segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Novo capítulo...


O que me inspirou a vir escrever este quarto capítulo da minha trilogia – que com a feitura deste quarto capítulo deixa de ser trilogia, logicamente porque trilogia se define em “três”, não na palavra mas no sentido, enquanto quatro não é três, tanto na palavra quanto no sentido – foi uma frase do Nelson Rodrigues (e dessa vez a citação não é gratuita) dentro de um texto espetacular do Arnaldo Jabor. “Amor e Sexo”. Sim, o mesmo texto que inspirou a Rita Lee e o Roberto de Carvalho a fazerem à canção “Amor e Sexo”. Ambos tão literais e literários, tão filosóficos e tão incisivos, tão corretos e tão equivocados. Não terminei de ler a crônica do Jabor porque a frase do Nelson me foi como um baque, impedindo que eu continuasse com a leitura (até então ininterrupta). “O amor, se não for eterno, não era amor”. Nelson Rodrigues sempre tão certeiro, mesmo que pouco romântico (no sentido literário da palavra, ou não – Gisele, isso te faz algum sentido?). Já pararam pra pensar que o amor é eterno! Amor de mãe, por exemplo, é eterno. Amor de Deus, por exemplo, é eterno. Mas será que o amor de um homem por uma mulher realmente existe? Vou reformular a minha pergunta: será que ele realmente acaba? Vou refazer a pergunta: será que, se existe, acaba? Acho difícil. Vemos hoje alguns exemplos de casos lindos de amor, posso citar, por exemplo, Fernanda Montenegro e Fernando Torres, ou então Malu Mader e Tony Belloto, Alexandre Borges e Júlia Lemmertz, Nicete Bruno e Paulo Goulart, Glória Menezes e Tarcísio Meira e alguns outros que me falham à memória agora. Esse amor não acaba. Há várias peripécias de Sra. Y, por exemplo, que posso contar. Assim como há histórias de personagens novos como a Friend JM, o Geração 80, a Geração 70 (Gisele, me apropriei de seus amigos, os quais me apaixonaram, mais tarde devolvo). Vamos começar pela Sra. Y.

Antes de conhecer o Sr. S, Sra. Y era uma pessoa totalmente desencanada de qualquer tipo de sensação ou sentimento que não fosse o menos nobre possível (algumas mentes mais brilhantes entenderão o que quis dizer). Desacreditava no amor, desacreditava na paixão, nos beijos seguidos por um relacionamento... Nada que não fosse sexo seguido de “vá com Deus” (e nessas horas Roberta Miranda é uma ótima citação). Sr. S veio para mudar essa crença, mas até lá já é outra história. De acordo com Sra. Y, amar era coisa para pessoas fracas que necessitavam de alguém para satisfazer seus desejos mais íntimos e acabar com sua carência. A paixão também não era tão diferente, afinal um sentimento que poderia te fazer feliz por alguns instantes e infeliz por instantes ainda maiores, não podia ser algo tão precioso. E confesso que, hoje em dia, concordo (em partes) com ela. Qual o real sentido do amor? Claro que os mais românticos correspondidos dirão sempre: é a felicidade! Mas eu duvido um pouco de grandes amores (não que os casais que citei mais acima me pareçam falsos, mas mais do que amor é preciso ter MUITA paciência para viver com alguém).

“Amor é prosa, sexo é poesia”. Essa grande diferença entre o amor e o sexo me fascina. Friend JM tem muito disso. Ela e eu não nos falamos mais, mas sempre estamos juntos. Eu sinto que há nela uma tensão sexual que foge da conotação pornográfica da palavra. Ela é aquele sexo apaixonante. “Ela é bela, por que não com ela?” porque ela não quer! Marina sempre é uma ótima citação, mas, em alguns casos, muito fácil de rebater.

Friend JM, quer voltar a falar comigo? Esse seria um tema muito interessante para debatermos.

Me privo de continuar ou se quer encerrar decentemente esse capítulo. Não por falta de inspiração, mas confesso que a preguiça acaba de bater. Sou um pouco baiano/ europeu nesse sentido.

Ficamos por aqui, mas antes, Friend JM, saudades de tu!

Um comentário:

Anônimo disse...

BOM DIA, BRUNO, FICOU SUPER SUPER SEU TEXTO, ADOREI.
SEU VIDEO, VOU COLOCAR NO MEU BLOG NO SABADO DIA 17/10/09.
VOCÊ TEM UMA FOTO SUA PARA COLOCAR JUNTO AO VIDEO NO BLOG.
ME ENVIE POR E-MAIL.
BEIJOS, BEIJOS, COM MUITO CARINHO.
BEL