quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Trilogia - o fim!

Hello, hello, god night, meus queridos leitores fantasma. Vejo que já se encontram reunidos aqui a minha espera. Hoje eu fecho essa trilogia sem sentido. Sim, afinal eu não dei início a uma história... na verdade não iniciei nenhuma, apenas apresentei as personagens... ! Captaram o espírito da coisa? Essa é uma trilogia sim, mas que vai além de 3 partes. Os personagens estão sendo apresentados e, daqui pra frente, eles estarão nos conflitos que eu julgar que deva colocá-los! Vamos dar continuidade e um ponto final nesta primeira trilogia ainda sem nome.

Capítulo III (pra bom entendedor meia palavra bas...tá!?)

O título deste terceiro e último capítulo me veio antes mesmo do próprio capítulo. Não sei bem porque (ou porquê?), mas estou animado com este capítulo. Nele falarei da última pessoa que sobrou... Dona N. Uma senhora distinta que nada tem a ver com Nelson Rodrigues. Ah, Nelson Rodrigues que tem imbalado (ou será embalado?) meus pensamentos com sua tão genial tese de negar as coisas... Assim como de praxe vou fechar mais um parágrafo apenas dizendo: Nelson Rodrigues.
Dona N. é uma senhora católica bastante recatada. É casada com Eduardo, um empresário de 40 anos de idade. Ambos tem uma filha branquinha, branquinha, com cabelos num comprimento pouco maior que chanel (quem sabe mais pra frente não começo a fechar meus parágrafos falando de Coco Chanel?!), ela é um ou dois anos mais nova que eu (dois, com certeza dois anos). O que eu tenho a ver com Dona N. e Eduardo? Hora, são meus antigos sogros. Portanto vocês só podem definir que eles são pais de ninguém mais a não ser Srta. H. Mas engana-se quem pensa que esse parentesco será desculpara para que eu fale da Srta. H. Muito antes pelo contrário, dela pretendo falar pouco, ou nada mesmo, não por falta de interesse, mas por falta de preparo.
Mas voltemos a Dona N. que, na medida do campeonato, já deveria ter sido tida como personagem principal deste terceiro e último capítulo de uma saga que ainda está por vir.
Pensem vocês, Dona N., (Gisele, ponto e vírgula dessa forma... está certo?) uma senhora de 40 anos de idade, recatada, cabelos longos, uma típica perua fora da sociedade (aquela perua que adora um drama casual, mas odeia convenções sociais)... Imaginem essa mulher altamente católica, incapaz (ou será que é encapaz? Não, não, é incapaz meso, tenho total certeza!) de cometer qualquer delito que ferisse as leis de Deus... pois bem, imaginem essa mulher tendo que viver com um homem extremamente anti-catolicismo, anti-Cristo, anti tudo! Um homem que vende a mãe para conseguir mais lucro para suas empresas... sim, senhoras e senhores, Eduardo não é uma flor que deva ser cheirada. A minha sorte é que eu sabia disso.
Bom, agora resolvi que falarei sobre a Srta. H apenas para a satisfação de vocês, mas isso apenas no próximo parágrafo e depois que meu CoopNoodels (o que diabo é isso?) ficar pronto!
Pronto, cá estou de volta! Falemos sobre Srta. H.
Tente unir a beleza de uma fada com a delicadeza de um lutador de kic-box, a feminilidade de uma dama e o fanatismo futebolístico (palmerense) de um velho gordo nas tardes de domingo assistindo a Rede Globo! Tente unir a pele branca e os cabelos loiros de uma franciscana repleta de beleza, com os cuidados de um lutador de sumô para com seu adversário. Essa união tão "pitoresca" (essa bendita palavra ainda se usa, Gisele?) forma o ser mais belo de toda a história: Srta. H. Aquela com quem engatei e cultivei belo romance (e não românce) durante um bom tempo (e que bom tempo).
Bom, imaginem agora todos vocês, uma perua falsa, um louco empresário e uma criatura tão inclassificáveis juntos numa mesma mesa de jantar com um jovem transgressor, classe média europeia, de gosto requintado porém extremamente exigente para tudo... Isso ou pode dar muito certo ou pode dar uma verdadeira bosta. A segunda opção parece a mais verdadeira, não parece? Se parece é porque é! Quando Srta. H e eu começamos um romancezinho descontraído seus pais foram piamente contra, pelo fato de eu não estudar na mesma escola que ela, ser mais velho que ela, mais viajado que ela e saber de mais coisas que ela. E não os culpo! Eu também não gostaria de um cafajestezinho perto da única filha que tenho, a qual cultivo com tamanha inocência. Mas voltando... realmente deu merda! A convite de Srta. H fui jantar com ela e seus pais em sua casa. Uma casa bonita, grande, porém decorada à moda do final do século 19. Muito grotesco, apesar de elegante. Ao chegar na casa Elizabethana cumprimentei (será que isto está certo? Gisele, Fernanda, Clarice...) meus então sogros, nos sentamos enquanto Serta. H se trocava e falávamos de tudo um pouco. Desde a queda do muro de Berlim até a queda das Torres Gêmeas, passando pelas mulheres queimando sutiãs, pelos movimentos liderados por Elis Regina contra guitarras elétricas e a paciata - certo? - anti-ditadura dos anos 70. Enquanto vestia seu vestidinho vermelho (não o da música da Marina Lima), Srta. H fez questão de dar as caras na sacada da escada para ver como eu estava me dando com as feras. E eu me saia muito bem.
Vou dar um tempo e pegar um copo d'água.
Voltei. Não tenho frase do Nelson Rodrigues para discrever (ou será descrever?) nada do que me aconteceu naquela noite.
Sentei-me a mesa tão logo Srta. H desceu e anunciaram o jantar. Fizemos uma prece de agradecimento (mesmo sem a presença de Eduardo que se recusa a fazer qualquer tipo de prece) e nos pusemos a comer. Tudo que eu mais gostava estava lá: camarão, frango, legumes, batatas ao forno, azeitonas, arroz feito em brasa... Mas antes mesmo de começar a comer tive que me irritar um pouco, pois não seria eu se não o fizesse.
"Você, meu garoto, tem algum tipo de intenção com minha filha?", perguntou Eduardo muito desconfiado. "A única intenção que tenho com ela para este momento é viver este momento. Estar com ela nos bons e maus momentos... é viver com ela num felizes para sempre momentâneo". Lógico que essas palavras não foram recitadas por mim de graça, eu sei que uma das coisas que Eduardo mais odeia é a famosa: "frase pronta!" e eu tenho muitas prontas para um tiro certo.
Dona N. parecia estar confusa e não perguntou nada, apenas se adiantou a nós e começou a comer, Srta. H fez o mesmo, Eduardo comia enquanto bufava e eu comia sustentando um ar de superioridade arrogante imperceptível.
Não quero me estender mais nessa história! Mas este foi o último jantar que eu e Srta. H tivemos, afinal fomos proibidos de ter qualquer tipo de contato e, por isso, o namoro às escondidas deu tão certo.
Escolhi fechar este último capítulo de forma tão passional para mostrar o quanto alguém pode ir a todos os extremos. Se a ironia reinou nos dois primeiros capítulos, ela fica em segundo plano perto da paixão que ainda sinto e duvido que deixe de sentir pela Srta. H.
Não vou acabar citando Nelson Rodrigues, mas sim Zélia Duncan: "nem tudo que acaba aqui deixa de ser infinito". A Bárbara Farniente disse uma vez que odiava gente que não sabia se expressar e apelava para letra de música. Bom, Bárbara, eu vou mais adiante! Eu odeio gente que não sabe se expressar e, ao invés de apelar para letra de música, não se expressa!

Srta. Y, Sr. S, R, M, Dona N, Eduardo e Srta. H são as personagens que estarão sempre presentes daqui pra frente. Todas verídicas, mas sempre com um toque de mentirinha. Todas e mais outras estarão presentes daqui pra frente.
Este foi o último capítulo desta primeira trilogia, a próxima vem apenas quando eu julgar que devo fazê-la!
Mas vejam vocês, três textos completos e eu ainda não me apresentei!!

Muito prazer, sou Ninguém do Nada Nascimento de Inexistente... quando precisar, não chame, eu não virei ajudar!

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