quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nós preferimos as loiras: Marilyn Monroe


Poucas pessoas sabem (bem poucas mesmo), mas sou um convicto admirador de Marilyn Monroe. Poucos sabem disso não por eu manter em segredo, mas porque ninguém jamais me perguntara. Aquele furacão loiro (ainda mais furacão e ainda mais loiro que Madonna e Paula Toller juntas) permeia o pensamento, o imaginário popular como um todo ao se falar em símbolo sexual. Marilyn foi e ainda é o verdadeiro símbolo. Má atriz, má cantora, porém sabia como fazer o público se curvar a suas pernas que, de tão lindas, disputam o imaginário cultural apenas com as de Marlene Dietrich. Marilyn nasceu em Los Angeles e estourou para o público quando protagonizou o delicioso Niagara em 1953 (aquele filme onde ela fazia uma mulher sensual e maléfica que planejava a morte do marido babaca e praticamente senil). Marilyn é lembrada sempre pela deliciosa cena em que canta "Diamonds Are a Girl's Best Friends" no clássico Eles Preferem as Loiras (para os que não se lembram, Madonna se inspirou na cena para criar o clipe de "Material Girl"). Mas todos se lembram mesmo é de Marilyn cantando um delicioso "Happy Birthday to You" ao então presidente Kennedy (visto seu envolvimento com o mesmo e todo aquele rolo que nós já conhecemos). Se viva miss Monroe comemoraria 85 anos de vida hoje e, confesso, estou aliviado por ela não estar apagando hoje as velinhas. Isso pode ir contra tudo o que o bom senso e os bons modos dizem, mas acredito que, tanto para sua imagem quanto para sua auto estima, foi melhor ter morrido deixando esta fama de mito e estrela. Talvez se estivesse viva estaria, como muitas, vivendo de uma glória do passado. A estrela teria se apagado (visto que já demonstrava pequenos fios de fracasso pouco antes da morte) e o grande mito não existiria. Com toda a certeza muito da cultura norte americana (e até a Ocidental) seria diferente se Marilyn estivesse viva. Acredito que ela envelheceria com dignidade, mas talvez seu ego (que não era pequeno) não a deixasse seguir em frente, e suas aparições acabariam sendo, no mínimo, dignas de vergonha alheia (a lá Lady Gaga). Fico feliz que Marilyn ainda seja lembrada como "o furacão loiro" e sua imagem não tenha se apagado tanto tempo depois. Ela, uma diva de Hollywood que saiu de cena talvez no momento certo (mercatodologicamente falando, claro). Marilyn me emociona e vejo nela uma imagem que todos deveriam seguir: força, sensualidade, classe e bom gosto.
Sim, nós ainda preferimos as loiras.

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