quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Lauper traduz com elegância o new wave e eurodance em novo Cd


Opinião de Cd
Título: Bring ya to the Brink
Artista: Cyndi Lauper
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: ****

Se pra você Cyndi Lauper ainda é "apenas uma garota que quer se divertir" fique sabendo que, neste novo trabalho, a cantora mostra outra face em seus 55 anos. Bring ya to the Brink é o primeiro disco de inéditas da cantora em, mais ou menos, 12 anos e é um destaque em sua discografia.
Enquanto a rainha do pop Madonna pede "colo" para o mercado norte-americano ao lado de Timbaland, Justin Timberlake e Pharell Williams em seu último bom disco, o Hard Candy, sua "rival" da década de 80 experimenta tomar o poder das pistas de dança européias, para ser mais específico, as londrinas.
Cyndi abre o disco com a batida eletropop
"High & Mighty" que, à primeira ouvida, pode dar uma errada impressão do que venha a ser o disco. Para alguns não é nada difícil notar as semelhanças das faixas "Echo" e "Rocking Chair" com o pop dançante de Confessions on a Dance Floor, ótimo disco lançado por Madonna em 2005, mas a impressão pouco dura já que em "Lyfe" Cyndi adota um estilo todo próprio de fazer música.
Associar o Bring ya to the Brink com as pistas de dança européias não é difícil em se tratando do disco mais expressivo lançado pela autora dos clássicos She's so Unusual (1984) e True Colors (1985) nos últimos anos. Grandes destaques do disco são as obscuras
"Into the Night Live", "Same O'l Story" e as baladas "Give it Up" e Grab a Hold", perdendo força apenas na inexpressiva "Set Your Heart". O disco é tão dançante que conseguiu fazer com que até uma bela balada como "Rain on Me" pudesse ser traduzida para as pistas de dança.
Enfim, pode até ser que Cyndi não volte a bombar nas paradas de sucesso como na expressiva época do
"Girls Just Want to Have Fun", mas é certo de que a já cinqüentona deixou ótima impressão em seu novo disco.

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