sábado, 24 de outubro de 2009

Sexto capítulo: Caah!


Estou vivenciando coisas que considero um tanto perigosas. Relacionamentos à proximidade. Este será o tema do sexto capítulo da minha trilogia que, agora, decidi que terá um título... Trilogia.

Acredito no amor, mas duvido que todos sintam isso, ainda mais com a intensidade que juram sentir (é nessas horas que devemos duvidar dos juramentos em nomes). Acredito muito mais na paixão. É mais gostosa, mais humana, menos passional, mais divertida! É ilegal, é imoral... E engorda! A paixão é mais interessante. Sei disso porque amei (no sentido romântico da palavra) muito pouco, mas já me apaixonei demais. Tudo bem que sempre me fodi de verde e amarelo, mas esse é um critério que eu entro em outro momento (que me der na telha). Gosto da paixão! E se há alguém que consegue definir esse sentimento tão demoníaco e burlesco é ninguém mais ninguém menos que Caah.

Caah é uma loira (ou será loura? Isso sempre me afligiu) falsa, falsa, falsa! Tinha cabelos castanhos. Não tem mais. Iluminou a cabeça com química. Ficou sexy, mas perdeu o ar de “santinha” que tinha (e tinha só o ar!). Caah sabe do que eu estou falando quando digo que paixão é burlesca e gostosa. Acompanhei suas paixões e suas peripécias e as conto aqui com a devida autorização – ou não – da vivente.

Vamos começar por Lucas. Típico garoto bobalhão, mas que conquista as garotas – é dos bobos que elas gostam mais. Até poderia tomar o lugar de Jim Carrey na remontagem de Débi&Loide. Bom, esse não foi o grande amor da vida de Caah, muito menos uma paixão tão intensa. Mas acredito que vale à pena citá-lo.

Ambos se conheceram numa festa de Halloween. Beijos vão, beijos vêm e finalmente eis que eu ouço a frase mais instigante de toda a minha vidinha vulgar: estou namorando! Começou a saga! Depois de Lucas tivemos Diego, Willian, Gabriel, Ricardo e uma experiência não muito bem sucedida com um certo Sr. já citado aqui, mas que não entrarei em maiores detalhes.

Querem saber? Resolvi agora, de uma hora pra outra, deixar as lamóias de lado – não procurem “lamóias” no dicionário, decidi me dar o ar da graça de um escritor suficientemente talentoso para inventar palavras. Pretensioso, não?!

O maior amor da vida de Caah (e agora me refiro a amor mesmo) foi um nome que não entrou ainda na roda, e me permito chamá-lo de Sr.K.

Sr. apenas para tirar sarro. K porque foi a primeira letra que me veio à cabeça.

Sr.K nunca foi um poço de inteligência, mas ao menos sabia contar o 2 + 2 sem se perder. Não era muito bonito, mas transpassava uma segurança admirável. Talvez por isso tenha encantado Caah. Apesar de que, venhamos e convenhamos, encantar Caah não é muito difícil. Não é elitista.

Vou contar como ambos se conheceram e, daí pra frente, vocês tiram suas próprias conclusões.

Se há uma coisa que eu adoro tanto quanto o teatro, a música, a dança, as artes plásticas e um bom vinho tinto são boates. Confesso que se eu tivesse sido adolescente na década de 80 teria me acabado nas maiores baladas de São Paulo. Clube G, 5F, 00 (que foi pro Rio), Club 54, Lôca, Clube Glória... Todas estariam na minha lista semanal. E isso é algo que eu e Caah temos em comum. Ela ama uma festa e eu adoro uma boate. Ou seja, somos a fome com vontade de cozinhar – Ana Maria me entenderia. Mas, depois da última cena no Open Bar Club, decidi que sairíamos com boates diferentes!

Eu não tenho problema com bebidas. Bebo pouco e sempre acompanho um copo d’água ou algo sólido (coisa que aprendi muito sabiamente com Marieta Severo – não, não somos amigos, conhecidos nem mantemos contato, mas a dona Nenê e eu somos amigos de longa data). Pena que Caah não tenha aprendido essa lição também. Entre um drink e outro, uma dança e outra, acho que a Caah não sabe que quando você está bêbada e rodando algo acontece. E não é que aconteceu? Atire a primeira pedra quem não tem um conhecido, um amigo, uma amiga, um familiar, o que seja, que já não tenha dado PT?! Sim, Caah foi perda total. Irrecuperável eu diria. Perdidamente irrecuperável. Mas vamos voltar à historinha que eu ainda não comecei a formular.

Caah dá PT e há, por incrível que pareça, quem ache isso interessante. É assim com Sr. K.

“Tive uma noite maravilhosa ontem. O melhor sexo dos últimos tempos!”. Não sei porque vocês, garotas, adoram me contar isso. Não sou amiga de vocês. Não sou se quer amiga. Será que é porque comigo não há concorrência entre o sexo mais bem feito? O maior pênis? Fica a dúvida.

Sr. K e Caah viveram um bonita história de 6 meses. Pena que eu peguei apenas 2 destes 6 meses, já que Sr. K era inseguro o suficiente para não confiar nos amigos que rondavam a vida da namorada (vocês devem pensar que acabo de me contradizer com os dizeres lá de cima, não é? Bom, não é!), enquanto Caah era idiota o suficiente para deixar ser controlada. Perdeu vários amigos do sexo masculino, inclusive eu. Foram entre 4 meses de puro desprezo mútuo, combatidos e rebatidos com muitos vinhos. Mas a reconciliação foi terna... Ou não. Não sei, sou um sentimental, tudo pra mim é terno o suficiente para entrar para a posteridade. Mas Caah merece. Mesmo sendo uma amiga difícil de se descrever eu sei que ela merece entrar no meu futuro, nem que seja em pensamento ou como uma vaga lembrança.

Aliás, Caah, fica aqui essa declaração de amor que você não lerá e nem se quer saberá que existe. Afinal essa Trilogia não será publicada e indicada pelo The New York Times como o melhor Best-Seller do século XXI. Mas quem sabe a Fernanda Young não leia? Encontrei com ela há uns dias atrás no show do Erasmo Carlos. Não conversamos, apenas dançamos ao som de “Festa de Arromba”. Mas isso é outra história.

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