quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A força que nunca seca.


Pois então, hoje aconteceu de tudo. Acordei sem voz, a área esquerda do meu maxilar passou o dia paralisado, meus problemas resolveram aparecer todos de uma vez, fui obrigado a passar o dia com uma pele falsa e com uma prótese postiça, uma dor de cabeça de derrubar até pedra, fui ao dentista e o infeliz resolveu não ir trabalhar no horário da minha consulta, voltei andando e com um puta sol no rosto e uma dor de cabeça que só crescia. Mas tudo começou a melhorar depois de uma conversa com minha querida amiga Daniela Frontarolli, a qual, mesmo inconsientemente, me curou de vários problemas e dilemas emocionais (grazie mon amour). E o dia como um todo melhorou quando eu entrei na internet, entrei no blog de minha amiga e li uma crítica mais que maravilhosa aos dias de hoje. Eis o texto maravilhoso de Thaís Melendez:

Há uns dez, quinze anos atrás, não existia orkut. Minha mãe usava telex, e meu pai ainda tinha cabelo. Os paulistanos nadavam no Tietê, e no inverno fazia frio. Juventude era sinônimo de revolução. O Kinder ovo não custava os olhos da cara. O leite da padaria era em saquinho. As meninas de doze anos brincavam de boneca, não saíam por aí pra 'pegar geral'. Balinha era iogurte, 7 bello, não o que a gente encontra em balada hoje em dia. Calça, só se a cintura fosse lá no umbigo. Não essas de hoje, que como diz minha avó, mostram até o útero. Quando não existia chapinha, ninguém tinha vergonha de cabelo enrolado. Creme dental era kolynos. Minha mãe ia pra danceterias. Criança tinha infância, não essa adolescência precoce. A mulher sabia se valorizar, e o homem ainda sabia o que era isso. Foto era polaroid, com filme de trinta e seis poses. Absorvente era modes. E o orelhão era a ficha. A passagem de ônibus não era cara. O dinheiro era cruzeiro, passou a ser cruzado e agora é real. Um real absurdo, que como o povo brasileiro diz, só sabe dar tchau. Videocassete, disquete, disco de vinil. Nada disso. Hoje aquele trocinho que chaman de MP4, MP5, MP8 ou sei lá, faz tudo isso. Biblioteca que nada, hoje existe o Google.Tudo ao nosso alcance, aqui !
Que tempos modernos, não? Os tempos mudaram meus queridos.
Caminhamos sem direção, enquanto os velhos e bons tempos ficam pra trás a cada instante. Tudo que temos hoje são coisas materiais, e aonde foi parar a simplicidade de antes? Tenho que, novamente, concordar com a minha avó, eles é que realmente sabiam o que é viver!
Nossos bens materiais, e toda tecnologia só colocam vendas em nossos olhos. Infelizmente, toda essa revolução digital não faz mais nada, além de alienar e deixar toda essa gente sem visão.
É meus queridos, estamos ferrados!


Realmente, eu sei, ainda temos chance de encontrar a força que nunca seca!

2 comentários:

Thais Melendez disse...

Ahh Bruninho !

ótimo post :DD
não só pelo meu humilde texto, mas pelo forma como você o expôe.
que dia de cão heein! haha
é a vida, é a viida...
Pode ter certeza, a força nunca seca !

Isabel Tropardi disse...

oi Bruno, passei aqui para uma visitinha :) e seu blog como sempre mto bom! espero que você melhore logo. bjos