segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Longe daqui, aqui mesmo



Então, tô de volta! Passei um tempinho sem dar as caras, apaguei post's não por não significarem nada pra mim, mas para o blog realmente fugia do tema proposto, por mais pessoal que seja. Bem, mas vamos às vias de fato, na manhã deste sábado, 16, dois acontecimentos históricos eram concretizados, um bom e um ruim. Nesta manhã de sábado morria o gêneo da música brasileira, o baiano mais carioca do Brasil, o espetácular Dorival Caymmi. Ele que compôs sucessos como "Sábado em Copacabana", "Vestido de Bolero", "O que é que a Baiana Tem?" entre tantos outros sucessos. Com uma obra parcialmente pequena para seus 94 anos de
idade e incontáveis anos de carreira, Dorival fez de tudo um pouco, inclusive nos fazer aquela perguntinha tão retórica e deliciosa... Você já foi à Bahia? Sim Dorival, já fui. Aliás, só pra constar, o "buda nagô" da música brasileira foi o primeiro e único compositor a transformar uma receita de um dos pratos típicos mais gostosos que já comi... o vatapá. Eis a letra:

Vatapá
(Dorival Caymmi)

Quem quiser vatapá, ô
Que procure fazer.
Primeiro o fubá, depois o dendê,
Procure uma nega baiana, ô
Que saiba mexer, que saiba mexer, que saiba mexer,
Procure uma nega baiana, ô
Que saiba mexer, que saiba mexer,
Bota castanha de cajú, um bocadinho mais,
Pimenta malagueta, um bocadinho mais,
Amendoim, camarão, rala um coco
Na hora de machucar,
Sal com gengibre e cebola, iaiá
Na hora de temperar,
Não parar de mexer, ô
que é pra não embolar,
Panela no fogo
Não deixa queimar,
Com qualquer dez mil réis e uma nega, ô
Se faz um vatapá,
Se faz um vatapá
Que bom vatapá.


Realmente, saudades Dori.

Mas uma das boas notícias foi o cinqüentenário da diva do pop mundial, a rainha Madonna. Com quase 20 anos de carreira a cantora não perde o trono de modo algum, o mundo inteiro voltou seus olinhos para a loira que completou 50 anos no auge de sua boa forma comemora também as vendagens de seu último (bom) disco, o Hard Candy. Madonna sempre procura (e consegue) se reinventar dentro de seu trabalho, a Madonna de Like a Virgin não é a mesma de Ray of Light, assim como a equivocada Madonna de American Life conseguiu se reinventar em Music. Mas nunca Madonna foi tão Madonna quanto em seu penúltimo disco, o ótimo Confessions on a Dance Flour ou tão inédita quanto o Hard Candy. E não há turnê no mundo mais esperada que a Sticky & Sweet Tour que estreou no mesmo sábado 16 no país de Gales e que chega ao Brasil em Dezembro para quatro apresentações, sendo uma no Rio de Janeiro e três em São Paulo (dá-lhe terra da garoa). Enfim, Madonna é Madonna com ou sem seus 50 anos!

Dorival e Madonna, os dois ícones da música brasileira.

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