No começo deste ano Caetano Veloso iniciou no Rio de Janeiro, na casa Vivo Rio, uma temporada de shows com o nome de Obra em Progresso, que trariam sucessos e canções inéditas ainda em fase de preparo, todas na fila para entrar para o próximo disco do cantor (ainda sem nome definido). Enfim, Caê resolveu que gravaria tal show para gerar um DVD. O show foi gravado em duas apresentações no Rio de Janeiro no Teatro OI Casa Grande, e a música que abria o show era justamente a que deu nome a este post. Vamos à história dela: No passar dos anos o cantor Lobão sempre fez ásperar críticas ao velho baiano, críticas essas que nunca deixaram Caê com raiva de Lobão e, no ano 2000, lobão fez uma canção com o nome de " Para o Mano Caetano" na qual criticava o velho baiano, mas sem deixar de expressar seu amor pelo mesmo. Bem, agora no ano de 2008 Caetano fez uma resposta ao roqueiro, a canção "Lobão tem Razão" na qual ele dava razão ao roqueiro. Eis a letra:
(Caetano Veloso)
Lobão tem razão
irmão meu Lobão
chega de verdade
é o que a mulher diz
tô tão infeliz
um crucificado deitado ao lado
os nervos tremem no chão do quarto
por onde o sêmen se espalhou
o mundo acabou
mas elas virão
e nos salvarão
a ambos nós dois
o medo já foi
o homem é o próprio Lobão do homem
ela só vem quando os mortos somem
ela que quase nos matou
chove devagar
sobre o Redentor
se ela me chamar
agora
eu vou
mais vale um Lobão
do que um leão
meto um sincerão
e nada se dá
o rock acertou
quando você tocou com sua banda
e tamborim na escola de samba
e falou mal do seu amor
chove devagar
cobre o Redentor
se ela me chamar
agora
eu vou.
Razão
(Bruno Cavalcanti)
Perdão, foi ilusão, perda de tempo, uma alusão.
Eu sei, você já falou,
Até foi propício pois o tempo passou,
Não sei se esqueci, não sei se rolou,
Eu sei que tudo o que devia ficou,
Você tem razão, mas não peço perdão
Não me arrependi, até pelo contrário meu bem, eu aprendi.
Quem disse que criança deve amar?
Toda hora é hora de você ir se deitar.
Eu sei, você tem razão,
Nem tem discussão,
A sua galera é seu porto, meu vão.
Pode ir, não faço questão, tudo o que você pensou
Foi o ápice da razão.
Não quero carinho, não quero amor,
Não te quero mais, pode seguir sem horror,
Sem preocupação, não tem problema, não
Eu admito, você tinha razão.
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