quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fé - por Thaís Melendez.


Thaís Melendez! Esse é um dos nomes mais recorrentes aqui no Infinitivamente Pessoal. Ela não é uma escritora com nome na academia brasileira de letras, não é uma intelectual renomada, não é uma cantora, uma atriz, uma poetisa... ela é uma adolescênte! E que prazer me dá dizer isso! Ao ver pessoas como Thaís Melendez eu sinto que o mundo... o meu mundo, aliás, mundo não! Geração! Eu sinto que a minha geração não está de toda perdida. Thaís Melendez é uma das pessoas que, com toda a certeza, salvará a todos nós de cair em trevas eternas, onde a mídia burra dita modinhas e costumes retardados e todos com menos de 29 anos as acatam baixando a cabeça e dizendo sim com gosto! Viva Thaís Melendez! Viva a uma geração nova, de pessoas novas, de mentes novas! E, para ilustrar essa novidade, mais um texto da Melendez. Publicado em seu incensado blog Una Vida Chiles, "Fé" é um texto que foge um pouco aos padrões dos dias de hoje tão banais. Fiquem ao som DELA!

Num início monótono alguém ditou todas as regras do jogo e em seguida todas as gerações, inclusive a nossa, aceitou-as e disse amém. Será?
Pergunto-me à respeito destas tais regras todos os dias da minha vida. Acredito ser impetuoso o receio que todos teem em tocar no assunto. O truísmo é esse:"política, religião e futebol não se discutem!". Sugiro uma vírgula à esta frase, e ouso em dizer que são assuntos necessários ao discurso, porque caso contrário, tornam-se imposições a todos nós. Qualquer ser humano tem o direito de ser passível, mas concordo plenamente com aqueles que não são absorvidos pelo todo. Digo mais: admiro aqueles que são curiosos, que tem o ímpeto de questionar e de abrir novos pontos de vista. Deixo de lado o dito popular e proponho um questionamento: você já se perguntou a respeito da sua fé? Você já se questionou sobre os vícios que mantém? Sobre o amontoado de frases clichês que dizemos a todo momento? Fé, amigo. Lembro-me de quando era criança, sempre pensei no porque de falarem tão mal da pobre coitada da serpente. Era só uma serpente, um animal como um outro qualquer. Ainda tenho minhas dúvidas a respeito de certas ideologias, mas é claro que meus questionamentos não são mais apenas sobre a teoria criacionista, infelizmente. A oratória torna-se instrumento de persuasão, chantagem como meio de vassalagem. A idéia é essa: existe um céu e um inferno, se você for bonzinho e penar a vida toda na terra, vai para o céu; caso contrário...bom, vocês já devem saber. Mas não será essa uma forma de nos manter "na linha"? E que senhor tão bondoso será esse que hora nos dá o inferno, noutrora o paraíso? Isso, quando não aproveitam-se da ingenuidade de mentes não esclarecidas, pessoas carentes, fazendo milagres e pedindo o dízimo para a construção do "reino de Deus" ( e de seus castelos no exterior). 95% da população mundial acredita em uma determinada crença, seja ela qual for. Vejo e acostumo-me diariamente a desconfiar de tantos meios para chegar a um único objetivo, a "salvação". E salvação do que? Não consigo acreditar e enxergar a razão pela qual suplicamos a ajuda de um ser superior. É normal ter fé, e se você não tem, você não é um de nós. Diante de tudo, resta-me desconfiar até a última gota da fé que temos, ou que nós pobres seres efêmeros, deixamos de ter. Pronto, desabafei.

Um comentário:

Antonio disse...

lendo meu texto aqui pelo seu blog, até parece que é de alguém importante! haha! obrigada por ler e acreditar nos meus devaneios.

:)