quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Trilogia part 2


Boa noite meus queridos leitores fantasma. Hoje vamos dar continuidade à minha Trilogia. Tenho me achado tão prepotente em dizer que eu posso fazer uma trilogia. Não sou letrado, não sou formado... Apenas sou um aspirante a alguma coisa. Mas são altas horas da madrugada e, nessa hora, eu não ligo para prepotências ou o que quer que seja! A essa hora eu me sinto o próprio Arnaldo Jabor conversando com Machado de Assis enquanto lê os recados deixados por José de Alencar e Fernanda Young. Bom, vamos dar continuidade...

Capítulo II (uma saga sem início, fim ou meio)

"(...) o que não está escrito e assinado, não pode ser comprovado". Foi essa a frase que me incentivou a dar continuidade a esse segundo capítulo. Frase sentenciada por Gisele Lemos em "Uma Viagem Além da Porta" (espero que não haja problema de reprodução - não vá me processar em Gisele). Será que preciso acrescentar algo mais? O que eu não escrevo e assino não pode ser comprovado. Isso me dá um alívio muito grande. Tanta coisa que eu já disse por aí... mas eu confesso a vocês: eu nego! Nego até o fim da vida! No juízo final estarei negando, afinal, como diz Nelson Rodrigues, o segredo é negar. Nelson Rodrigues. Mais uma vez estou falando de Nelson Rodrigues. É elegante citar Nelson Rodrigues. Mas pode ser cafona ficar repetindo incansavelmente (tem acento?) Nelson Rodrigues num mesmo parágrafo, portanto vou fazer como no primeiro capítulo e encerrar o parágrafo falando apenas: Nelson Rodrigues.
Fernanda Young e Clarice Lispector me incentivaram a escrever este segundo capítulo. Falarei hoje do R e da M. Se eu tiver coragem falarei da Srta. H, mas duvido que eu tenha. Vamos fazer o seguinte? Vou fechar esse parágrafo e pegar um copo d'água. Quando eu voltar inicio outro parágrafo e damos o ponta-pé inicial, ok? Aliás, só pra lembrar, vou escrever sem a ajuda do Word, portanto qualquer erro permanecerá errado - essa frase faz sentido? - Vou buscar meu copo de água. Voltei. Vamos lá então!
Conheci R há muito tempo atrás. Eu tinha lá meus 5 anos e ele também. Fomos criados juntos, típicos amigos que assistem desenhos juntos, andam de bicicleta juntos, brincam de esconde-esconde, pega-pega, são do mesmo time no "rouba bandeira" e tem poucas divergências. Estivemos unidos até os 13 anos, quando ele se mudou para Porto Alegre e eu fui passar uma temporada em Lisboa. R sempre foi uma pessoa muito viva e inteligente, mas tinha um caráter fraco. Lembro que até o apelidaram - certo? - de Bentinho, aludindo ao Bentinho do romance "Dom Casmurro", do Machado de Assis, que, mesmo sendo um jovem inteligente, era mimado e de caráter fraco, por vezes até meio bobão, ou seja, facilmente enganado. R não era muito diferente. Ficamos uns anos sem nos falar mas acabamos por retomar contato. Eu voltei de Lisboa e ele de Porto Alegre e acabamos por nos esbarrar num shopping em São Paulo. Mantemos contato até hoje numa amizade muito divertida apesar de gelada, afinal meus interesses mudaram e os dele também. Eu gosto de arte, ele de futebol; Eu danço bem, ele dança mal; Ele joga bem, eu não conheço futebol; Eu tenho amigos gays, ele é homofóbico. Talvez esse seja o maior defeito de R. A intolerância. Já discutimos muito por conta disso, e foi numa dessas discussões que eu ganhei uma nova amiga: M. Ela - a M - sentava-se duas mesas longe da minha na escola, porém nunca tinhamos trocado mais do que olhares de pessoas que se veêm (ou vêm? não, não, é veêm, tenho quase certeza!) todos os dias mas que não tem nada em comum... Ou não tinham! M é uma garota branca, branca, branca de dar dó, cabelos claros, olhos claros... puro leite franciscano (tem certa semelhança com a Srta. H).
Num das minhas discussões com R sobre o homosexualismo e o século XXI, M se colocou no meio e disse: meu irmão é gay, você vê problema nisso? Nesse momento eu senti uma certa atração por aquela garota intrometida que, do nada, revelava segredos que a família conservadora católica-cristã guardava a 7 chaves. Meio sem graça, R fez questão de se manter na pose de durão e disse engrossando a fina e desafinada voz: claro que não vejo problema, cad aum cada um, só não quero ser gay! (na hora me veio à cabeça aqueles galãs hollywoodianos - Gisele, é assim que se escreve? - que não são bons atores, são apenas os machões. Mas também me veio na cabeça Sean Pen, o machão bom ator). M olhou fixamente pra ele, olhou pra mim e perguntou: e você, tem algum problema? Eu apenas respondi: por que? Você acha que isso é um problema? Silêncio geral!
Uma das coisas que mais gosto de fazer é causar uma "commotion" (isso me lembra Madonna: "i've got the moves baby, you got the motion, if we get together we'd be causing a comotion"). Depois desse episódio M e eu nos tornamos bons amigos (tanto que, no passar dos anos, acabamos por nos tornar amigos inseparáveis. Se ela vai eu vou, se eu vou ela vai). R e eu perdemos contato mais uma vez. Ele se desvinculou - usei essa palavra no momento certo? o contexto permite, Gisele? - do colégio e voltou para Porto Alegre, enquanto M mudou de colégio, mas mantemos um ótimo contato quase que diário (Deus salve o MSN).
M ainda me chama a atenção pelo modo transgressor como leva a vida. Não engole sapos desnecessários e retribui numa moeda à altura. Por isso é chamada de "a serpente da verdade". Já R não me parece muito bem nestes últimos tempos. Como disse no início desse capítulo, seu caráter não é dos mais fortes, portanto o destino dele é um tanto complicado de se descrever (ou será discrever? Eu poderia olhar no dicionário, mas gosto dessas dúvidas gramaticais).
Aliás, quem leu com atenção o início e o fim desse capítulo notou que entrei em contradição. Bom, foi proposital! Aquele que adivinhar o porquê (com ou sem acento?) ganha um espaço semanal durante um mês na minha coluna. Não? Ninguém? Que pena!
Não sei bem como fechar esse capítulo. Me deu vontade de falar um pouco da Srta. H. Acho que vou criar um parágrafo só pra ela!
Pronto, será esse o parágrafo! Melhor dizendo, mudei de idéia. Vou deixar para falar da Srta. H no final do Capítulo III (se é que vou chamá-lo assim)... isso é, se eu falar dela. Nada contra a Srta. H, eu gosto dela com todas as forças do meu ser, mas não sei se ela está pronta para ver sua vida exposta aqui para ninguém. Vamos fazer o seguinte? Vou tomar meus Yakults noturnos e fazer um miojo. Quando voltar, eu juro que falo da Srta. H... isso é, se ninguém apertar o botão "publicar postagem" enquanto eu não voltar... opa, aprtei por acidente!
Enquanto salva o rascunho aqui vai um: boa noite! Estou a procura de um título para a trilogia. Como disse, só daqui há 3 meses depois de publicada. Salvou-se o rascunho, até o Capítulo III...

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