quarta-feira, 12 de novembro de 2008

É hora da reinvenção


Em uma de suas letras mais expressivas e poéticas, Marina Lima diz “mas por que não nos reinventar?”. Tais versos estão na belíssima música “Três”, a qual faz um jogo de perguntas e declarações. Eu acredito que, num certo ponto da sua vida, a reinvenção é mais que necessária, é obrigatória. Você não necessita se reinventar, você deve fazê-lo. A reinvenção é um caminho longo e sem volta imediata, a desistência não vai te levar para o lugar de onde você saiu, mas sim, te deixará de onde você parou! Mas, pra você, o que é a reinvenção? Hoje, ano de 2008, século 21, a reinvenção vem de diferentes formas em diferentes épocas. Antigamente, se reinventar era algo proposto por aqueles que chegavam aos 40, as mulheres sobre tudo, as quais necessitavam “limpar suas gavetas”, mas hoje já não é mais assim, a reinvenção não é apenas dentro de sua cabeça, é no seu corpo, é no seu modo de pensar, de agir, de refletir... e ultimamente tenho dado início a uma reinvenção, uma reinvenção que abrange todo um ser. Indo do corpo a mente, acredito que ambos devem estar numa comunhão... estudos, dietas, conscientização, malhação, cuidados em todos os sentidos, encontros espirituais (a minha volta dentro do estudo da Cabala), interesses diversos por línguas, amores turbulentos (a única coisa a qual não consigo reinventar), amigos... enfim, de tudo um pouco. Acredito que os últimos tempos tenham sido de terna reflexão, ao menos para mim, seja a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, um país extremamente preconceituoso que está passando por cima de suas “rixas” com o mundo atual, seja a minha autoconscientização em cima dos problemas que o mundo passa há anos e, só a pouco, pude abrir meus olhos, seja na escolha de amigos certos, descartando assim aqueles que nada tem mais a ver comigo. Acredito que os 15 anos de idade (já beirando a 16) tem muito mais a oferecer se não festinhas, baladas, o tão idiotizado verbo “ficar” (que eu odeio com todas as minhas forças, mas que a galera que se diz “jovem” ama de terna paixão) ou tantas outras banalidades que a minha idade proporciona e eu, com todo o mérito, dou as costas! A Madonna entra numa contradição muito interessante em uma de suas canções mais expressivas, a “American Life”, ela pergunta se essa vida moderna realmente é pra ela, se essa vida moderna realmente é de graça... será que para nos tornamos um “alguém” no mundo temos de ser o que a sociedade jovem nos empoe? O mundo anda mal das pernas e, mais uma vez citando Madonna, acho que o que ela diz em “Human Nature” é a mais pura verdade... ninguém pede desculpas, essa é a natureza humana... vamos nos permitir uma reinvenção, duvido que alguém vá se arrepender já que à medida em que o tempo passa, nós pendemos a ficar mais inteligentes, resta também aprendermos a lidar com tal inteligência.

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