Cantora, compositora, atriz e querida amiga. Esta é Debora Reis que já esteve no elenco de musicais como Cabaret Brasil, Hair, Noturno e Cazas de Cazuza e a mais de 10 anos é backing vocal da rainha do rock nacional, Rita Lee. Debora é, talvez, o membro de maior duração dentro da banda de Rita (isso descontando o marido Roberto de Carvalho e o filho Beto Lee). Compositora, prepara para breve seu primeiro Cd autoral e não descarta a ideia de voltar aos palcos. Revela-se apaixonada pelos musicais da Broadway montados no Brasil, mas diz não ser sua praia, preferindo manter-se em algo mais popular. Sua voz já é reconhecida de diversos jingles, como a atual abertura do programa de Marília Gabriela, De Frente com Você (SBT). Mãe zelosa, a cantora diz-se muito preocupada com o filho, ma snão a ponto de ser careta. Sem nunca ter feito aula de canto é talvez uma das backings mais conhecidas do Brasil, justamente por acompanhar e dar apoio vocal à Rita Lee a mais de 10 anos, tendo participado de diversos shows, DVD's, Cd's e todo o tipo de projeto da roqueira. Abaixo a entrevista cedida a mim via e-mail.
Bruno Cavalcanti: Cantora ou atriz? O que veio primeiro?
Debora Reis: Digamos que pra ser atriz eu fui convocada e pra cantar eu mesma me convoquei! Meu pai foi cantor e minha mãe pianista e como tínhamos piano em casa, eu estava sempre dedilhando e aos sete anos fiz minha primeira música. Daí por diante virei a compositora da casa e comecei a participar de festivais da escola. Eu era super desinibida pra cantar minhas músicas pra qualquer um, coisa que infelizmente mudou na adolescência. E como atriz, como eu era muito palhaça em sala de aula e já cantava na escola, aos 13 anos o professor de Teatro do Colégio Gimk no Rio de Janeiro me convidou p fazer parte do seu grupo de teatro musical. Fiz todas as peças q ele montou e “me encontrei” naquele universo mágico de atuar e cantar. Aos 17 anos uma grande amiga e incentivadora Ingrid Guimarães, que era minha colega dessa escola, fez questão de me apresentar para o cantor e diretor Oswaldo Montenegro, que na época fazia muito sucesso com suas peças musicais no Rio. Acabei não só tocando e cantando com Oswaldo, como vim pra São Paulo com ele e mais outros dois atores para montarmos o musical Noturno, e aqui fiquei... E estou até hoje! Trabalhei sete anos com o Oswaldo, ganhei boa experiência que me levou a trabalhar c outros diretores e entrar pro mercado de jingles. Fiz a personagem Sheila de Hair com direção de Jorge Fernando, Do Kitsch ao Sublime com direção de Marcelo Varzea e Thereza Pfeiffer, Cabaret Brasil de Wolf Maya e uma pequena lista de outros trabalhos em teatro que me permitiu tirar DRT de atriz.
BC: Você esteve no elenco de Cazas de Cazuza, musical de sucesso de Rodrigo Pitta. Por que você não seguiu uma carreira dentro do teatro musical?
DR: Porque eu não vou a testes! (risos). Aliás, fui num sim! Mas sabe, esses musicais americanos exigem q você tenha uma tessitura vocal e um biotipo específico pra seus personagens... Além de, claro, a técnica vocal certa! E eu sou da época em que nós éramos convidados pelos diretores e as coisas aconteciam naturalmente durante os ensaios. Os arranjos, os personagens, os tons. Enfim, acho lindos, maravilhosos os trabalhos da Broadway feitos aqui, mas não sinto que me encaixo neles, e se eu quiser me encaixar preciso correr pra uma aula de canto ontem! Minha voz foi treinada na prática, meu canto é extremamente popular, nunca fiz aula de canto na vida e não tenho a técnica exigida para esse tipo de musical. Quem sabe um dia. Mas gosto mesmo é de comédia, essa é minha verdadeira praia! Acho as peças americanas um pouco engessadas pra minha personalidade (mas babo vendo os cantores/atores/bailarinos americanos)
BC: Como surgiu o convite para participar do Cazas de Cazuza?
DR: Uma amiga me indicou pro Rodrigo Pitta e eu fiz um teste específico pra personagem Bete Balanço. E passei! Tive imensa empatia com esse papel e muita satisfação em fazê-lo. Gravamos um CD lindo da peça... Você já escutou?
BC: Em 2000, você passou a fazer parte da banda da Rita Lee e, dentre todos os integrantes, é uma das que mais esteve presente nos trabalhos da cantora, partindo de Cd’s, DVD’s e especiais de TV. Como surgiu essa parceria vitoriosa?
DR: Mais uma indicação! Foi o baterista Edu Salvitti que me indicou pra Rita. Ela estava procurando uma vocalista, ele deu um CD meu pra ela ouvir, e com ela estou já há 11 anos. É uma honra trabalhar com esse ser humano, com essa rainha, com essa gênia! Você deve fazer ideia, né, seu Bruno?! (risos)
BC: Você vem se tornando presença já bastante presente na mídia. Participou do programa É Tudo Improviso (Bandeirantes) e canta o tema de abertura do programa De Frente com Gabi (SBT). São trabalhos que dão notoriedade?
DR: Pra mim são trabalhos! Vivo de música, e trabalho é trabalho. Mas claro que tem uns que te fazem “aparecer” um pouco mais. E isso é bom para mais indicações de amigos (risos). Na verdade eu vivo em estúdios e vivo de estúdio. Canto muito em publicidade e em trilhas, e nessa área não importa “quem” você é, e sim que você cumpra bem o trabalho vocal... Até porque sua cara não aparece! O que eu acho ótimo, porque cada dia que vou gravar, eu sei q estou indo exatamente pelo que sei fazer e só!
BC: O fato de ser backing vocal de Rita Lee te dá algum tipo de notoriedade maior fora do eixo de fãs da cantora? Como é ser backing vocal da maior estrela do rock nacional?
DR: Eu sinto grande admiração por parte das pessoas e o muito respeito por parte dos colegas. E da minha parte... Muito orgulho! Ver a Rita no palco é cada dia uma aula diferente. Estou no melhor lugar q poderia estar.
BC: A Debora mãe. Em que tipo de quadro você acha que se encaixa? A mãe zelosa que sempre quer saber onde o filho está, se está com blusa de frio, se está indo bem nos estudo? Ou a mãe liberal? Ou você não acredita em rótulos?
DR: Mãe totalmente zelosa e presente. Dei de mamar no peito ate Vinicius fazer um ano e ele mesmo dizer que não queria mais aquele leite ruim! Ele não é amante de estudo, e eu exijo que ele passe de ano, com o mínimo de média da escola que é seis e não cobro q ele tire dez. Ele tem 14 anos e por enquanto não me deu trabalho nenhum como adolescente... Mas veremos isso depois, né? Mas te digo, ele é ótima criatura, hiper tranquilo, compreensivo, maduro, um amigão, e um baita guitarrista nato. Tá tocando muito!
BC: Uma carreira solo está nos seus planos?
DR: Está nos meus planos voltar a ser quem eu era. A compositora da casa! (risos). Vou gravar um CD com minhas músicas. Mas antes eu quis comprar um apartamento. Primeira urgência da minha vida era a casa própria, estou terminando de pagar (socorro!) e logo mais virá o CD!(afinal você até pode fazer um Cd com ajuda de todos os lados... Mas nunca por custo zero, certo?).
BC: No Brasil hoje em dia você acredita que é possível viver de arte?
DR: Sim, e eu vivo! Às vezes, você tem que fazer uns eventos bregas, umas gravações duvidosas, pagar uns miquinhos... Mas com tempo vai conhecendo pessoas, os caminhos vão se abrindo... E os micos tendem a diminuir. (risos)
BC: A mídia eletrônica tem alguma importância para a sua carreira?
DR: Não tenho meu trabalho solo ainda, então pra mim mídia é puro entretenimento. Mas com toda certeza fará total diferença um dia! E pessoalmente sou muito fã de internet e TV.
BC: Qual o maior sonho ou desejo de Debora Reis?
DR: Meus sonhos mudam a cada mês, e isso não é bom pelo fato de você acabar não escolhendo nenhum. Então meu sonho é escolher um e ir atrás dele! Sinto que estou perto. (risos)
BC: Qual sua relação com os fãs? Afinal desde o Cazas de Cazuza você deve ter adquirido admiradores do seu trabalho. Como é sua relação com fãs? Você é do tipo que para e vai tomar um Chopp na Paulista ou prefere o contato virtual?
DR: Eu paro pra tomar Chopp se eu estiver na rua, mas como saio tanto quanto uma velhinha de 90 anos (risos)... Converso muito por internet!
BC: Para encerra à lá Marília Gabriela: Debora Reis por Debora Reis. O que difere a Debora Reis artista da Debora mãe, dona de casa e dona de afazeres de uma vida dita “normal”?
DR: Personagens só no palco. Minha personalidade é mais forte do uma imagem. Sou 24h normal, brava, chata, alegre, cômica, intensa, sensível, geniosa, do bem...
BC: Agora uma frase, um trecho de uma música, um pensamento, qualquer coisa para encerrar essa entrevista.
DR: Não é uma frase, é como sinto no fundo da alma... A maneira mais direta de sentir Deus é ouvindo música.
DR: Eu sinto grande admiração por parte das pessoas e o muito respeito por parte dos colegas. E da minha parte... Muito orgulho! Ver a Rita no palco é cada dia uma aula diferente. Estou no melhor lugar q poderia estar.
BC: A Debora mãe. Em que tipo de quadro você acha que se encaixa? A mãe zelosa que sempre quer saber onde o filho está, se está com blusa de frio, se está indo bem nos estudo? Ou a mãe liberal? Ou você não acredita em rótulos?
DR: Mãe totalmente zelosa e presente. Dei de mamar no peito ate Vinicius fazer um ano e ele mesmo dizer que não queria mais aquele leite ruim! Ele não é amante de estudo, e eu exijo que ele passe de ano, com o mínimo de média da escola que é seis e não cobro q ele tire dez. Ele tem 14 anos e por enquanto não me deu trabalho nenhum como adolescente... Mas veremos isso depois, né? Mas te digo, ele é ótima criatura, hiper tranquilo, compreensivo, maduro, um amigão, e um baita guitarrista nato. Tá tocando muito!
BC: Uma carreira solo está nos seus planos?
DR: Está nos meus planos voltar a ser quem eu era. A compositora da casa! (risos). Vou gravar um CD com minhas músicas. Mas antes eu quis comprar um apartamento. Primeira urgência da minha vida era a casa própria, estou terminando de pagar (socorro!) e logo mais virá o CD!(afinal você até pode fazer um Cd com ajuda de todos os lados... Mas nunca por custo zero, certo?).
BC: No Brasil hoje em dia você acredita que é possível viver de arte?
DR: Sim, e eu vivo! Às vezes, você tem que fazer uns eventos bregas, umas gravações duvidosas, pagar uns miquinhos... Mas com tempo vai conhecendo pessoas, os caminhos vão se abrindo... E os micos tendem a diminuir. (risos)
BC: A mídia eletrônica tem alguma importância para a sua carreira?
DR: Não tenho meu trabalho solo ainda, então pra mim mídia é puro entretenimento. Mas com toda certeza fará total diferença um dia! E pessoalmente sou muito fã de internet e TV.
BC: Qual o maior sonho ou desejo de Debora Reis?
DR: Meus sonhos mudam a cada mês, e isso não é bom pelo fato de você acabar não escolhendo nenhum. Então meu sonho é escolher um e ir atrás dele! Sinto que estou perto. (risos)
BC: Qual sua relação com os fãs? Afinal desde o Cazas de Cazuza você deve ter adquirido admiradores do seu trabalho. Como é sua relação com fãs? Você é do tipo que para e vai tomar um Chopp na Paulista ou prefere o contato virtual?
DR: Eu paro pra tomar Chopp se eu estiver na rua, mas como saio tanto quanto uma velhinha de 90 anos (risos)... Converso muito por internet!
BC: Para encerra à lá Marília Gabriela: Debora Reis por Debora Reis. O que difere a Debora Reis artista da Debora mãe, dona de casa e dona de afazeres de uma vida dita “normal”?
DR: Personagens só no palco. Minha personalidade é mais forte do uma imagem. Sou 24h normal, brava, chata, alegre, cômica, intensa, sensível, geniosa, do bem...
BC: Agora uma frase, um trecho de uma música, um pensamento, qualquer coisa para encerrar essa entrevista.
DR: Não é uma frase, é como sinto no fundo da alma... A maneira mais direta de sentir Deus é ouvindo música.
3 comentários:
Ficou maravilhosa a entrevista Bruno, parabéns!!!!!! Bjs
Querido vou ser sincera, vc sabe que sou meia que devagar, não conhecia a Cantora e Atriz Deborah Reis, mas agora lendo aki neste Blog, achei ela uma simpátia.....gostei muito dar perguntas e as respostas bem tranquilas e dar para sentir que são super exponâneas.....enfim adorei.
Gostaria de deixar aki um pedido: quando vc puder coloque alguma musica dela, bem do estilo que eu gosto (rssss).
Beijosssssss vc está incrivel meu amigo.
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