mário Viana para o clássico inglês de Robert Louis Stevenson, Doctor Jeckyll & Mister Hyde. A história se passa no século 19 na Inglaterra. A peça é fiel adaptação do clássico literário, mas não é tão empolgante quanto o original.
Com direção de Fernando Neves, a peça pouco ganhou comparada ao clássico literário. Com interpretação frouxa e roteiro duvidoso, a peça seguiu linear ganhando (muitos) pontos apenas pelos ricos artefatos cênicos, cenário, iluminação e trilha sonora, todos dignos de um espetáculo hollywoodiano.
A história é praticamente a mesma, com sutis mudanças da adaptação para o livro do século 19. A história de um médico que, em suas loucas experiências, cria um monstro que mostra ser toda a maldade enrustida do cientista. Com elenco afiado, a peça seguiu interessante, porém pouco empolgante. Formado por majoritariamente atores de circo, o grupo LaMínima teve uma grande vantagem em seu espetáculo, os números de mágica e circo implícitos durante todo espetáculo. Sem deixar transparecer qualquer dúvida ou erro, a peça ganhou ponto pela afiação e rapidez com a qual foi conduzida, dentro de seu tempo certo que durou exatas 1 hora e 30 minutos.
De passagem em passagem com iluminação impecável, o espetáculo deixou a desejar apenas em momentos mais frouxos, como a troca de personagens do médico com o monstro, na cena em que os mesmos se encontravam “encurralados” em ato.
Improvisos ensaiados que caiam bem, esse foi um dos pontos altos da peça. Ao mostrar ao público algumas personagens como um mordomo atrapalhado (porém engraçado) que dividia o corpo do ator com outro personagem, o senhor ranzinza que deu vazão a momentos engraçados do espetáculo, uma governanta viciada em sexo (que proporcionou, no início do espetáculo, belo solo camerístico com voz límpida e afinada), um médico interessante, um monstro sem graça, uma donzela “perdida” em cena e um amigo confuso, o elenco conquistou parte do público que (não) lotou o Teatro do Sesi. A peça terminou de maneira morna, pouco empolgante e até frustrante para os que tanto ouviam falar do grande espetáculo que era O Médico e os Monstros. Enfim, numa mega produção com história mediana, O Médico e os Monstros é interessante até um certo ponto da palavra, deixando apenas uma fraca mensagem ao público. Deixou a desejar.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Andreas soa interessante em show que diverte.


Opinião de show
Título: Pouco, Quase Nada

Artista: Andreas Borges
Local: Teatro do Sesc Pinheiros – São Paulo

Data: 18 de novembro de 2008

Cotação: ****

Cantor alagoano radicado nas noites de São Paulo, Andreas Borges foi a grande descoberta artística do selo Atração Fonográfica (o mesmo que acaba de editar o DVD Raízes e Antenas de Elba Ramalho). Andreas subiu no palco do Teatro do Sesc Pinheiros em São Paulo para divulgar o repertório do seu (ainda inédito) segundo Cd, o Pouco, Quase Nada. No repertório, canções inéditas que estarão no disco e canções de seu primeiro desconhecido álbum.
O cantor abriu o show ao som de sua solitária guitarra, sentado num banco posicionado ao centro do palco, evocando a aura acústica de
“Minha Flor, meu Bebê” (belíssima canção do azeitado e sensível repertório de Cazuza) e causando a boa impressão do público majoritariamente jovem da cena indie paulista. A explosão do show aconteceu na segunda canção, o inédito rock “Olho” costurado a “Seu Juca” (rock ruralista de seu primeiro Cd, Rio). O show muito teve a oferecer em termos cênicos. Fossem as imagens da cidade de São Paulo exibidas no telão enquanto o cantor entoava “Trivial” (balada feita em homenagem a terra da garoa, ainda inédita em seu repertório quase todo autoral), fosse a iluminação noier usada para pautar a interpretação de “Ontem ao Luar” (sucesso clássico de Catulo da Paixão Cearense revivido por Marisa Montem em 2001 no disco-single Memórias, Crônicas e Declarações de Amor ao vivo) ou no próprio figurino do cantor, que não passava de um pano com frouxa costura, dando o tom despojado do show.
O destaque da noite foi a banda afiada do cantor que, ao atender o pedido súbito da platéia para ouvir a não ensaiada “Menina”, se viu numa saia justa, tirada de letra no BIS. Andreas mostrou que, além de ótimo guitarrista, também tem uma voz talhada para o canto, como ao interpretar quase a capella (ao som solitário de sua guitarra e da cuíca da percussão de João Baptista) “Muita Coisa Ainda Pode Mudar”, a bela balada ainda inédita em seu repertório. Outro ponto alto da voz do cantor foi ao interpretar a bela “True Colors”, a clássica balada lançada em 85 por Cyndi Lauper em seu disco homônimo. A balada foi entoada apenas ao som da guitarra de Andreas e do piano de Maria Baldar Rocha que, ao final do show, foi homenageada pelo seu aniversário (ela completou inacreditáveis 56 anos). Andreas arriscou fazer versões, foi o caso de “Juízo Final” (Nelson Cavaquinho), “Poema” (Cazuza e Frejat - lançada por Ney Matogrosso em 1999 no seu disco Olhos de Farol) e “Mamãe Natureza” (balada do repertório de Rita Lee da época do grupo Tutti-Frutti lançada no disco Atrás do Porto tem uma Cidade de 1973). Ao exercitar seu ríspido humor em criticar os grupos emos NX Zero, Fresno e a rainha do pop Madonna (“não vou ao show da Madonna, tenho que dar banho no meu cachorro no dia e, vocês sabem, ele é mais importante”) o cantor fez um medley unindo os sucessos juvenis “Razões e Emoções” do grupo NX Zero com “Quebrando Correntes” do Fresno, as duas baladas banais foram unidas a “Like a Virgin”, o hino lançado pela material girl na década de 80 no antológico disco homônimo. O cantor ainda tirou sarro dos “calouros” do programa do Raul Gil (“Engraçado, eles tem a chance de ir cantar na TV, mas preferem ir pagar um miquinho básico, né?”), entoando após o rock “Bichos Escrotos” do grupo Titãs em alusão aos artistas que se vendem ao mercado.
Antes do BIS, Andreas encerrou o show com a ainda inédita “Nem Quero Saber”, deixando o palco ovacionado pela platéia que pedia efusiva por um BIS, pedido o qual foi atendido prontamente. No BIS o cantor interpretou de forma sensível a bela canção “Luz do Sol” (Caetano Veloso) e encerrou o show com “Deixa o Verão” do grupo Los Hermanos.
Andreas mostrou sua força e talento no palco, esse veio pra ficar!

Lauper traduz com elegância o new wave e eurodance em novo Cd


Opinião de Cd
Título: Bring ya to the Brink
Artista: Cyndi Lauper
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: ****

Se pra você Cyndi Lauper ainda é "apenas uma garota que quer se divertir" fique sabendo que, neste novo trabalho, a cantora mostra outra face em seus 55 anos. Bring ya to the Brink é o primeiro disco de inéditas da cantora em, mais ou menos, 12 anos e é um destaque em sua discografia.
Enquanto a rainha do pop Madonna pede "colo" para o mercado norte-americano ao lado de Timbaland, Justin Timberlake e Pharell Williams em seu último bom disco, o Hard Candy, sua "rival" da década de 80 experimenta tomar o poder das pistas de dança européias, para ser mais específico, as londrinas.
Cyndi abre o disco com a batida eletropop
"High & Mighty" que, à primeira ouvida, pode dar uma errada impressão do que venha a ser o disco. Para alguns não é nada difícil notar as semelhanças das faixas "Echo" e "Rocking Chair" com o pop dançante de Confessions on a Dance Floor, ótimo disco lançado por Madonna em 2005, mas a impressão pouco dura já que em "Lyfe" Cyndi adota um estilo todo próprio de fazer música.
Associar o Bring ya to the Brink com as pistas de dança européias não é difícil em se tratando do disco mais expressivo lançado pela autora dos clássicos She's so Unusual (1984) e True Colors (1985) nos últimos anos. Grandes destaques do disco são as obscuras
"Into the Night Live", "Same O'l Story" e as baladas "Give it Up" e Grab a Hold", perdendo força apenas na inexpressiva "Set Your Heart". O disco é tão dançante que conseguiu fazer com que até uma bela balada como "Rain on Me" pudesse ser traduzida para as pistas de dança.
Enfim, pode até ser que Cyndi não volte a bombar nas paradas de sucesso como na expressiva época do
"Girls Just Want to Have Fun", mas é certo de que a já cinqüentona deixou ótima impressão em seu novo disco.

sábado, 15 de novembro de 2008

Get Stupid... get up!


Em sua nova turnê, a Sticky & Sweet Tour, Madonna passa um vídeo que me faz refletir muito. Este vídeo mostra que não podemos ficar parados. A música é "Get Stupid" e é uma canção inédita, com trechos de "Voices" e inspirada em "Beat Goes On". O vídeo é ótimo... ele mostra que devemos agir contra os idiotas, fotos de Hitler e Osama Binladem são mostradas no bloco "idiotas", mas, em contra-partida, fotos de Oprah, John Lenon, Bono Vox e Barack Obama são mostrados no bloco "get up", vamos agir!!!!

Abaixo a tradução de
"Get Stupid" (traduzida como "Idiota") e o vídeo mostrado na turnê em altíssima definição. Eis:

Idiota (Get Stupid)

(Madonna)

Quem é o mestre e quem é o escravo?
Tique, taque!
Idiota!
Idiota, não pare
Levante-se! Esta é a hora! Sua vida! Seu mundo!
Levante-se! Esta é a hora! Sua vida! Sua Escolha!
Esta é a hora de ler os sinais!
Sua vida! Sua Escolha!
Você não tem o luxo do tempo!
Tique, taque!
Idiota!
Idiota, não pare
Levante-se! Esta é a hora! Sua vida! Seu mundo!
Levante-se! Esta é a hora! Sua vida! Sua Escolha!
Diga o que passa em sua mente!
A hora! É agora!
Se você esperar muito será tarde demais!
Tique, taque!
Vamos lá!
A hora é agora!
Tome sua decisão!
Diga o do que você gosta!
Não há tempo a perder!
A hora é agora!
Tome sua decisão!
Diga o do que você gosta!
Não há tempo a perder!
A hora é agora! (Esta é a hora!)
Tome sua decisão! (levante-se!)
Diga o do que você gosta! (A hora!)
Não há tempo a perder! (É agora!)
A hora é agora! (Esta é a hora!)
Tome sua decisão! (levante-se!)
Diga o do que você gosta! (A hora!)
Não há tempo a perder! (É agora!)
Vamos lá!


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Calcanhotto autografa livro em São Paulo


No dia 02 de dezembro, a cantora Adriana Calcanhotto estará na livraria Saraiva, provavelmente do shopping Morumbi, autografando seu novo livro, o supracitado Saga Lusa. O evento ocorrerá às 19:00. Vale à pena conferir.

O que Marina tem a dizer...


Após dar uma entrevista para a revista Joyce Pascowitch (com edição ainda inédita nas bancas), a qual pode ser lida através do site oficial da cantora, muitas "picuinhas" foram divulgadas na mídia, pelo fato de Marina Lima declarar nesta entrevista que seu primeiro relacionamento homosexual, ou melhor, sua primeira transa homosexual havia sido com a cantora Gal Costa, o que, diga-se de passagem, não é nenhuma grande novidade para os fãs da cantora e da mulher Marina. Acontece que a mídia deu o foco errado na entrevista, a qual Marina critica as pessoas conservadoras que, por terem muita grana, impedem que outras pessoas vivam suas vidas (para bom entendedor basta uma palavra!). A mídia focou TÃO errado que a notícia pouco deu o que falar fora do circuito "Rio-São Paulo" e fora do universo de fãs da cantora. E Marina se explica, dando, não a sua versão, mas sim a sua relação das coisas também pelo seu site oficial, na área "blog". Transcrevo aqui o que diz a cantora:

?!

Sinceramente, não imaginava uma repercussão dessas. Acho uma loucura que essa entrevista tenha tomado essa proporção toda. Isso só me confirma o quanto de retrógado está tudo, justamente quando o mundo briga e clama por mudanças… Chega a ser ridículo. Falei da Gal p/ fazer um contraponto com o que vivi (sem interferência da minha família) e a caretice que esses pais demonstram ao tentarem aprisionar e chantagear seus filhos. O carinho e respeito que tenho pela Gal são imensos —- nem adianta tentarem deturpar que não cola. Raramente cito nomes: a Gal foi citada por tudo de bacana que representou p/ a minha formação. E ponto final.

Tb quero deixar claro que não tenho absolutamente nada contra quem nasce no interior ou em qualquer lugar que seja; o que me espanta são pessoas que não querem evoluir e usam a grana p/ ditar e cagar regras, como se fossem xerifes… e nesse caso, especificamente, elas são do interior e escolheram São Paulo p/ morar. Outra coisa: a revista erra ao dizer que estou “inconformada” pois o “namoro” não foi adiante — Que namoro? Não estava namorando nem interessada em ninguém. Fico inconformada ao ver pessoas jovens, bacanas, serem tão aprisionadas pelos pais. Isso sim, mexe comigo. Por ser famosa e atrair muita gente, volta e meia me deparo com esse tipo de situação — e isso me preocupa.

Deu p/ entender?

beijo.

Marina

ps: Yes We Can.


E depois ainda reclamam que o Brasil não vai pra frente... precisamos de atenção no que lemos. Como disse à própria Marina ao comentar sobre sua entrevista:

"Marina, tô contigo e não abro!"

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Infinito ao meu Redor

Ouçam abaixo 30 segundos de cada faixa que compõe o Cd-bônus do DVD Infinito ao meu Redor da cantora Marisa Monte, ora editado via EMI Music.





É hora da reinvenção


Em uma de suas letras mais expressivas e poéticas, Marina Lima diz “mas por que não nos reinventar?”. Tais versos estão na belíssima música “Três”, a qual faz um jogo de perguntas e declarações. Eu acredito que, num certo ponto da sua vida, a reinvenção é mais que necessária, é obrigatória. Você não necessita se reinventar, você deve fazê-lo. A reinvenção é um caminho longo e sem volta imediata, a desistência não vai te levar para o lugar de onde você saiu, mas sim, te deixará de onde você parou! Mas, pra você, o que é a reinvenção? Hoje, ano de 2008, século 21, a reinvenção vem de diferentes formas em diferentes épocas. Antigamente, se reinventar era algo proposto por aqueles que chegavam aos 40, as mulheres sobre tudo, as quais necessitavam “limpar suas gavetas”, mas hoje já não é mais assim, a reinvenção não é apenas dentro de sua cabeça, é no seu corpo, é no seu modo de pensar, de agir, de refletir... e ultimamente tenho dado início a uma reinvenção, uma reinvenção que abrange todo um ser. Indo do corpo a mente, acredito que ambos devem estar numa comunhão... estudos, dietas, conscientização, malhação, cuidados em todos os sentidos, encontros espirituais (a minha volta dentro do estudo da Cabala), interesses diversos por línguas, amores turbulentos (a única coisa a qual não consigo reinventar), amigos... enfim, de tudo um pouco. Acredito que os últimos tempos tenham sido de terna reflexão, ao menos para mim, seja a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, um país extremamente preconceituoso que está passando por cima de suas “rixas” com o mundo atual, seja a minha autoconscientização em cima dos problemas que o mundo passa há anos e, só a pouco, pude abrir meus olhos, seja na escolha de amigos certos, descartando assim aqueles que nada tem mais a ver comigo. Acredito que os 15 anos de idade (já beirando a 16) tem muito mais a oferecer se não festinhas, baladas, o tão idiotizado verbo “ficar” (que eu odeio com todas as minhas forças, mas que a galera que se diz “jovem” ama de terna paixão) ou tantas outras banalidades que a minha idade proporciona e eu, com todo o mérito, dou as costas! A Madonna entra numa contradição muito interessante em uma de suas canções mais expressivas, a “American Life”, ela pergunta se essa vida moderna realmente é pra ela, se essa vida moderna realmente é de graça... será que para nos tornamos um “alguém” no mundo temos de ser o que a sociedade jovem nos empoe? O mundo anda mal das pernas e, mais uma vez citando Madonna, acho que o que ela diz em “Human Nature” é a mais pura verdade... ninguém pede desculpas, essa é a natureza humana... vamos nos permitir uma reinvenção, duvido que alguém vá se arrepender já que à medida em que o tempo passa, nós pendemos a ficar mais inteligentes, resta também aprendermos a lidar com tal inteligência.

A capa do Cd de Paula.


Eis a (feiosa) capa do novo Cd de Paula Toller. O projeto é o resultado do registro ao vivo para gerar Cd/ DVD ao vivo do show SóNós gravado ao vivo no Teatro OI Casa Grande (Rio de Janeiro). O projeto tem o nome de Nosso e traz entre 12 e 15 números do DVD. O primeiro single do disco, o mix entre "Saúde" (sucesso da carreira de Rita Lee lançado em 81 em seu disco homônimo) e o hit "Só Love" da dupla Claudinho & Buchecha já está em rotação pelas rádios. Tanto Cd quanto DVD saem em dezembro.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Segura, Marienne volta aos palcos com bom show.


RESENHA FEITA POR ADRIANA CUNHA:

Opinião de show

Título: Paixão

Artista: Marienne Souza (com participação de Arlindo Cruz e Bruno Cavalcanti)

Local: Teatro Do’Seis – São Paulo

Data: 09 de novembro

Cotação: *** ½

“Vocês sentiram minha falta?” perguntou, marota, Marienne Souza ao voltar aos palcos de São Paulo depois de 10 anos. Com resposta afirmativa da platéia num único coro Marienne retrucou: “Quero tirar o atraso!”. De volta aos palcos paulistas após 10 anos com seu belíssimo show Paixão, Marienne mostrou que está de volta com voz enxuta e corpo idem.

Paixão é show pautado no repertório de seu (ainda inédito) oitavo disco, a ser lançado no primeiro semestre do ano que vem.

O show foi aberto com “Olha Aí”, boa canção da sua safra de inéditas. Ao interpretar em tom over “Calypso Rock” (canção de tom ruralista lançada por Marienne em seu disco Talvez - 1993) a cantora já tinha a platéia no bolso. O show seguiu simultaneamente com números de sucesso, foi o caso de “Só por Deus”, “Onde Você Está?” e “Réu Confesso” (canção da safra de Tim Maia lançada por Marienne em 98 em seu equivocado disco Desconstruir). O show, que parecia perder força a medida em que seguia com baladas mornas, retomou a força e a beleza com o primeiro convidado da noite. O sambista Arlindo Cruz fez bela participação em “Samba pra meu Deus”, “Só por Você” e a badalada “Tá Perdoada” (canção de Arlindo lançada por Maria Rita em seu último disco, o Samba Meu). Sozinho em palco acompanhado apenas de seu cavaquinho e dos violões de Ricardo Teixeira, Arlindo reviveu “Saudade fez um Samba” e “Tô Aqui na Mangueira”, canções que pouco empolgaram. Ao voltar ao palco para interpretar, já sozinha, “Viagem” e “O Nome da Cidade” Marienne fez apelo emocionante para que Bianca Carvalho e o ator francês Rezzé voltassem a se falar, foi a deixa perfeita para entoar a inédita “Perdão”, fraca canção com apelos banais, mas que caiu bem no bloco mais frio da noite.

O número que daria outro gás ao show foi entoado a seguir, caso de “As Outras Faces”, ótima balada que elevou Marienne no mercado estrangeiro em seu elogiadíssimo disco Rotunda (2000). A participação especial de Bruno Cavalcanti (segundo e último convidado da noite) foi uma das mais belas, mesmo à meia-voz, Bruno conseguiu entoar belas baladas ao lado de Marienne. Ao ser apresentado, o cantor apareceu no palco, já na metade de “Coração Vagabundo” (bela canção de Caetano Veloso), em cima de um piano coberto por uma capa preta, a canção foi levada por Bruno até o fim em número teatral. Ao se unir a Marienne no palco (já sem a capa preta e fora do piano) para interpretar a inédita “T-A” (bela balada em homenagem a amiga de Bruno, Thaís Ciancci), o cantor agradeceu o carinho do público, a deixa perfeita para ficar sozinho no palco e interpretar “Se é por Falta de Adeus” e “Bananeira”, o cantor, que não exibe mais a boa forma vocal de tempos áureos, ou de seu espetáculo Formas Poéticas (2008), conseguiu conquistar o público. À volta de Marienne ao palco trouxe a efusão masculina, já que a cantora apareceu com vestido curto e top, já que, aos 39 anos de idade, continua enxuta. Ao lado de Bruno ambos interpretaram a balada “Frozen” (Madonna) e se despediram com um selinho. Sozinha no palco, a cantora encerrou o show ao som da balada “Paixão”, inédita de seu próximo disco.

Enfim, Marienne voltou e conseguiu sua marca de volta. Valeu

Técnica e emoção de Leila pautam show em homenagem a bossa.


Opinião de show
Título: Benção Bossa Nova – 50 Anos de Bossa
Artista: Leila Pinheiro, Marcos Valle, Roberto Menescal e Wanda Sá
Local: Teatro Alfa – São Paulo
Data: 07 de novembro
Cotação: *** ½

E foram para Leila Pinheiro, ao final de “Samba do Avião”, os aplausos mais animados da noite que marcou o encontro da cantora com Marcos Valle, Roberto Menescal e Wanda Sá para celebrarem, juntos, os 50 anos da bossa nova. Bênção Bossa Nova – 50 Anos de Bossa é o incensado show idealizado pelo circuito de shows do Teatro Alfa. Original ou não, o projeto é um dos destaques da homenagem ao gênero.

Wanda Sá abriu a noite com interpretação de “O Pato”, levada em ritmo frio, mas foi ganhando o público a medida em que o show seguia com belas interpretações de “O Barquinho”, “Saudade fez um Samba” e “Tema de Amor de Gabriela”. Ao se unir a Marcos Valle para interpretar “Piano na Mangueira”, Wanda conquistou o público com interpretação contagiante. Em seu bloco solo, Valle pouco empolgou. Fez interpretações corretas de “Samba de Verão”, “Aos Pés da Cruz”, “Bananeira” e “Sim, foi Você” o cantor pouco lembrou o inspirado o inspirado intérprete de tempos áureos. O ponto mais frio do show foi a união de Marcos com Roberto Menescal. Os compositores interpretaram versão lânguida de “Samba de uma Nota Só”.

Ao assumir os vocais para interpretar “Samba do Avião”, Leila Pinheiro foi ovacionada no meio da canção. Leila reviveu números de seu (iluminado) disco Bênção Bossa Nova, entre eles “Iluminada” e a bela “Canção para Fazer o Sol Amanhecer”. Ao se unir a Menescal para reviver temas de seu Cd/ DVD Agarradinhos (lançado em conjunto com o compositor), juntos reviveram temas como “Mangueira” e “Luz do Sol”. Leila ganhou a noite.

Juntos no palco, todos reviveram “Garota de Ipanema”, “Frevo”, “Chega de Saudade”, “Se Todos Fossem Iguais a Você” e “Bênção Bossa Nova” (belo samba de Menescal gravado por Leila em seu disco homônimo) fechando o show com chave de ouro.

Leila mostra que, aos trancos e barrancos, a velha bossa continua sempre nova.

domingo, 9 de novembro de 2008

Guardar, guardar...


Há um poema do filósofo e poeta Antônio Cícero o qual lembrei-me hoje e achei importante postar aqui.

Eis:

Guardar

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em um cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.

Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que um pássaro sem vôos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.

Antonio Cícero.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Amor a gente não escolhe


Já ouviram aquele ditado: "Família a gente não escolhe"? Pois bem, não é novidade para ninguém que o amor você também não escolhe, você simplesmente se apaixona (apesar de ultimamente eu estar amando muito por ideologia).
Mas e se fosse possível escolher quem amar, quem você amaria? Seu vizinho? Sua vizinha? Amigo, amiga? Conhecido, conhecida? Ou simplesmente escolheria o caminho (que parece ser) mais fácil... não amar? Realmente, parece ser um caminho bem fácil de se escolher, afinal você não sofreria, você não morreria de amor, você não passaria dias e dias sentidndo aquele frio na barriga só de pensar na pessoa que se ama, e, estando perto dela, você não tremeria mais... isso seria ótimo, não? Não! Acredito que o amor não seja para pessoas fracas, apesar de haver uma outra ideologia muito interessante que descreve o amor como coisa de gente fraca, por ser o sentimento de necessidade que outra pessoa sinta por você o que você sente por ela... realmente, convincente, não? Mas eu acredito que o amor, por outro lado, seja coisa para gente muito forte, gente que quer encarar uma verdade que pode doer muito e deixar grandes marcas... realmente, amar é para os fortes, gente que tem coragem, gente que sabe o que quer... mas também é necessário aprender a amar. Amar não é dominar, é compartilhar... bonito, não?! rs.

Problemas de agenda


Queridos e queridas, como estão? Tenho recebido algumas reclamações pela minha agenda, a qual eu posto e renovo aqui todo mês, não ter sido atualizada e estar uma grande bagunça. Vou explicar... Nestes últimos dias tudo tem andado uma grande confusão! A gravadora está sem secretária por tanto estou tendo que administrar a parte de divulgação via internet mais a parte de contatos via e-mail, o que vem me deixando louco, louco, louco! Estou abarrotado de trabalhos de escola pra fazer, é um de filosofia, uma prova de biologia, um de matemática, uma prova para curso profissionalizante, o FREI, são pesquisas, lições de casa... muita loucura junta! Sem contar que ainda estou num momento um tanto confuso da minha vida pessoal, com algumas dúvidas, indagações, amores, uma saúde que anda meio frágil e debilitada, problemas no coração (claro que tais problemas não são no coração físico, mas no imaginário)... além do que eu também estou com problemas para a confirmação de eventos. Nos dias 06 e 13 de Dezembro aconteceria a estréia do projeto Rascunhos, proporcionado pela Cia. das Artes Monteiro Lobato, mas é possível que o projeto seja adiado para o ano que vem, já que houve um convite para a remontagem da peça Família pra Quê?, a antecessora de Estado Gasoso (esta, já encerrada). A remontagem deve acontecer no dia 13 de dezembro na Sepej, em São Paulo. Além do que, dia 13 de dezembro também deve acontecer um evento de encerramento de ano no supra-citado Auditório Ilza Cintra, no Educandário Allan Kardec (São Paulo). Será uma apresentação inédita de dança, mas nada que vá substituir o Formas Poéticas, o qual deve voltar a estrada no ano que vem.
Por tanto, assim que houverem novas notícias aviso aqui, ok?

beijos e abraços a todos.

BC.

PS: Aliás, trocas foram feitas, com a saída de Marlene Oiveira, a atriz e diretora Maria Creuza entrou em seu lugar.

DVD de Paula fica pra Dezembro.


Em declaração em seu blog, o Blog Nosso, Paula Toller deu a notícia de que o lançamento do DVD Nosso, o qual registra show da turnê SóNós, terá lançamento adiado para dezembro. O motivo originou-se de problemas técnicos de finalização do projeto, o qual estava marcado para sair na segunda quinzena de novembro. Além dos problemas técnicos é mais que óbvio o golpe de marketing da cantora e da produção, que visa o lançamento para o mês do natal, quando as vendas aumentam mais.
O DVD terá uma gravação extra, é o caso da versão em espanhol do hit
"À Noite Sonhei Contigo" e cenas de bastidores filmados por Marise Farias, cunhada de Paula. O making-of do DVD se chamará bastidores. Eis o que a kida abelha rainha diz sobre o projeto:

Para compensar, vou contar algumas coisinhas antes da hora.

O NOSSO DVD terá, além do show, duas gravações extras: a versão em español de À noite sonhei contigo e um filme de bastidores chamado...Bastidores! (Gênia!)

Foi feito por Marise Farias, minha cunhada. Ela filmou, editou e sonorizou com tanta graça e esperteza q nos recusamos a chamá-lo de making of. Poderia tb tê-lo nomeado NOSSO Bastidores, mas tenho TOC gramatical e não suportaria a falta de concordância.
Fui

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Inédito DVD de Madonna em 2 meses.


Ainda inédito na videografia de Madonna, o DVD que registra o belíssimo show The Re-Invention Tour poderá ser lançado daqui a dois meses. A notícia foi dada pelo empresário da material girl, Guy Oseary. Mais falante que nunca, o empresário da material girl anunciou durante um dos shows da turnê Sticky & Sweet Tour em Chicago que o DVD já está pronto e será lançado daqui a três meses, o que, pensando bem, casaria perfeitamente com o lançamento da coletânea e do DVD de vídeo-clipes idealizado pela Warner Music, a antiga gravadora da diva. O show The Re-Invention Tour não possui registro na íntegra, apenas alguns trechos, todos registrados para o documentário I'm Going to Tell you a Secret, lançado em 2006.
Vale aguardar.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

É HOOOJEEE!!!!!!


Para os desavisados de plantão... Hoje acontece a votação para decidirem o mais novo presidente dos Estados Unidos. Hoje descobriremos que assumirá o poder da maior potência comercial do planeta Terra, aquele que vai dominar o mundo.
Barack Obama ou John Macklin? Macklin ou Obama?! Pois bem, acredito que muitos têm acompanhado as eleições na terra do tio San desde seus primórdios, lá quando a Hillary resolveu apoiar o Obama, etc, etc, etc... Mas e aí, quem será que ganha? Todos estão torcendo por Obama, inclusive grandes estrelas da música (caso da popstar Madonna), do cinema (caso do ator Silvester Stalone) e da socialite patricinha Paris Hilton. Acredito que não só eles como muitos outros, inclusive no Brasil que pouco tem a ganhar ou perder com essa história. Confesso que eu estou com um pé atrás, tanto com os candidatos quanto com os americanos, nos quais raramente se pode confiar (salvas exceções).
Pois bem, é hoje! Saberemos que dominará o mundo! Barack Obama ou John Macklin?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Os 72 nomes de Deus segundo a Kabbalah


Hoje, navegando pelo site oficial da cantora Marina Lima, encontrei algo (já lá a muito tempo) muito interessante. Adepta à Kabbalah já há anos, Marina fez questão de ter em seu site, nos extras, um espaço intitulado Nomes de Deus, e lá ela explica sobre os 72 nomes de Deus segundo a Kabbalah. Estudo a Kabbalah (ou Cabala se preferirem) a pouquíssimo tempo (acho que há 06 meses), mas achei tão interessante que resolvi colocar aqui para vocês sobre estes 72 nomes. Como não saberei explicar tudo à risca deixo aqui as palavras de Marina, escritas em seu site oficial:

"Fiz questão de ter essa seção no site.
Faço Cabala há anos, e sei do bem que essa sabedoria pode nos trazer.
Esses são os 72 nomes de Deus. Olhando para essas combinações de letras, a nossa energia pode mudar na direção que necessitarmos. Cada nome é composto de três letras de um alfabeto antigo, chamado aramaico, e cada um desses nomes tem um sentido e uma combinação diferente, para diversas situações na vida que, volta e meia, temos que enfrentar ou reforçar.
Escolha um de acordo com o seu estado de espírito, e medite nele, escaneando várias vezes.

As coisas vão melhorar.

Se vocês quiserem se aprofundar mais no assunto, sugiro que procurem o livro “Os 72 nomes de Deus” nas melhores livrarias do Brasil e do mundo."

domingo, 2 de novembro de 2008

Às explicações...


Queridos e queridas que postaram aqui, se preocupando e me apoiando ao ler o conteúdo do últimno post deste blog. Vamos às explicações, primeiro peço desculpas, mas tudo não passou de um mal, um péssimo, mal entendido! História (muito) longa e até meio confusa, mas tudo não passou de uma brincadeira com fundos quase reais e com consequências catastróficas. Agradeço de coração a vocês, a todos MESMO, que postaram ou que simplesmente chegaram em mim e me deram apoio, estou (bem) melhor, mais calmo, já cancelei minha ida para o hospício (por hora)... mas eu volto a agradecer a todos!

beijo grande.

BC.

sábado, 1 de novembro de 2008

Um dia desses eu enlouqueço de vez... o que será que há de errado?


O que será que há de errado? Às vezes eu não entendo (às vezes? tá bom!), você planta e cultiva uma amizade com tanto carinho, amor, dedicação, coisas boas, conselhos, ajudas... você se dedica 24 h por dia nessa amizade... sempre pensando em colher os melhores frutos num futuro não tão distante... você entende a pessoa, suas crises, gosta delas até... para chegar um belo dia e você descobrir que essa pessoa não gosta mais de você! que essa pessoa passa a te ignorar e que você magoou essa pessoa inconsientemente mesmo sem ter feito NADA (que você possa se lembrar)! Realmente você pensa: "Será que eu sou uma pessoa tão ruim assim? Realmente ahco que eu não presto MESMO", e memso que outras pessoas digam que o problema está naqueles que não querem mais saber de você no fundo, bem lá no fundo, voc~e sabe que o verdadeiro problema é você SIM!

Eu não consigo entender, por que não há explicação lógica pra isso? Por que as pessoas simplesmente não param de se odiar gratuitamente e têm uma conversa decente dizendo os porquês de tanta mágoa...

esse post é a marca do meu luto, afinal perdi duas amigas (a mais recente hoje) sem saber o porque! E duvido que um dia eu venha a descobrir!

Mas guardem o que eu digo... um dia eu enlouqueço! e quem vai me visitar no manicomio??

Uma homenagem muito bem-vinda


Homenagens são sempre interessantes de serem prestigiadas, sejam elas para nós ou para aguém que gostamos, amamos, admiramos ou até mesmo simpatizamos. Foi o caso dessa homenagem lindíssima à pequena notável Carmen Miranda (foto à cima) postada no belíssimo blog Mineira à Paulista, o qual é administrado pela minha querida amiga Bruna Mattos (foto à direita). em post sincero e emocionante, Bruninha conseguiu traduzir sem meias palavras a "síndrome Carmen Miranda", onde se é endeusada no exterior mas praticamente desprezada no Brasil (o que é uma pena). Acessem ao blog (é só clicar no nome do blog, destacado em azul) e serão transportados diretamente para um universo de eterna beleza e sutilezas. Vão lá!

Vale à pena ouvir de novo: Rita volta aos trilhos do bom rock em belo disco.


Opinião de CD
Título: Rita Lee

Artista: Rita Lee

Gravadora: Som Livre/ Série Gala

Cotação: *** ½

Ano de lançamento: 1993

Depois de excursionar pelo seu próprio repertório em forma de bossa nova com o belo disco Bossa N’ Roll (1991), a rainha do rock Rita Lee voltou a seu trono com um novo e belo trabalho. Rita Lee não é exatamente um disco de rock como os da época do tropicalismo e tutti-frutti, é mais incensado e pensado, com letras descontraídas, porém voltadas para um público específico. Os fãs da roqueira.
A canção que abre o disco é o rock
“Filho Meu”, belo apelo de seu filho ao abrir os olhos da mãe para as novidades tecnológicas do mundo atual, a canção lembra bem as canções da fase “mutante” da cantora. Em contrapartida com o rock de abertura, a canção que segue, “Tataratlantes” já é mais voltada para uma bossa nova não tão velha, levando-nos a acreditar que Rita revirou seu baú de lembranças para tirar de lá a bela bossa da Nara. À medida que segue, o disco perde sua força roqueira proposta na canção de abertura e vai ganhando outras faces, seja a face “cabaré” proposta em “Drag Queen”, contando a história de uma Drag em Paris, herança de “Três Travestis”, bela canção feita por Caetano Veloso para Ney Matogrosso que acabou caindo na voz de Zezé Motta, ou a balada açucarada em “Mon Amour” que, aliás, é bela parceria de Rita com Nelson Motta. Tal força roqueira é revisitada em “Menopower”, ótimo rock que caracteriza as mulheres numa menopausa atacada. Sem empolgar, Rita faz releitura de “Maria Ninguém”, bela bossa do cancioneiro de Carlos Lyra. A canção soa como um anticlímax em relação ao rock “Todas as Mulheres do Mundo”, uma bela homenagem a todas as mulheres desse nosso planeta, homenagem essa não tão revoltada como a que marcou “Elvira Pagã”, canção lançada em 79 por Rita em seu belo disco Rita Lee (1979).
Heranças do último disco ainda ecoam neste trabalho da roqueira que, de vez em nunca, faz pequenas citações de uma MPB mais urdida, a qual nunca se enquadrou tendo seu estilo próprio. E tais ecos são ouvidos em canções como “Ambição”, bela balada bossa-novista e minimalista do disco que marca um outro rumo na carreira de Rita. Eclética de várias formas diferentes, Rita insere uma lambada em forma de rock no disco, é o caso de “Canaglia”, divertida versão de Patrício Bisso para a lambada composta por Katina Ranieri e Riz Ortolani. Rita segue com seu rock pesado ao interpretar a religiosa “Benzadeusa”, homenagem às santas protetoras de todas as mulheres. Ainda em seu rock, porém agora mais gótico Rita lança mão do órgão de Petroff para interpretar “Deprê”, ótima parceria da rainha do rock com Oswaldo Luís. Em estréias, Rita molda sua parceria com Itamar Assumpção em “Só Vejo Azul”, bela balada que evoca os vocais da primeira parceria da dupla, a rara “Venha até São Paulo”. Com linda parceria com Carlos Rennó, o disco é fechado ao som da italianíssima “Dami Mille Bacci”, a bela valsa da dupla.
Enfim, mesmo sem Roberto, Rita mostra que sabe fazer o bom rock paulista e não perdeu o trono de rainha do rock brasileiro. Good save the queen!