segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Frejat, Zélia e Takai fazem show iluminado em evento ensolarado.




Opinião de show
Título: Viva Cônsul 2009
Artista: Fernanda Takai, Zélia Duncan, Frejat, maestro Amilson Godoy e Orquestra Viva Arte
Local: Auditório do Ibirapuera - Palco Externo (São Paulo-SP)
Data: 27 de setembro de 2009
Cotação: ****

Um domingo ensolarado e uma manhã em pleno Parque do Ibirapuera. Esse foi o cenário para a comemoração da terceira edição do evento Viva Cônsul, que acontece todo ano desde 2006 na cidade de São Paulo. O evento, proporcionado pela fabricante de eletrodomésticos, agrega atividades gratuitas como pintura em tela e pintura facial, aulas de yoga, automassagem e relaxamento, escola de circo e exibição de filmes (devido à proximidade do dia das crianças, a tenda de cinema exibiu especial do programa infantil Cocoricó, com direito a distribuição de pipoca). Mas uma das atrações que mais chamou atenção foi a que aconteceu no palco externo do Auditório do Ibirapuera. Um show que uniu no mesmo palco Fernanda Takai, Zélia Duncan, Frejat e a Orquestra Viva Arte, com regência do maestro Amilson Godoy.

A Orquestra abriu o evento ao som de “Trenzinho do Caipira”, em homenagem aos 50 anos da morte de Heitor Villa-Lobos e um medley que uniu “Sabiá” (Tom Jobim/ Chico Buarque) a “Chega de Saudade” (Tom Jobim/ Vinicius de Moraes). Fernanda Takai entrou em cena logo em seguida para seu número. A cantora abriu sua performance com “Diz que fui por Aí”, seguida de “Você já me Esqueceu” (a canção de Fred Jorge gravada por Roberto Carlos e relançada por Fernanda em seu último disco, o Luz Negra ao vivo – registro do show onde Fernanda canta repertório de Nara Leão). Fernanda também cantou “Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos” e “Odeon” (que fechou sua participação solo), sem surpresas. Ou melhor, houve uma surpresa. Após sua apresentação Fernanda saiu de cena, mas teve que voltar para, ao lado de Zélia Duncan, interpretar “Trevo de Quatro Folhas”. Momento estranho (mas não tão estranho quanto o vestido de Zélia Duncan à lá Emília do Sítio do Pica-Pau Amarelo). Zélia Duncan fez uma apresentação com repertório coeso. A cantora juntou duas canções de seu último recém lançado belo disco, Pelo Sabor do Gesto, com alguns sucessos de sua carreira. Abriu com “Alma” em tom pulsante e dançante, apresentou ao público a bela “Telhados de Paris”, composição de Nei Lisboa revivida por Zélia em seu último disco, apresentou também a inédita “Tudo Sobre Você”, provando a força popular de seu cancioneiro já que o Ibirapuera em peso cantava os versos da inédita parceria de Zélia com John Ullhoa. A “camaleoa” também mostrou ter bom humor e delicadeza ao lhe dar com parte do público, que gritava em coro para que a outra parte do público se sentasse (“Vocês estão tão bonitinhos sentados. Vamos sentar e não ter problemas, no final a gente levanta.”). Zélia fechou sua apresentação ao som de “Catedral”, um dos maiores hits de sua carreira que ganhou versão mais classuda ao som da Orquestra regida magistralmente por Amilson Godoy. Erros a parte (como o vento forte que derrubou as partituras do maestro) o show seguia coeso até o momento da apresentação de Frejat. O vocalista do Barão Vermelho entrou em cena para defender, ao lado de Zélia, a bela balada “Mão Atadas”, belo momento. Frejat resolveu não apostar tanto no repertório de seu último (bom) disco, Intimidade Entre Estranhos, e recheou o roteiro de hits. “Amor, Meu Grande Amor” (Ângela RoRo/ Ana Terra) foi levada ao som do solitário violão do cantor, que levou o público ao delírio ao som de “Puro Êxtase”. A canção não contou com os apetrechos eletrônicos da gravação original, tendo se destacado pelo arranjo latino dado pela Orquestra Viva Arte. A canção é popular. Popular também são as baladas “Segredos” e “Amor pra Recomeçar”, que garantiram a felicidade do público. Frejat foi o destaque da manhã.

De volta ao palco, Zélia e Takai interpretaram ao lado de Frejat a balada “Por Você”. Momento descontraído, mas que gerou certo constrangimento por parte do público, pois os três se perderam na letra, erro desculpado prontamente pela platéia que pulou esfuziantemente ao som de “Exagerado”. O rock de Cazuza abalou as estruturas do Ibirapuera e fechou o belo encontro de domingo de manhã. Valeu.

Um comentário:

Bruno Cavalcanti disse...

O show foi lindo! Vc contou com exatidão tudo que aconteceu nesse show divino!