sexta-feira, 10 de abril de 2009

Revista Joungle entrevista Bruno Cavalcanti


A revista Joungle (típica revista paulistana publicada e distribuida entre as bancas de bairros nobres como Morumbi, Jardins e Moema) me entrevistou via e-mail na noite de 09 de abril de 2009. A revista chegará às bancas dia 13 de abril. Vejam exclusivamente aqui a entrevista completa (sem as fotos).


Bruno Cavalcanti em entrevista à revista Joungle SP.

Ele está prestes a estrear uma nova peça, faz dança, teatro e música, dirige, produz e escreve. Ele duvida de grandes amores e não acredita em felizes para sempre.



Joungle: Aos 15 anos de idade você já fez dança, teatro, música e muito mais. O que te levou a ser um adolescente tão ligado a arte, quando hoje em dia a moda e ficar na frente do computador, etc.?


Bruno Cavalcanti: Eu adoro a arte, seja ela qual for! Eu não sei desenhar e isso é uma coisa que sempre me frustrou porque adoro pinturas e desenhos, mas amo ainda mais a música, que é uma coisa a qual eu também nunca me dediquei muito. O teatro e a dança vieram como uma conseqüência da música, porque eu nunca tive coragem de entrar numa aula de canto ou violão, mas eu amo a arte incondicionalmente! Claro, não posso dizer que não fico sentado na frente do computador, seja mexendo no orkut, no myspace, em blogs e afins, mas não sou um daqueles que passa 5 horas sentado sem nada pra fazer, sempre procuro estar escrevendo, lendo, etc.



J: Por que medo de fazer música?


BC: Porque a música sempre foi estereotipada como um passa tempo de vagabundos, e meus pais nunca incentivaram minha arte, seja ela qual for. Mas eu sempre tive medo de fazer música, até hoje tenho! O teatro e a dança são menos estereotipados.



J: Entre dança e teatro o que você mais gosta de fazer?


BC: É muito complicado escolher uma única modalidade na arte. Cada uma delas se completa! É necessário de teatro para se dançar e é necessário um gingado para poder fazer teatro. A ginga que o teatro necessita vem da dança! Eu faço dança contemporânea então fica mais simples poder soltar o corpo e até a atitude muda. Não posso, não consigo escolher.



J: Aos 15 anos, claro que você deve ter amores, namoros, etc. Como você divide esse trabalho com a arte de coisas mais pessoais como amores?


BC: Eu duvido de grandes amores e não acredito num “felizes para sempre”. O meu verdadeiro prazer não é namorar, acho que namorar muitas vezes chega a ser uma perda de tempo, ao menos do meu tempo. Eu faço teatro, dança, música, escrevo, tudo isso é um prazer pra mim! Um prazer muito melhor que um beijo na boca frio e um falso amor. A Marina Lima diz numa canção que “um só sempre é demais pra seres como nós, sujeitos a jogar as fichas todas de uma vez sem temer naufragar”. Eu temo esse naufrágio até hoje... Na realidade sou um naufrago nessa história de amor. Eu acho mais interessante essa solidão, seja ela voluntária ou não! Sobra mais tempo pra mim!



J: Você não acha que esse pensamento é um pouco amargo demais?


BC: Não! Eu acho que é o modo que eu penso, visto que eu cansei de amar! Amar cansa muito, leva muito do seu tempo, da sua energia e de seus pensamentos. Uma coisa que tira tanto de você e por vezes devolve tão pouco não pode ser tão bom!



J: Você é uma pessoa ciumenta? Sabe lhe dar bem com o ciúme?


BC: Ciumento eu sou, mas sempre soube lhe dar muito bem com esse ciúme, com exceção de amizades! Eu tenho muito ciúme de amigas minhas, não sei de onde vem, mas tenho! O ciúme alheio eu também sei lhe dar muito bem. Acho que o ciúme só surge realmente quando é provocado, portanto eu não provoco. Mas um pouquinho de ciúme sempre é bom, quando bem dosado (risos).



J: Você citou uma música da Marina Lima, da qual você é muito fã certo?


BC: Certíssimo! Eu adoro a Marina! Adoro a cantora e a pessoa.



J: Como você passou a ouvi-la?


BC: Eu me tornei fã da Rita Lee e, a partir da Rita, fui conhecendo outros artistas e um que eu conheci foi o Erasmo Carlos. O Erasmo tem uma canção chamada “Mesmo que Seja Eu” e a Marina a gravou. Quando eu ouvi fiquei louco, pirei e fui atrás, conheci outras coisas, mas só quando ouvi o “Acústico Mtv” dela fiquei viciado! A voz grave, as músicas, os arranjos, o modo como ela abordava o amor, o sexo e tudo o mais! Nossa, foi amor à primeira ouvida.



J: O que você gosta de ouvir?


BC: Nossa, é tanta coisa. Eu sou fascinado por jazz, soul, música pop, música eletrônica, rock, blues, MPB, bossa nova... Eu gosto de ouvir o que me faz bem! Há momentos em que eu necessito ouvir o som da Diana Krall, outros momentos eu estou dançando ao som da Madonna ou da Britney Spears, depois eu fujo para a voz da Elis, ou então para todo o apetrecho eletrônico usado ultimamente pela Marina, ou pro rock da Rita, pra Amy Winehouse, o violão do João Gilberto, o piano do meu maestro soberano Tom Jobim, o som do Radiohead que eu passei a adorar... É muita coisa! Nos últimos tempos tenho ouvido muito Marina Lima, todos os discos da década de 90 pra cá.



J: Filmes. Você costuma ir muito ao cinema?


BC: Muito difícil! Assisto a poucos filmes, muitas vezes apenas pela TV, na HBO, na Sony, Fox, Warner ou até mesmo na Globo, mas ir ao cinema tornou-se um passa tempo meio sem espaço na minha agenda.



J: Agora vamos falar de suas peças, o que você pretende fazer?


BC: Em junho eu estréio uma nova peça, chama-se “Rascunhos”. Eu estou com uma nova companhia de teatro agora, a CIA das Artes Monteiro Lobato, são ótimos! A peça é do nosso diretor, o Mário José Cutolo que também atua. Há também o meu espetáculo de dança, o “Formas Poéticas” que está sendo produzido pela CIA Druw. A Miriam Druwe (coreógrafa, bailarina e diretora) é a responsável por essa minha incursão no mundo da dança. Esse espetáculo ainda volta a ser apresentado neste ano de 2009 com algumas mudanças no elenco, mas estamos aguardando.



J: Ele foi gravado em DVD, não foi?


BC: Foi gravado pela Miriam, sim, mas ainda está em fase de produção. Ainda não temos uma data de lançamento nem sabemos se ele será comercializado, pois não temos patrocínio.



J: Você também escreve, não é?


BC: Escrevo. Eu tenho um blog, chama-se “Infinitivamente Pessoal” e lá eu falo de todas as loucuras que pairam na minha cabeça.



J: Qual a sua relação com a escrita?


BC: É bem pouco definida. Eu escrevo contos, poemas, crônicas e letras de música, mas não é algo que eu faço como o teatro ou a dança, é mais um passa tempo. Eu tinha uma amiga, chama-se Janaína Moreno, quando nos falávamos ela adorava meus textos, mas eu raramente mostro para alguém, é algo que fica comigo.



J: O que você escreve no seu blog?


BC: Eu escrevo minhas opiniões sobre as coisas, escrevo notícias sobre música, de vez em quando publico um ou outro texto, mas é bem raro.



J: Para encerrar, quais seus próximos projetos?


BC: Nossa, o futuro me reserva muitas surpresas (risos). Primeiro eu vou estrear a peça “Rascunhos”, depois vou me lançar como escritor e diretor com a peça “As Passagens” que é minha, apesar de que não é a primeira vez que eu escrevo ou dirijo, mas é a primeira vez que faço as duas coisas. Tô preparando um livro, mas isto ainda é um projeto pro final do ano que vem. Ele vai ser uma compilação de poemas, contos, letras de música, tudo isso unido aos poemas da Huanna Macedo que é uma outra escritora, uma poetisa, maravilhosa. Quero trabalhar mais com música, acho que sempre explorei muito pouco a música, quero saber se tenho o dom! E espero muito sucesso, simplesmente isso!


6 comentários:

silvia disse...

está chique hein amigo!adorei a sua entrevista,vc verdadeiramente se despiu,rsrs.adoro vc!!bjos

Rafaela Sampaio disse...

Adoro essa revista! Dá-lhe Bruno, daqui a pouco tá na Marília Gabriela ahahahah saudades meu amigoooo!

Márcia Garbba disse...

Intenso! Gostei ^^

Isabella disse...

Iiiiiiiiihhhhhhhh tá ficando chic esse meu amigo! Put's, qdo vc aparecer na Marília Gabriela fala de mim xuxu? hahahaha

bjo meu amor!

Arthur Nogueira disse...

Dá-lhe Brunão! Mega entrevista cara! Mto bom! Intensa! Valeu!

Zilda disse...

"Ele duvida de grandes amores" hahahaha, adorei isso!!!!!