sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Dor
Dor - a palavra - é muito esteriotipada. Não vou entrar em mais detalhes hoje porque não é disso que eu quero falar. Na realidade não quero falar nada, quero apresentar.
Ingrid Almeida é uma amiga adolescente que se destaca dessa massa alienada de hoje em dia. Salvas excessões da mentalidade proveniente da idade, ela é diferente. E é poeta! Mas não pensem vocês que, em seus poemas, vocês encontrarão dores do amor romântico ou lamentações sem nexo como as que eu faço aqui. Não! Ela e eu já temos uma única parceria juntos, "Babilônia 60" e eu já roubei uma canção sua (minha favorita até hoje), "Tardes de Outono". People, com vocês Ingrid Almeida:
Dor
O sal a incendiar os olhos
Evidencia a indolência causada nestes
Após o choro daquele
que sofre por e consigo si mesmo.
Incisivo, o aço abre caminho
Pela tez até então empalidecida
Tingindo-a de escarlate
Numa afilada trilha.
E o alívio possui o corpo
- Como o corpo possui a vida –
Cessando por hora o efeito entorpecente do pesar
Como se numa cirurgia
O paciente masoquista repudiasse a anestesia
tentando curar a dor com a dor.
Ingrid Almeida.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário