Nossos Voldemort's...

No dia 31 de maio foi ao ar o especial porco Elas Cantam Roberto – Divas na Rede Globo. Bom, os cortes feitos pela emissora deram muito que falar por aí! As cantoras Adriana Calcanhotto, Rosemary, Celine Imbert, Paula Toller, Zizi Possi e Marina Lima tiveram seus números cortados sem prévio aviso. Bom, esse caso gerou muita polêmica, sobretudo por Ivete Sangalo (a cantora que, de longe, era a que tinha menos a ver com a obra de Roberto) cantar duas músicas. Enfim! Após esse evento vergonhoso minha amiga, Betha, começou a manifestar seu ódio por Ivete Sangalo chamando-a por um termo que muito me chamou a atenção: Voldemort. Esse termo me chamou tanto a atenção que eu o incluí no meu vocabulário! As pessoas que me perseguem, que são o karma da minha vida são assim chamadas: Voldemort’s. Voldemort’s são as pessoas que devem servir para provar nossa paciência, nosso bom senso e nossa tolerância! Confesso que, com exceção do bom senso, eu não tenho nada disso! Sou impaciente e quero tudo rápido e bem-feito, se assim não for sai da frente! Tolerante? Muito menos! Odeio quem não faz coisas certas e, pior, não se esforça para tentar fazê-las! Gosto de gente prática e esforçada! Esses são os bons da vida. Mas voltando... Voldemort’s, quem não tem um em sua vida? Aquela pessoa que consegue te irritar pela simples presença dela no mesmo local que você! Aquela pessoa que não sabe o que fala e, se sabe, só fala para o mal! Aquela pessoa que se intromete em tudo só para estragar a sua santíssima felicidade! Sim, esses são os Voldemort’s! Confesso que, nos últimos tempos, o maior Voldemort da minha vida já foi a pessoa que conseguia me acalmar nos tempos difíceis! Sim, há essa reviravolta! Como a pessoa que te acalma, de uma hora pra outra, vira o seu “karma”? Como essa pessoa tão boa torna-se um Voldemort? E como se livrar dela? Aliás, fica a pergunta: devemos realmente nos livrar delas? Ou será que elas ainda têm alguma importância, por menor que seja, em nossas vidas? Ai, meus sais (como diz Zizi). A questão é saber se elas são realmente suas provações, se elas estão ali para te botar à prova ou simplesmente para te fazer dar entrada no manicômio mais próximo. Uma coisa que ainda ecoa nos meus ouvidos é uma entrevista bem antiga que eu ouvi da Marina (Lima), lá de 1991, que ela falava de um show que realizaria numa casa de shows pequena no Rio de Janeiro. Ela dizia que só amigos poderiam estar ali presentes porque, se não tivesse amigos, tivesse alguém que não gostasse dela, não conseguiria realizar o show! Eram necessárias pessoas que gostassem dela ou, no máximo, fossem curiosos! Mas jamais indiferentes ou jamais que não gostassem dela! Isso sempre ecoa quando estou num lugar pequeno com muita gente! É necessário que tenham pessoas que gostem de mim ou que tenham interesse por mim! Se num local apenas há pessoas que não gostem de mim ou que sejam indiferentes, não há o que eu fazer naquele local! A Kabbalah (ou Cabala ou Cabalá, para quem preferir – fica a gosto de quem a estudar) traz muito disso em seus ensinamentos. Ninguém aparece nas nossas vidas por acaso, e também não farão parte de nossas vidas se não for para única e exclusivamente nos trazer algo de bom! Não importa se for a tolerância, não importa se for a paciência... Enfim, não importa! Não sei o que o meu Voldemort particular vai me trazer, afinal ela (a pessoa) foi nomeada assim há pouco tempo. Só o que eu sei é que ela está lá, o meu Voldemort particular! Todos nós temos um... Será que realmente precisamos lidar com eles? O que vocês acham?Vocês conseguem lidar com seus Voldemort’s particulares? Ai, meus sais... Fica a dúvida!