quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Um capítulo pra além da porta - capítulo especial.


Terminei, enfim, de ler Uma Viagem Além da Porta – o livro escrito pela minha amiga Gisele Lemos e me enviado com muita delicadeza pela mesma. Confesso que não gostei do final, não por ele não ser bom. Ele é. Mas não gostei do final pelo fato de ele ser um final. Detesto finais! Eles dão um ponto final naquilo que vêm me interessando e consumindo por dias, meses, quisá anos. Finais me fazem sofrer. Quando chegam os finais perde-se o papo. Você não comenta mais com alguém todos os dias sobre o último capítulo de um livro, de uma novela, de um seriado... Não. Eu pelo menos não comento de últimos capítulos com quem eu não conheço. Último capítulo é algo extremamente pessoal, de uma impressão só sua e de mais ninguém. Debater uma impressão sua sobre um último capítulo só se for com algum conhecido de muita intimidade. Me sinto nu nos últimos capítulos. Talvez por isso eu tenha diminuído tão significativamente o número de novelas que tenho assistido. Não sofri no último capítulo de “Caminho das Índias” porque não assisti, assim como não assisto “Viver a Vida” e assim como só assistirei “Passione”. De qualquer forma, Gisele me deixou nu, transnudado – isso faz sentido para vocês? –, me deixou enojado, feliz e triste. Porque dar um ponto final na última página seguida por uma página escrita “Fim”? É tortura? Ela deve achar que sou sadomasoquista. Não sou. Ao menos não por enquanto. Foram 126 páginas de pura diversão, diversão essa que acaba de me ser usurpada. Mas tudo bem Gisele, te perdôo. Afinal, se não fosse por você, este capítulo que escrevo hoje e agora não existiria. O seu livro foi a espinha dorsal do modo como venho contando as histórias e apresentando as personagens – e, por falar em personagem, te devolvo Geração 80 e Geração 70. Me apaixonaram demais, mas não me sinto hábil a trabalhar com essas duas personagens tão instigantes... Talvez eu me sinta mais qualificado a trabalhar com a Senhora N. Anastácia jamais!

De qualquer forma eu viajei além da porta e descobri que não há nada para além da porta. É uma grande enganação. A porta na realidade não existe. Gisele me levou a momentos orgasmáticos e momentos de pura revolta. Como alguém se priva a falar do Queens? Não que eu seja fã do bairro, mas também não o abomino. Shirlene, você me entenderia? Clarice me entenderia. Talvez Greta Garbo também entendesse, mas acho que o mau-humor dela não ajudaria tanto numa hora dessas.

De qualquer forma, Uma Viagem Além da Porta teve seu início, meio e fim. Passei pelos três e me deparei com o prazer de iniciar, entender e finalizar. Obrigado, Gisele.

De qualquer forma, fui ameaçado há tempos atrás a dedicar um capítulo inteiro a alguém. Já tenho nome e enredo, só me falta vontade de escrever e publicar. Ainda não sei bem, mas Caah também entrará na roda viva.

2 comentários:

Anônimo disse...

OLÁ, PASSEI POR AQUI.
ESTE LIVRO DEVE SER INTERESSANTE.
UM ÓTIMO ESPETÁCULO PARA VOCÊ HOJE.
E MUITA MERDA, RSSSSSSSSSS.
BEIJOS NO TEU CORAÇÃO

Gisele Lemos disse...

Nooooooooooooooooooooooossa, que luxo! Amei demais da conta, "sô".
Vc é o máaaaaaaaaaaaaaaaximo e deve cometer essas intimidades sempre em sua vida!
Uma análise de uma pessoa extremamente sensível.
Adorei!
Bjo grande, Gi.