“Palavras, palavras, palavras...”.
Palavras e mais palavras. Acho essa palavra, “palavras”, mágica. Na verdade todas as palavras são mágicas. Junções de letras que, individualmente podem significar de pouco a nada, mas, unidas, podem fundir (ou fuder) o mundo. É impressionante como a mistura de um n, um a, um c e um tal de cedilha, que foram ç, um a unido a um tal de til (ou ~) que forma um ã e um simples o foram uma NAÇÃO inteira. É também impressionante que as palavras, quando se unem, formam frases, todas de um místico poder construtivo e destrutivo. Você com palavras destrói vidas e constrói outras! Com palavras você dita o ódio ou formaliza a bondade. Você pode expressar o prazer através de sons formados por palavras que, se escritas, não têm sentido nenhum, mas faladas têm o sentido mais sexual e passional de todas. Um simples ã unido a um n (ou não) repetido várias e várias e várias e várias vezes é simplesmente orgasmático (ou pode simplesmente ser o próprio orgasmo). Uma palavra dita no momento correto pode formalizar casamentos, alguns “ãns” ditos depois numa cama de motel podem acabar com eles. A união de um s, um i e um m formam um belo SIM, que inicia romances, fecha negócios importantes, aceita boas idéias e constrói um império; Mas não se enganem, a união de um n, um ã e um o também pode salvar vidas. Cada palavra sozinha pode ter ou não o seu valor. Na realidade apenas as vogais, individualmente, têm seu valor. Um a, um e, um i, um o e um u são extremamente importantes. O u, individualmente, talvez nem tanto, e o i também não. Mas tente fazer uma frase demonstrativa sem um a, ou tente uma explicação plausível e comparativa sem um e, tente então unir tudo isso sem um o, é simplesmente ilógico.
Escobar sentenciava para Bentinho a importância dos números, uma 2 e 2 e você terá 22, mas some estes dois números e você terá um 4. Um 0 sozinho não vale nada, coloque-o à direita de um 5 e você terá 50. E blá, blá, blá. Escobar, naturalmente, não sabia da importância das palavras de sua fala. Tente sentenciar uma frase apenas com números. Tente me contar uma história em linguagem matemática sem utilizar um a, um b, um c, um d ou até mesmo um w. Impossível. Até para dizer o nome de um número é necessário que as letras se unam para formar uma sentença solitária. As letras são INDISPENSÁVEIS. Quem precisa saber que dois e dois são quatro quando temos a certeza que um a+m+o+r dá a palavra mais bela que existe: amor! Talvez não a palavra mais bela, mas sim o sentimento. Para alguns nem se quer o sentimento.
As palavras rimam também. Qual a graça de saber que um 0 à direita do 5 forma um 50 quando podemos saber que a terminação de poluição é a mesma de população, portanto a pronuncia fica parecida e temos uma linda rima, usada incansavelmente em canções de determinados compositores. Vale também lembrar que se não fossem as letras nós simplesmente não falaríamos, ou melhor, não seriamos nada, porque até em língua de libras você precisa saber que determinado sinal significa uma letra, para que você forme uma palavra, seguida por uma frase, seguida por outra e outra e descambe numa conversa. Entro aqui em defesa das palavras e da sua importância, que deixa os números muito aquém de sua relevância. Viram? Outra rima. Nem os homens das cavernas falariam se não fossem as palavras que, mesmo desalinhadas, formavam um som: FONÉTICA! Uma junção de três letras que, sozinhas, não significam quase nada, significam um dos atos mais prazerosos que existe... una s, e, x e o e vc terá SEXO!
Números? Quem precisa deles? Cortem-lhe as cabeças. A magia das palavras é mais inebriante e delicada... é um prazer inenarrável.
Palavras, palavras, palavras e mais palavras. VIVA A PALAVRA!
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