sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

“Folhetim” deixou a desejar em “Amor em 4 Atos”


Opinião de série
Título: Amor em 4 Atos
Episódio: Folhetim
Texto: Márcio Alemão Delgado
Direção: Bruno Barreto
Elenco: Vladimir Brichita, Camila Morgado, Alinne Moraes, Osmar Prado, Alice Assef e outros
Exibição: Rede Globo
Horário: Após o Big Brother Brasil
Cotação: ***

Terceiro episódio da série Amor em 4 Atos, o episódio baseado em “Folhetim” entrelaçou duas histórias distintas dos subúrbios cariocas. A primeira era a de Ary (Vladimir Brichita) e Selma (Camila Morgado), um casal sem amor no casamento que, após uma briga, se separa. Ela se mantém no apartamento enquanto ele sai a vagar pelas ruas do Rio de Janeiro em busca de um modo de amenizar sua dor. Numa de suas paradas dá de cara com Vera (Alinne Moraes) e depois com um misterioso Marcos (Osmar Prado), que sabe tudo sobre a noite. A outra história é a de Ana (Alice Assef), um travesti das noites cariocas que procura seu caminho tentando se firmar numa vida normal e de sucesso. Ary se relaciona com Vera durante uma noite intensa, enquanto Alice conhece um suposto empresário italiano que a levaria para a Itália para cantar em clubes do país, mas ao descobrir a farsa mantém um relacionamento com o rapaz.

O problema do episódio foi a falta de poesia (que permearam os dois primeiros, baseados nas canções “Ela faz Cinema” e “Mil Perdões”). Faltou a classe, a poesia e, muito mais, a sensibilidade da canção de Chico. Ary se envolveu com Vera que era, sem e ele saber, uma prostituta. Um final já esperado e pouco (ou nada) surpreendente em se levando em conta a letra de “Folhetim”. Bruno Barreto dirigiu o capítulo com placidez, chegou a ser monótono. Márcio Alemão Delgado não deu ao texto também grandes momentos. A briga de uma inspirada Camila Morgado com um bom Vladimir Brichita foi o único momento que mereceu real atenção em se tratando desta primeira trama. A segunda trama, estrelada por uma boa Alice Assef na pele do travesti Ana, também não foi inovadora nem chegou a prender a atenção. Mas valeram os números musicais cantados por Alice (em ótima forma vocal). A “cantriz” deu voz a “Esquinas” (canção de Djavan, estranha no ninho ao se tratar de uma homenagem à obra de Chico) e a uma deliciosa “O Que Será” (melhor momento musical do capítulo). Alinne Moraes é uma ótima atriz e não surpreendeu em sua personagem. No entanto, seu momento final aludiu a sua Noiva do Catete. A cena de Ary e Vera na cama também aludiu à As Cariocas, mas sem a mesma inspiração poética.

Enfim, Folhetim foi, até agora, o episódio mais fraco da série Amor em 4 Atos. A continuidade se dará com As Vitrines, com o mesmo autor e diretor. O que salvou foi a parte musical porque, no todo, foi mais do mesmo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Achei perfeita, adoro o Vladimir.

bjo.

Adri do Rio