quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Gil encerrou gravação de "BandaDois" ontem.




Gilberto Gil fez ontem o encerramento da gravação do DVD BandaDois, com o segundo dos dois shows agendado no Teatro Bradesco, em São Paulo. O show, que será editado pelo selo do cantor (Geléia Geral) e distribuído no mês de novembro pela Warner Music, foi gravado no formato voz e violão, com as participações de Bem Gil (filho de Gilberto, que assumiu os violões a partir da 6ª canção do show e permaneceu com eventuais intervenções) e de Maria Rita (que interpretou com Gil "Amor até o Fim", a canção feita por Gil e gravada por Elis Regina em 1966). O show ainda levou Gil a revisitar, além de sucessos de sua carreira, uma canção esquecida do seu repertório, "Um Banda Um", gravada em 1982 num LP homônimomas revisitada pelo baiano pouquíssimas vezes. Eis o roteiro oficial do show da gravação do DVD (retirado do blog Notas Musicais), que contou com três canções inéditas: "Das Duas, Uma", "Quatro Coisas" e "Pronto pra Preto":

1- Máquina de Ritmo
2- Flora
3- Esotérico
4- A Linha e o Linho
5- Metáfora
6- Super-Homem, a Canção - com Bem Gil
7- Saudade da Bahia - com Bem Gil
8- Chiclete com Banana - com Bem Gil
9- Das Duas, Uma - com Bem Gil
10- Quatro Coisas - com Bem Gil
11- Amor até o Fim - com Maria Rita e Bem Gil
12- Tempo Rei
13- Lamento Sertanejo
14- O Rouxinol - com Bem Gil
15- Refazenda - com Bem Gil
16- Um Banda Um - com Bem Gil
17- Raça Humana - com Bem Gil
18- La Renaissance Africaine - com Bem Gil
19- Pronto pra Preto - com Bem Gil
20- Andar com Fé - com Bem Gil

BIS

21- Refavela - com Bem Gil e José Gil
22- Baba Alapalá - com Bem Gil e José Gil
23- Expresso 2222 - com Bem Gil

Repetições e improvisações:

24- O Rouxinol - com Bem Gil
25- Refavela - com Bem Gil e José Gil
26- Se Eu Quiser Falar com Deus (a pedido da platéia)
27- Flora
28- A Paz

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Bethânia estréia turnê em outubro


Maria Bethânia está se preparando para iniciar em outubro sua nova turnê. Calcado no repertório dos dois discos que a "abelha rainha" lançará no mês de outubro pela gravadora Biscoito Fino e pelo seu selo Quitanda (Tua e Encanteira). O show, sem nome definido ainda, estreará no dia 23 de outubro (com apresentações ainda nos dias 24 e 25) no Canecão (Rio de Janeiro). O show ainda percorrerá por São Paulo (dias 30 e 31 de outubro e 01 de novembro sem local definido), Belo Horizonte (dias 18 e 19 de novembro no Palácio das Artes), Salvador (dia 22 de novembro no Teatro Castro Alves), Recife (26 de novembro no Teatro Guararapes), Curitiba (03 de dezembro no Teatro Guaíra), Porto Alegre (05 de dezembro no Teatro do Sesi) e Brasília (dias 18 e 19 de dezembro no Teatro Cláudio Santoro).

Ney apresenta "Beijo Bandido" em São Paulo


Ainda sem nenhuma data concretamente divulgada, Ney Matogrosso chegará a São Paulo em novembro para apresentar seu novo show, Beijo Bandido. O cantor, que estava em turnê com seu show Inclassificáveis até há pouco tempo, se apresentará no recém estreado Teatro Bradesco, localizado no Shopping Bourbon na zona oeste da capital. Beijo Bandido é um show inédito onde Ney se apresenta de forma camerística, abordando repertório alheio, como "Tango pra Teresa", "Nada por Mim" e "Mulher sem Razão". O disco homônimo que dá origem ao show será lançado neste mês de outubro de 2009 pela EMI.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Frejat, Zélia e Takai fazem show iluminado em evento ensolarado.




Opinião de show
Título: Viva Cônsul 2009
Artista: Fernanda Takai, Zélia Duncan, Frejat, maestro Amilson Godoy e Orquestra Viva Arte
Local: Auditório do Ibirapuera - Palco Externo (São Paulo-SP)
Data: 27 de setembro de 2009
Cotação: ****

Um domingo ensolarado e uma manhã em pleno Parque do Ibirapuera. Esse foi o cenário para a comemoração da terceira edição do evento Viva Cônsul, que acontece todo ano desde 2006 na cidade de São Paulo. O evento, proporcionado pela fabricante de eletrodomésticos, agrega atividades gratuitas como pintura em tela e pintura facial, aulas de yoga, automassagem e relaxamento, escola de circo e exibição de filmes (devido à proximidade do dia das crianças, a tenda de cinema exibiu especial do programa infantil Cocoricó, com direito a distribuição de pipoca). Mas uma das atrações que mais chamou atenção foi a que aconteceu no palco externo do Auditório do Ibirapuera. Um show que uniu no mesmo palco Fernanda Takai, Zélia Duncan, Frejat e a Orquestra Viva Arte, com regência do maestro Amilson Godoy.

A Orquestra abriu o evento ao som de “Trenzinho do Caipira”, em homenagem aos 50 anos da morte de Heitor Villa-Lobos e um medley que uniu “Sabiá” (Tom Jobim/ Chico Buarque) a “Chega de Saudade” (Tom Jobim/ Vinicius de Moraes). Fernanda Takai entrou em cena logo em seguida para seu número. A cantora abriu sua performance com “Diz que fui por Aí”, seguida de “Você já me Esqueceu” (a canção de Fred Jorge gravada por Roberto Carlos e relançada por Fernanda em seu último disco, o Luz Negra ao vivo – registro do show onde Fernanda canta repertório de Nara Leão). Fernanda também cantou “Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos” e “Odeon” (que fechou sua participação solo), sem surpresas. Ou melhor, houve uma surpresa. Após sua apresentação Fernanda saiu de cena, mas teve que voltar para, ao lado de Zélia Duncan, interpretar “Trevo de Quatro Folhas”. Momento estranho (mas não tão estranho quanto o vestido de Zélia Duncan à lá Emília do Sítio do Pica-Pau Amarelo). Zélia Duncan fez uma apresentação com repertório coeso. A cantora juntou duas canções de seu último recém lançado belo disco, Pelo Sabor do Gesto, com alguns sucessos de sua carreira. Abriu com “Alma” em tom pulsante e dançante, apresentou ao público a bela “Telhados de Paris”, composição de Nei Lisboa revivida por Zélia em seu último disco, apresentou também a inédita “Tudo Sobre Você”, provando a força popular de seu cancioneiro já que o Ibirapuera em peso cantava os versos da inédita parceria de Zélia com John Ullhoa. A “camaleoa” também mostrou ter bom humor e delicadeza ao lhe dar com parte do público, que gritava em coro para que a outra parte do público se sentasse (“Vocês estão tão bonitinhos sentados. Vamos sentar e não ter problemas, no final a gente levanta.”). Zélia fechou sua apresentação ao som de “Catedral”, um dos maiores hits de sua carreira que ganhou versão mais classuda ao som da Orquestra regida magistralmente por Amilson Godoy. Erros a parte (como o vento forte que derrubou as partituras do maestro) o show seguia coeso até o momento da apresentação de Frejat. O vocalista do Barão Vermelho entrou em cena para defender, ao lado de Zélia, a bela balada “Mão Atadas”, belo momento. Frejat resolveu não apostar tanto no repertório de seu último (bom) disco, Intimidade Entre Estranhos, e recheou o roteiro de hits. “Amor, Meu Grande Amor” (Ângela RoRo/ Ana Terra) foi levada ao som do solitário violão do cantor, que levou o público ao delírio ao som de “Puro Êxtase”. A canção não contou com os apetrechos eletrônicos da gravação original, tendo se destacado pelo arranjo latino dado pela Orquestra Viva Arte. A canção é popular. Popular também são as baladas “Segredos” e “Amor pra Recomeçar”, que garantiram a felicidade do público. Frejat foi o destaque da manhã.

De volta ao palco, Zélia e Takai interpretaram ao lado de Frejat a balada “Por Você”. Momento descontraído, mas que gerou certo constrangimento por parte do público, pois os três se perderam na letra, erro desculpado prontamente pela platéia que pulou esfuziantemente ao som de “Exagerado”. O rock de Cazuza abalou as estruturas do Ibirapuera e fechou o belo encontro de domingo de manhã. Valeu.

domingo, 27 de setembro de 2009

Vivendo e aprendendo com Bree Van de Kamp


O blog Patrick Demarchelier in Wonderland tem um post que eu achei tão interessante que resolvi passar pra cá. Bree Van de Kamp (Marcia Cross) é uma das mulheres do sereado Desperate Housewives e, na minha singela opinião, uma das mais sábeias. Aqui vai uma lista de 40 dicas de Bree de como viver bem. Bree FOREVER!

1. Mesmo que alguém esteja morrendo no hospital e clamando por ajuda, não saia de casa antes de arrumar a cama;

2. Para limpar manchas de vinho do tapete, jogue um pouco de sal;

3. Se você descobrir quem matou seu marido ou esposa e essa pessoa estiver morrendo ao seu lado, deixe-o morrer;

4. Se seu filho der um créu no seu namorado/ namorada, abandone-o numa estrada bem longe da sua casa e deixe-o viver como mendigo;

5. SEMPRE use o descanso de copos;

6. Nunca beba ao cuidar dos filhos da vizinha;

7. Se um amigo estiver precisando de dinheiro, ofereça ajuda usando os fundos da cota do clube;

8. Ame seu filho, mesmo que ele seja um assassino;

9. Não pare sua vida após a morte da sua esposa ou seu marido. Afinal, seu faqueiro tem que brilhar;

10. Se alguém desligar o telefone na sua cara, arrombe a porta do quarto dessa pessoa;

11. Se uma mulher estiver chorando descontroladamente, meta a mão na cara dela;

12. Se sua filha adolescente engravidar, use uma barriga de enchimento, mande-a viajar e, quando o filho nascer, diga que é seu;

13. Se sua rival estiver tomando o seu lugar, envenene-a com patê estragado;

14. Mesmo tendo problemas de alcoolismo, mantenha a casa SEMPRE limpa;

15. Quando estiver usando uma barriga de enchimento para forjar uma gravidez e alguém quiser abraçá-la, jogue no chão o que tiver na mão;

16. O oposto do amor não é o ódio, e sim a indiferença;

17. Confie nos pobres quando quiser que o carro do seu filho seja roubado;

18. Quando um copo estiver com manchas, lave-o com vinagre;

19. Se sua vizinha não quiser lhe dar uma receita, arrombe a casa dela e procure você mesmo (a);

20. Antes de dar qualquer ocasião social em sua casa, teste a comida no dia anterior;

21. Tenha moderação ao beber, ou você acaba contando suas peripécias sexuais para seus amigos;

22. Seja expert em armas de fogo: você nunca sabe quando precisará de uma;

23. Quando estiver “a flor da pele”, entre em uma banheira quente com um livro de romance (ótima dica para grávidas);

24. Cookies devem ser servidos com chocolate quente;

25. Caso queira revelar à uma amiga que o marido dela dorme com seu filho, não esqueça de levar os biscoitos preferidos dela;

26. Saia do banho MARAVILHOSA, mesmo depois de seu marido pedir a separação e você chorar durante 5 minutos trancada no banheiro;

27. Se a mulher supostamente morta do seu marido aparecer, faça um jantar para apresentá-la aos seus vizinhos;

28. Antes de cair em prantos pela morte de alguém, acabe de polir todos os talheres, e guarde-os em seu lugar, depois, desabe;

29. Use luvas elegantes para esconder um anel de noivado,quando necessário;

30. Quando lhe fizerem uma serenata, atire no carro do causador desta inapropriação pública.

31. Se algum parente querido morrer acidentado em frente a sua casa, corra e limpe o sangue que ele derramou no asfalto;

32.
Um sorriso gentil é a melhor forma de advertir o inimigo sobre o perigo que ele corre;

33. Os garfos de sobremesa possuem 3 dentes;

34. Não deixe seu marido ser enterrado com uma gravata ridícula;

35. Quando uma amiga resolver se matar, apareça com duas cestas de bolinhos que você assou do nada: Uma pra familia da morta e outra pros convidados do velório. Depois que os bolinhos forem comidos, recolha suas cestas para poder usa-las na próxima ocasião;

36. Se o seu marido revelar publicamente que vocês estão fazendo terapia de casa, revele que ele chora ao ejacular;

37. Quando achar os dentes da amante morta do seu marido não esqueça de leva-los para casa;

38. Mancha de recheio de pastel no carpete não sai. Então tome cuidado;

39. A roupa que você usa fora de sua casa é o que representa a dignidade da sua família;

40.
Orgasmo é aquela sensação de alívio quando a transa chega ao fim, não um pequeno enfarte.

VPON: Urbanidade de Abreu soa moderna e verdadeira.


Vale à Pena Ouvir de Novo
Opinião de Cd
Título: Entidade Urbana

Artista: Fernanda Abreu

Gravadora: EMI Music

Cotação: *** 1/2

Ano de lançamento: 2000


Fernanda Abreu sempre teve gingado e funk e seus discos sempre foram voltados para a dança e uma inteligência carioca. Em seu disco Entidade Urbana, Fernanda não abandona o swing, mas deixa sua “carioquisse” de lado para abranger todo o mundo.

Calcado em baladas suingantes, funk e rocks sampleados, Entidade Urbana é um dos melhores discos lançados por Fernanda nestes 10 anos de carreira solo. As faixas são todas autorais, com eventuais intervenções de parceiros como Liminha, Fernando Vidal, Fausto Fawcett e Rodrigo Campelo. Fernanda é ótima compositora.

A canção de abertura, “Sou da Cidade” já dá o tom dançante do disco. Uma letra interessante que enfatiza as grandes capitais, comparando São Paulo, Osaka e Pequim com outras capitais menos óbvias. “Baile da Pesada”, a segunda faixa do disco e a escolhida como single oficial, é mais carioca, visando os bailes (não exclusivamente os de funk) na cidade do Rio de Janeiro. Se “Roda que se Mexe” não brilha no disco devido ao forçado apelo popular, “Eu Quero Sol” é uma dos destaques do álbum. Tanto pela bela letra quanto pelo ótimo arranjo (parceria de Fernanda com Liminha e Sofia Stein). À medida que se ouve, é possível notar o crescimento do disco. Seja na interessante “Fatos e Fotos” ou no funk “Zona Norte-Zona Sul”. Um dos pontos altos do disco é “São Paulo-SP”, a parceria de Fernanda com Fausto Fawcett, Laufer e Liminha é uma típica visão de uma carioca sobre a cidade de São Paulo. A balada “Meu Cep é o Seu” enfatiza a veia romântica de Fernanda, mostrando que a “garota sangue bom” se sai bem em qualquer modalidade musical, como também é possível notar na faixa seguinte: “Urbano Canibal”. A inspirada parceria de Fernanda com Lenine.

Apesar da pegada swingante de “Megalópole-Cidade”, a faixa não conseguiu se destacar no álbum, sendo um momento fraco, assim como a balada “Paisagem de Amor” que, mesmo com a bela letra, não conseguiu se sobressair, sendo uma balada fraca (mesmo com apelo popular).

A produção de Liminha e Chico Neves fez Fernanda crescer ainda mais sem perder o swing e a qualidade musical. Entidade Urbana vale à pena ouvir de novo e de novo, de novo, de novo, de novo...


VPON: Fernanda cresce ao revisitar carreira em “Raio X”


Vale à Pena Ouvir de Novo
Opinião de Cd
Título: Raio X - Fernanda Abreu Revista e Ampliada
Artista: Fernanda Abreu
Gravadora: EMI Music
Cotação: *** 1/2
Ano de lançamento: 1997

Com 7 anos de carreira depois que deixou o cargo de backing-vocal da banda Blitz, Fernanda Abreu volta ao disco depois do ótimo Da Lata e revisita a própria carreira solo que, apesar de curta, é muito rica.

Raio X não é exatamente um disco de canções inéditas, apesar de conter canções novas e novos arranjos para antigos sucessos.

“Raio X (Vinheta de Abertura)” mostra a versatilidade funk de Fernanda, adotada em seu disco anterior, Da Lata (1995). Fernanda também prova que não precisa de swing forçado para ser boa cantora e interpreta o samba “Aquarela Brasileira”, mostrando ser ótima intérprete. A inédita “Jack Soul Brasileiro” é uma das melhores faixas do disco. A canção de Lenine (que conta com a participação do próprio) é um dos muitos momentos inspirados do disco, assim como a balada “Um Amor, Um Lugar”, a balada de Herbert Vianna (que conta com a participação do mesmo) é outro ponto alto do disco cheio de acertos. Acerto confirmado na participação de Chico Science e Nação Zumbi na regravação de “Rio 40 Graus”. Os arranjos da Nação Zumbi valorizam a canção, sobretudo nos tambores adicionados à faixa. Se as canções incidentais “Ponto de Oxossi” e “Duo de Jorge” não valorizaram “Jorge de Capadócia” (Jorge Ben Jor), a participação de Carlinhos Brown deu swing à já habitual ginga das canções de Ben Jor.

A ótima inédita “Speed Racer” é outro ponto alto do disco, que valoriza a voz de Fernanda dentro dos arranjos requintados de Bodão, Fernando Vidal (que faz ótimo solo de guitarra na faixa) e Aurélio Dias, ressaltando também a beleza da letra de Fernanda e Herbert Vianna. Se “A Noite” não consegue roçar a versão original (mesmo com os samples da gravação original, lançada em 1992 no disco Sla 2 – Be Sample), “Você pra Mim” cresce muito. A canção lançada em 1990 no primeiro disco de Fernanda (Sla Radical Dance Disco Club) mesmo com a letra pueril conseguiu crescer. “Garota Sangue Bom” também não roça o gingado da versão original (mesmo com sampler de “We Funk 2” de George Clinton), diferente de “Veneno da Lata” que cresceu e (re) apareceu no repertório.

Fernanda homenageia a música negra brasileira na curiosa (e ótima) faixa “Bloco Rap Rio”, que conta com samplers de canções como “Rap da Felicidade” (Julinho Rasta/ Kátia) e, curiosamente, “O Morro não tem Vez” (Tom Jobim/ Vinícius de Moraes). A faixa ainda leva citações de canções do mundo soul da black music Brasil, exemplos de Deixa Isso pra Lá” (Alberto Paz/ Edson Menezes) e “Legalize Já” (Marcelo D2/ Rafael), e conta com participações de Fausto Fawcett, Laufer, Arícia Mess, Planet Hemp, O Rappa e B. Negão.

O disco ainda mostra o funk urbano de Fernanda em “Kátia Flávia, A Godiva do Irajá”, o sucesso de Carlos Laufer e Fausto Fawcett lançada por Fawcett nos anos 80 que cresce (e muito) na voz de Fernanda (com direito a citação do clássico “Garota de Ipanema”, de Vinicius e Tom). O disco é fechado em tom carnavalesco com a faixa “É Hoje”, contando com intervenção da banda Funk’n Lata e com carnavalesco arranjo de Ivo Meireles. A faixa ainda conta com a intervenção do pandeiro de Jovi para Fernanda interpretar “Escurinho”, de Geraldo Pereira.

Fernanda se reinventa de forma intensa e magistral neste ótimo disco. Ótimo raio x da carreira. Revista e ampliada! Vale à pena ouvir de novo!

O roteiro do novo show de Isabella Taviani


Isabella Taviani está em cartaz no Canecão (RJ) com seu novo show, Meu Coração não Quer Viver Batendo Devagar. Calcado no repertório de seu disco homônimo, lançado neste ano de 2009, o show dá grande ênfase nas canções do disco inédito da cantora, renegando grandes hits, como "De Qualquer Maneira", que não faz parte do roteiro oficial do show. Eis o roteiro do show Meu Coração não Quer Viver Batendo Devagar, que chega a São Paulo em outubro:

1- Argumento de Vidro
2- Presente-Passado

3- Arranjo
4- Todos os Erros do Mundo
5- Digitais

6- O Tudo que é Nada
7- Escorpião
8- Luxúria
9- Foto Polaroid/ Ternura/ Último Grão
10- Depois da Chuva
11- Diga Sim pra Mim

12- Meu Coração não Quer Viver Batendo Devagar

13- Um Vendaval

14- Borboletas e Risos
15- Casa no Céu

16- Falsidade Desmedida
17- Eu não Moro na Sua Vida

Roteiro de "Rock'n'Roll", o novo show de Erasmo


Na sexta-feira, 25, Erasmo Carlos estreou no Rio de Janeiro, na casa Vivo Rio, seu novo show. Rock'n'nRoll é um dos melhores shows de Erasmo nos últimos anos, calcado no roteiro de seu novo disco homônimo lançado neste ano de 2009. O show Rock'n'Roll mesclou no roteiro 6 canções do disco com vários sucessos da carreira do tremendão. Eis o roteiro do show que contou com intervenção de covers de Roberto Carlos, Elvis Presley e Marylin Monroe na canção "Cover" e com a presença da canção "Quero que vá Tudo pro Inferno", sucesso de Roberto Carlos que o "rei" renega nestes últimos anos.. Eis o roteiro do show Rock'n'nRoll:

1- Jogo Sujo
2- Sou uma Criança, Não Entendo Nada

3- Mesmo que Seja Eu
4- Mulher/ Minha Superstar
5- Chuva Ácida
6- Negro Gato

7- Noturno Carioca
8- Gatinha Manhosa
9- Sentado à Beira do Caminho

10- Panorama Ecológico

11- É Preciso Saber Viver
12- Desabafo/ Olha/ Proposta/ Os Seus Botões/ Detalhes/ Café da Manhã/ Cavalgada/ Eu te Amo, te Amo, te Amo
13- Olhar de Mangá

14- A Guitarra é uma Mulher
15- Quero que vá Tudo pro Inferno
16- Lobo Mau (The Wanderer)
17- Minha Fama de Mau
18- Vem Quente que eu Estou Fervendo

19- É Proibido Fumar

BIS:

20- Cover

21- Festa de Arromba

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Rascunhos" no Teatro Plínio Marcos


Criação dos atores da Cia de Artes Monteiro Lobato, o espetáculo Rascunhos estreou no mês de julho de 2009, com 3 apresentações no Espaço Casa de Fabiano (Interlagos - SP) com êxito de público. O espetáculo ainda chegou no Teatro Paraelo (Santo Amaro - SP) e na Sepej (Butantã - SP), agora Rascunhos aporta no Teatro Plínio Marcos para duas apresentações: uma no dia 16 de outubro e outra no dia 13 de novembro. O Teatro Plínio Marcos localiza-se dentro do Shopping Nobre, no bairro de Pompéia (SP), Rua Clélia, nª 33. A Censura do espetáculo é livre. Os ingressos custam R$ 20,00, com a apresentação do folder (acima) paga-se R$ 10,00. Carteirinha de estudante e afins NÃO darão direito à meia-entrada.

No Elenco:

Bruno Cavalcanti
Fabiana Vilela
Janaína Moreno
Jeferson Cruz
Adilson Júnior
Maria Creuza
Patrícia Weiss

Participação especial:

Lucas

As faixas de "Dois", novo disco de Partimpim


Dois (capa acima), o novo disco que Adriana Partimpim (heterônimo adotado por Adriana Calcanhotto para batizar seus discos infantis) lançará no dia 05 de outubro via Sony Music teve seuas faixas divulgadas hoje pelo site oficial da Livraria Cultura. O disco conta com regravações das canções "O Trenzinho do Caipira" (Heitor Villa-Lobos/ Ferreira Gullar), "Gatinha Manhosa" (Erasmo Carlos) e "Bim Bom" (João Gilberto). Eis as 12 faixas que compõem o disco:

1- Baile Partimcundum
2- Ringtone de Amor
3- O Trenzinho do Caipira
4- Alface
5- Menina, Menino
6- Na Massa
7- Homem deu Nome a Todos os Animais
8- Alexandre
9- Gatinha Manhosa
10- Bim Bom
11- Olodum
12- As Borboletas

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Adriana lança "Partimpim Dois" em outubro.


Essa é a capa de Dois, o segundo álbum de Adriana Partimpim (heterônimo adotado em 2004 por Adriana Calcanhotto para dar nome a seus discos voltados ao público infantil). O disco estará nas lojas a partir dos primeiros dias de outubro e, assim como seu antecessor, Partimpim, tem repertório diversificado, voltando clássicos da MPB para o mundo de um público infantil criterioso. Papais e mamães, esse é o verdadeiro presente de dia das crianças que seus filhos devem receber!

Gil grava novo DVD em São Paulo


Gilberto Gil fará nos próximos dias 28 e 29 de setembro a gravação de um novo DVD. Sem título divulgado (ou se quer decidido), o projeto será gravado em shows no recém-estreado Teatro Bradesco (localizado no Shopping Bourbon, zona oeste de São Paulo) em formato de voz e violão. O DVD (que também será editado em Cd) contará com canções inéditas e sucessos do baiano, entre eles, lógico, "Drão" e "Refazenda". A direção fica a cargo de Andrucha Waddington.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Set-list do show de Lily Allen em São Paulo


A cantora britânica Lily Allen se apresentou na noite de ontem (quarta-feira, 16 de setembro de 2009) na Via Funchal, em São Paulo. O show da cantora tirou a má impressão deixada em 2007, quando Lily subiu ao palco do Planeta Terra bêbada e com a voz rouca. O show faz parte da turnê de divulgação de seu último disco, It's Not Me, It's You (2008). Uma das curiosidades do show foi o cover de "Womanizer", de Britney Spears, além, claro, da crítica a George W. Bush enquanto cantava "Fuck You" e à ala masculina da casa, enquanto cantava "Not Fair". Eis o roteiro do show da cantora:

1- Everyone's At It
2- I Could Say
3- Never Gonna Happen
4- Oh My God (Kaiser Chiefs)/ Everything's Just Wonderful
5- 22
6- Who'd Have Known
7- LDN
8- Back To The Start
9- He Wasn't There
10- Littlest Thing
11- Chinese
12- Smile
13- The Fear
14- Womanizer (Britney Spears)
15- Fuck You
16- Not Fair

Madonna lança segunda versão do clipe "Celebration"



Madonna lançou hoje a segunda versão do vídeo clipe de sua nova canção, o single "Celebration". No clipe são mostrados, além da cantora (lógico), fãs escolhidos durante a passagem da Sticky & Sweet Tour pela Espanha e Itália e uma das maiores surpresas: sua filha Lourdes Maria (Lola) vestida como a mãe no vídeo clipe de "Like a Virgin". No vídeo não é usado o áudio da canção original, apenas uma versão remixada. Na primeira versão do clipe estão em destaque os dançarinos de Madonna, a própria Madonna e o namorado da cantora, o modelo Jesus Luz. As fotos acima são de flagras do vídeo clipe. Ainda não se sabe quando a versão oficial do clipe será lançada.

Para ver a primeira versão do clipe clique AQUI
Para ver a segunda versão do clipe clique AQUI

'Beijo Bandido' de Ney traz 14 canções


A foto acima flagra Ney Matogrosso durante uma sessão de fotos para o encarte do Cd que pretende lançar ainda neste ano de 2009. Beijo Bandido é o título do disco (inspirado na canção "Invento" de Vitor Ramil). Diferente de Inclassificáveis, o último trabalho lançado por Ney, com toda sua aura rockeira, Beijo Bandido será disco de tom mais leve, quase camerístico (a exemplo do que Ney já havia feito em 2005 com o Cd, DVD e show Canto em Qualquer Canto, onde abordava fino repertório ao lado de 4 violonistas).
Beijo Bandido foi concebido e testado a partir de alguns shows realizados por Ney no Teatro Tom Jobim (RJ). Entre as 14 canções do disco estão
"Segredo" (Herivelto Martins/ Marino Pinto), "Tango pra Tereza" (Edvaldo Gouveia/ Jair Amorim), "De Cigarro e Cigarro" (Luiz Bonfá), "Mulher Sem Razão" (Cazuza/ Dé/ Bebel Gilberto) - a canção gravada e popularizada por Adriana Calcanhotto em seu último disco, Maré - e "Nada por Mim" (Herbert Vianna/ Paula Toller) - a canção gravada e lançada por Marina Lima em 1985 em seu disco Todas e interpretada por Ney ao lado da própria Marina no programa Sexo MPB - entre outras.
O disco sai até o final do ano.

Trilogia - o fim!

Hello, hello, god night, meus queridos leitores fantasma. Vejo que já se encontram reunidos aqui a minha espera. Hoje eu fecho essa trilogia sem sentido. Sim, afinal eu não dei início a uma história... na verdade não iniciei nenhuma, apenas apresentei as personagens... ! Captaram o espírito da coisa? Essa é uma trilogia sim, mas que vai além de 3 partes. Os personagens estão sendo apresentados e, daqui pra frente, eles estarão nos conflitos que eu julgar que deva colocá-los! Vamos dar continuidade e um ponto final nesta primeira trilogia ainda sem nome.

Capítulo III (pra bom entendedor meia palavra bas...tá!?)

O título deste terceiro e último capítulo me veio antes mesmo do próprio capítulo. Não sei bem porque (ou porquê?), mas estou animado com este capítulo. Nele falarei da última pessoa que sobrou... Dona N. Uma senhora distinta que nada tem a ver com Nelson Rodrigues. Ah, Nelson Rodrigues que tem imbalado (ou será embalado?) meus pensamentos com sua tão genial tese de negar as coisas... Assim como de praxe vou fechar mais um parágrafo apenas dizendo: Nelson Rodrigues.
Dona N. é uma senhora católica bastante recatada. É casada com Eduardo, um empresário de 40 anos de idade. Ambos tem uma filha branquinha, branquinha, com cabelos num comprimento pouco maior que chanel (quem sabe mais pra frente não começo a fechar meus parágrafos falando de Coco Chanel?!), ela é um ou dois anos mais nova que eu (dois, com certeza dois anos). O que eu tenho a ver com Dona N. e Eduardo? Hora, são meus antigos sogros. Portanto vocês só podem definir que eles são pais de ninguém mais a não ser Srta. H. Mas engana-se quem pensa que esse parentesco será desculpara para que eu fale da Srta. H. Muito antes pelo contrário, dela pretendo falar pouco, ou nada mesmo, não por falta de interesse, mas por falta de preparo.
Mas voltemos a Dona N. que, na medida do campeonato, já deveria ter sido tida como personagem principal deste terceiro e último capítulo de uma saga que ainda está por vir.
Pensem vocês, Dona N., (Gisele, ponto e vírgula dessa forma... está certo?) uma senhora de 40 anos de idade, recatada, cabelos longos, uma típica perua fora da sociedade (aquela perua que adora um drama casual, mas odeia convenções sociais)... Imaginem essa mulher altamente católica, incapaz (ou será que é encapaz? Não, não, é incapaz meso, tenho total certeza!) de cometer qualquer delito que ferisse as leis de Deus... pois bem, imaginem essa mulher tendo que viver com um homem extremamente anti-catolicismo, anti-Cristo, anti tudo! Um homem que vende a mãe para conseguir mais lucro para suas empresas... sim, senhoras e senhores, Eduardo não é uma flor que deva ser cheirada. A minha sorte é que eu sabia disso.
Bom, agora resolvi que falarei sobre a Srta. H apenas para a satisfação de vocês, mas isso apenas no próximo parágrafo e depois que meu CoopNoodels (o que diabo é isso?) ficar pronto!
Pronto, cá estou de volta! Falemos sobre Srta. H.
Tente unir a beleza de uma fada com a delicadeza de um lutador de kic-box, a feminilidade de uma dama e o fanatismo futebolístico (palmerense) de um velho gordo nas tardes de domingo assistindo a Rede Globo! Tente unir a pele branca e os cabelos loiros de uma franciscana repleta de beleza, com os cuidados de um lutador de sumô para com seu adversário. Essa união tão "pitoresca" (essa bendita palavra ainda se usa, Gisele?) forma o ser mais belo de toda a história: Srta. H. Aquela com quem engatei e cultivei belo romance (e não românce) durante um bom tempo (e que bom tempo).
Bom, imaginem agora todos vocês, uma perua falsa, um louco empresário e uma criatura tão inclassificáveis juntos numa mesma mesa de jantar com um jovem transgressor, classe média europeia, de gosto requintado porém extremamente exigente para tudo... Isso ou pode dar muito certo ou pode dar uma verdadeira bosta. A segunda opção parece a mais verdadeira, não parece? Se parece é porque é! Quando Srta. H e eu começamos um romancezinho descontraído seus pais foram piamente contra, pelo fato de eu não estudar na mesma escola que ela, ser mais velho que ela, mais viajado que ela e saber de mais coisas que ela. E não os culpo! Eu também não gostaria de um cafajestezinho perto da única filha que tenho, a qual cultivo com tamanha inocência. Mas voltando... realmente deu merda! A convite de Srta. H fui jantar com ela e seus pais em sua casa. Uma casa bonita, grande, porém decorada à moda do final do século 19. Muito grotesco, apesar de elegante. Ao chegar na casa Elizabethana cumprimentei (será que isto está certo? Gisele, Fernanda, Clarice...) meus então sogros, nos sentamos enquanto Serta. H se trocava e falávamos de tudo um pouco. Desde a queda do muro de Berlim até a queda das Torres Gêmeas, passando pelas mulheres queimando sutiãs, pelos movimentos liderados por Elis Regina contra guitarras elétricas e a paciata - certo? - anti-ditadura dos anos 70. Enquanto vestia seu vestidinho vermelho (não o da música da Marina Lima), Srta. H fez questão de dar as caras na sacada da escada para ver como eu estava me dando com as feras. E eu me saia muito bem.
Vou dar um tempo e pegar um copo d'água.
Voltei. Não tenho frase do Nelson Rodrigues para discrever (ou será descrever?) nada do que me aconteceu naquela noite.
Sentei-me a mesa tão logo Srta. H desceu e anunciaram o jantar. Fizemos uma prece de agradecimento (mesmo sem a presença de Eduardo que se recusa a fazer qualquer tipo de prece) e nos pusemos a comer. Tudo que eu mais gostava estava lá: camarão, frango, legumes, batatas ao forno, azeitonas, arroz feito em brasa... Mas antes mesmo de começar a comer tive que me irritar um pouco, pois não seria eu se não o fizesse.
"Você, meu garoto, tem algum tipo de intenção com minha filha?", perguntou Eduardo muito desconfiado. "A única intenção que tenho com ela para este momento é viver este momento. Estar com ela nos bons e maus momentos... é viver com ela num felizes para sempre momentâneo". Lógico que essas palavras não foram recitadas por mim de graça, eu sei que uma das coisas que Eduardo mais odeia é a famosa: "frase pronta!" e eu tenho muitas prontas para um tiro certo.
Dona N. parecia estar confusa e não perguntou nada, apenas se adiantou a nós e começou a comer, Srta. H fez o mesmo, Eduardo comia enquanto bufava e eu comia sustentando um ar de superioridade arrogante imperceptível.
Não quero me estender mais nessa história! Mas este foi o último jantar que eu e Srta. H tivemos, afinal fomos proibidos de ter qualquer tipo de contato e, por isso, o namoro às escondidas deu tão certo.
Escolhi fechar este último capítulo de forma tão passional para mostrar o quanto alguém pode ir a todos os extremos. Se a ironia reinou nos dois primeiros capítulos, ela fica em segundo plano perto da paixão que ainda sinto e duvido que deixe de sentir pela Srta. H.
Não vou acabar citando Nelson Rodrigues, mas sim Zélia Duncan: "nem tudo que acaba aqui deixa de ser infinito". A Bárbara Farniente disse uma vez que odiava gente que não sabia se expressar e apelava para letra de música. Bom, Bárbara, eu vou mais adiante! Eu odeio gente que não sabe se expressar e, ao invés de apelar para letra de música, não se expressa!

Srta. Y, Sr. S, R, M, Dona N, Eduardo e Srta. H são as personagens que estarão sempre presentes daqui pra frente. Todas verídicas, mas sempre com um toque de mentirinha. Todas e mais outras estarão presentes daqui pra frente.
Este foi o último capítulo desta primeira trilogia, a próxima vem apenas quando eu julgar que devo fazê-la!
Mas vejam vocês, três textos completos e eu ainda não me apresentei!!

Muito prazer, sou Ninguém do Nada Nascimento de Inexistente... quando precisar, não chame, eu não virei ajudar!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Trilogia part 2


Boa noite meus queridos leitores fantasma. Hoje vamos dar continuidade à minha Trilogia. Tenho me achado tão prepotente em dizer que eu posso fazer uma trilogia. Não sou letrado, não sou formado... Apenas sou um aspirante a alguma coisa. Mas são altas horas da madrugada e, nessa hora, eu não ligo para prepotências ou o que quer que seja! A essa hora eu me sinto o próprio Arnaldo Jabor conversando com Machado de Assis enquanto lê os recados deixados por José de Alencar e Fernanda Young. Bom, vamos dar continuidade...

Capítulo II (uma saga sem início, fim ou meio)

"(...) o que não está escrito e assinado, não pode ser comprovado". Foi essa a frase que me incentivou a dar continuidade a esse segundo capítulo. Frase sentenciada por Gisele Lemos em "Uma Viagem Além da Porta" (espero que não haja problema de reprodução - não vá me processar em Gisele). Será que preciso acrescentar algo mais? O que eu não escrevo e assino não pode ser comprovado. Isso me dá um alívio muito grande. Tanta coisa que eu já disse por aí... mas eu confesso a vocês: eu nego! Nego até o fim da vida! No juízo final estarei negando, afinal, como diz Nelson Rodrigues, o segredo é negar. Nelson Rodrigues. Mais uma vez estou falando de Nelson Rodrigues. É elegante citar Nelson Rodrigues. Mas pode ser cafona ficar repetindo incansavelmente (tem acento?) Nelson Rodrigues num mesmo parágrafo, portanto vou fazer como no primeiro capítulo e encerrar o parágrafo falando apenas: Nelson Rodrigues.
Fernanda Young e Clarice Lispector me incentivaram a escrever este segundo capítulo. Falarei hoje do R e da M. Se eu tiver coragem falarei da Srta. H, mas duvido que eu tenha. Vamos fazer o seguinte? Vou fechar esse parágrafo e pegar um copo d'água. Quando eu voltar inicio outro parágrafo e damos o ponta-pé inicial, ok? Aliás, só pra lembrar, vou escrever sem a ajuda do Word, portanto qualquer erro permanecerá errado - essa frase faz sentido? - Vou buscar meu copo de água. Voltei. Vamos lá então!
Conheci R há muito tempo atrás. Eu tinha lá meus 5 anos e ele também. Fomos criados juntos, típicos amigos que assistem desenhos juntos, andam de bicicleta juntos, brincam de esconde-esconde, pega-pega, são do mesmo time no "rouba bandeira" e tem poucas divergências. Estivemos unidos até os 13 anos, quando ele se mudou para Porto Alegre e eu fui passar uma temporada em Lisboa. R sempre foi uma pessoa muito viva e inteligente, mas tinha um caráter fraco. Lembro que até o apelidaram - certo? - de Bentinho, aludindo ao Bentinho do romance "Dom Casmurro", do Machado de Assis, que, mesmo sendo um jovem inteligente, era mimado e de caráter fraco, por vezes até meio bobão, ou seja, facilmente enganado. R não era muito diferente. Ficamos uns anos sem nos falar mas acabamos por retomar contato. Eu voltei de Lisboa e ele de Porto Alegre e acabamos por nos esbarrar num shopping em São Paulo. Mantemos contato até hoje numa amizade muito divertida apesar de gelada, afinal meus interesses mudaram e os dele também. Eu gosto de arte, ele de futebol; Eu danço bem, ele dança mal; Ele joga bem, eu não conheço futebol; Eu tenho amigos gays, ele é homofóbico. Talvez esse seja o maior defeito de R. A intolerância. Já discutimos muito por conta disso, e foi numa dessas discussões que eu ganhei uma nova amiga: M. Ela - a M - sentava-se duas mesas longe da minha na escola, porém nunca tinhamos trocado mais do que olhares de pessoas que se veêm (ou vêm? não, não, é veêm, tenho quase certeza!) todos os dias mas que não tem nada em comum... Ou não tinham! M é uma garota branca, branca, branca de dar dó, cabelos claros, olhos claros... puro leite franciscano (tem certa semelhança com a Srta. H).
Num das minhas discussões com R sobre o homosexualismo e o século XXI, M se colocou no meio e disse: meu irmão é gay, você vê problema nisso? Nesse momento eu senti uma certa atração por aquela garota intrometida que, do nada, revelava segredos que a família conservadora católica-cristã guardava a 7 chaves. Meio sem graça, R fez questão de se manter na pose de durão e disse engrossando a fina e desafinada voz: claro que não vejo problema, cad aum cada um, só não quero ser gay! (na hora me veio à cabeça aqueles galãs hollywoodianos - Gisele, é assim que se escreve? - que não são bons atores, são apenas os machões. Mas também me veio na cabeça Sean Pen, o machão bom ator). M olhou fixamente pra ele, olhou pra mim e perguntou: e você, tem algum problema? Eu apenas respondi: por que? Você acha que isso é um problema? Silêncio geral!
Uma das coisas que mais gosto de fazer é causar uma "commotion" (isso me lembra Madonna: "i've got the moves baby, you got the motion, if we get together we'd be causing a comotion"). Depois desse episódio M e eu nos tornamos bons amigos (tanto que, no passar dos anos, acabamos por nos tornar amigos inseparáveis. Se ela vai eu vou, se eu vou ela vai). R e eu perdemos contato mais uma vez. Ele se desvinculou - usei essa palavra no momento certo? o contexto permite, Gisele? - do colégio e voltou para Porto Alegre, enquanto M mudou de colégio, mas mantemos um ótimo contato quase que diário (Deus salve o MSN).
M ainda me chama a atenção pelo modo transgressor como leva a vida. Não engole sapos desnecessários e retribui numa moeda à altura. Por isso é chamada de "a serpente da verdade". Já R não me parece muito bem nestes últimos tempos. Como disse no início desse capítulo, seu caráter não é dos mais fortes, portanto o destino dele é um tanto complicado de se descrever (ou será discrever? Eu poderia olhar no dicionário, mas gosto dessas dúvidas gramaticais).
Aliás, quem leu com atenção o início e o fim desse capítulo notou que entrei em contradição. Bom, foi proposital! Aquele que adivinhar o porquê (com ou sem acento?) ganha um espaço semanal durante um mês na minha coluna. Não? Ninguém? Que pena!
Não sei bem como fechar esse capítulo. Me deu vontade de falar um pouco da Srta. H. Acho que vou criar um parágrafo só pra ela!
Pronto, será esse o parágrafo! Melhor dizendo, mudei de idéia. Vou deixar para falar da Srta. H no final do Capítulo III (se é que vou chamá-lo assim)... isso é, se eu falar dela. Nada contra a Srta. H, eu gosto dela com todas as forças do meu ser, mas não sei se ela está pronta para ver sua vida exposta aqui para ninguém. Vamos fazer o seguinte? Vou tomar meus Yakults noturnos e fazer um miojo. Quando voltar, eu juro que falo da Srta. H... isso é, se ninguém apertar o botão "publicar postagem" enquanto eu não voltar... opa, aprtei por acidente!
Enquanto salva o rascunho aqui vai um: boa noite! Estou a procura de um título para a trilogia. Como disse, só daqui há 3 meses depois de publicada. Salvou-se o rascunho, até o Capítulo III...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Trilogia


Viajando pelas loucuras de Gisele Lemos em Uma Viagem Além da Porta decidi voltar a fazer o que há muito não fazia: escrever! Mas veja, escrever todo mundo escreve, é a lei da vida! Mas ninguém mais escreve o que deve escrever. Eu tneho saudades de escrever crônicas que ninguém lia, saudades de escrever músicas que ninguém ouvia, poemas que ninguém recitava e versos que ninguém citava. Mas vejam vocês meus queridos leitores fantasma, se eu me divirto nas consultas dadas a Lucile Ball ( a famosa I Love Lucy), o que me impede de tentar diverti-los contando casos e acasos da minha vidinha fútil e vulgar (mais fútil que vulgar, lógico!)? - (ponto, parênteses e ponto de novo... isso é permitido Gisele?). Não tenho um título ainda, mas como pretendo fazer disso uma trilogia, talvez o título venha por último, ou talvez apareça na metade desse primeiro capítulo, ou na metade do segundo ou no começo do terceiro ou vá aparecer apenas três meses depois que eu acabar de escrever. Vamos dar início...


Capítulo I (versículo 20, século 20, século 21)

Pensei em começar de várias formas diferentes. Apesar de ainda não saber sobre o quê (ou quem) eu vou falar, sei exatamente como quero falar: de modo que eu me revele a vocês e ao mesmo tempo vocês não saibam nada! Confuso, não? Talvez, mas divertido!
Eu continuo na dúvida se eu dou nomes aos bois ou não. Seria muita falta de ética dar nomes, mas seria muita falta de humanidade não dá-los. Vamos fazer o seguinte? Vou chamá-los de Y, R, N, M e S. Pronto, serão esses os nomes, assim vocês não morrem de curiosidade e eu não entro em mals (ou maus?) lençóis. Aliás, estou escrevendo sem o auxílio do Word. Quero que todos saibam que eu também erro o português, assim me tiram daquele pedestal de artista transgressor que entende de gramática. Eu não entendo. Perdi muitas aulas de gramática! Não sei o que é ditongo, oxítona, proparoxítona, não sei nem se isso ainda existe. Sei o que é literatura, sujeito direto, indireto, objeto direto, indireto (apesar de conservar algumas dúvidas ainda)... Aliás, não sei nem se isso tudo é gramática! Sei que literatura não é gramática! E sei também que a Sra. Y é ótima em literatura, em gramática... ela é ótima em português e eu sempre a admirei por isso. É bastante culta apesar de não saber bem quando usar sua cultura e, por vezes, soa meio arrogante (mesmo não sendo). Nós nos conhecemos já tem um bocado de tempo e somos amigos há um bocado de tmepo (não vou contar esse bocado de tempo! Me falta tempo pra isso). Nós nos unimos muito nos últimos anos. Talvez a puberdade tenha feito de nós amigos mais próximos com gênios fortes e que brigam até para decidir o que é melhor: o som de uma cuíca ou de uma bateria! Muitas vezes eu escolho a cuíca, ela sempre escolhe a bateria! Nossa última briga foi por ciúme do Sr. S. Eu odeio amigas que namoram! Elas esquecem de mim, esquecem da vida! Ficam submissas, ainda mais se são jovens... um verdadeiro saco! Sr. S é a típica pessoa ligada nos assuntos de hoje em dia (dos quais eu faço questão de me desligar), é uma pessoa que adora falar, mas raramente gosta de agir. Confesso que às vezes tenho pena dele, outras vezes tenho raiva dele, outras vezes tenho asco e outras vezes apenas o ignoro.
Não há pessoa no mundo que dissesse (ou dicesse? ou dissece?) que eles ficariam juntos, mas a máxima é totalmente verdadeira: os opostos se atraem. E eles se atrairam de maneira bem estranha. É o tipo do amor às avessas onde a crise existe mas é ela quem dá gás para o amor (ou ao o simples "gostar". Eu duvido bastante do amor - só acho bonito nas letras da Marina Lima e da Adriana Calcanhotto ou nas poesias do Vinicius de Moraes) deixando tudo mais divertido (ou não!). Eu fui um dos responsáveis por esse romance (já me disseram que romance se escreve assim: românce. Quis voar no pescoço da pessoa.) ter início. Não que eu tenha vestido minhas asas e empunhado arco e a flecha à lá cupido, mas sem um empurrãozinho esses dois continuariam separados (confesso que talvez eu até achasse bem melhor, mas esse é um critério que talvez eu entre apenas no terceiro capítulo).
Sra. Y e Sr. S são duas pessoas opostas que juntas se tornam insuportáveis! Ele já é insuportável por si só e ela consegue entrar no jogo dele. Certa vez fomos todos jantar juntos num restaurante ali em Moema, a convite de uma colega de trabalho minha. Chegamos eu e minha colega e 10 minutos depois estava a Sra. Y no local marcado. Esperamos o Sr. S chegar para pedirmos, mas nada dele. 1 hora e meia depois o Sr. S aparece dizendo ter passado na casa de um amigo e acabou por perder a hora. Primeira falta da noite! Nos sentamos e começamos a conversar. Eu e minha colega tentávamos manter uma conversa agradável com a Sra. Y quando o Sr. S fez questão de soltar um de seus estrondosos, agudos, irritantes e desnecessários gritos avisando que o garçom estava demorando com nossa comida. Eu, muito educado que sou, mandei-o calar a boca ou ir embora. Muito educadamente ele se levantou e foi-se embora arrastando a Sra. Y com ele. Ficamos minha colega e eu conversando sobre Nelson Rodrigues e ermanando (ou irmanando? ou os dois?) o que havia acontecido com alguns textos do Nelson.
Vou pegar um pouco de água, depois eu volto, ou não.
Cá estou de volta. Resolvi que vou fechar o parágrafo com a citação do Nelson Rodrigues. É muito fino e culto mostrar que conhecemos Nelson Rodrigues.
Será que eu posso ficar pulando de um parágrafo a outro sem começar ou terminar um raciocínio? Fica a questão para Gisele me responder.
A cena deplorável do restaurante foi só um dos pontos baixos da convivência com Sr. S (esse parênteses será aberto apenas para que eu possa dar um ponto final na frase sem que fique estranho). Sra. Y deixou de ser a pessoa transgressora e guerreira de outrora. Pena. É por isso que eu condeno namoros como esse. Por isso e porque eu não costumo cultivar grandes namoros. O último que consegui cultivar foi com a Srta. H, mas não falarei dela neste capítulo (talvez fale no segundo ou no terceiro, mas a probabilidade - certo? - é de que eu realmente não fale dela! Não por não ser importante, mas porque eu não quero mesmo).
Minhas brigas com a Sra. Y estão se tornando cada vez mais constantes e nós sabemos o porque (será que esse porque se escreve assim: porquê? Acho que sim. Na dúvida deixo os dois). Apesar de ela saber que eu a ajudarei em suas crises pelo simples fato de eu querer bem a ela, ela também sabe que se o Sr. S for para a puta que pariu eu não farei questão de me despedir ou dár-lhe - certo? - uma passagem de volta.
Não sei bem como fechar esse capítulo, gostaria de fechar deixando uma boa impressão da Sra. Y, mas acho que fiz tão bem sua caveira por aqui que nem eu tenho mais essa vontade (o que me lembra um poema do Ferreira Gullar onde ele cita suas duas partes. Acho que se chama "Traduzir-se"). Minhas duas partes estão divididas: Uma a quer bem e outra a quer longe... mas há uma terceira parte que a quer perto. Pronto! Ótima maneira de se fechar um capítulo.

PS: Acabo de achar um nome para esse capítulo. Se chamará "Capítulo I", não por flata de inspiração, mas por falta de um outro melhor. Talvez eu tenha me inspirado bastante no José de Alencar ao descrever Peri e Ceci em "O Guarani", ou Machado de Assim ao falar de seu "Dom Casmurro", ou até mesmo na Fernanda Young ou na Gisele Lemos. Mas não tem problema, os três primeiros eu sei que não lerão nada que eu escrever aqui. Dois porque estão mortos e uma porque não tem paciência. Talvez Gisele leia, talvez não. Será que alguém vai ler o que está escrito aqui? Bom, se lerem - certo? - e acharem algum erro ortográfico ou de digitação me avisem, porque não vou reler.
No "Capítulo II" (se é que vou chamá-lo assim) pretendo falar de R e M... talvez fale da Srta. H, mas acho que não. Agora ja são altas horas da madrugada e eu pretendo ir dormir.
Até o próximo capítulo.

Nelson Rodrigues


Essa noite ouvi palavras que me enojaram profundamente! Todo o pingo de admiração que eu poderia ter simplesmente sumiu diante de tanta covardia. Para acalmar meus ânimos só mesmo Nelson Rodrigues e suas tiradas incríveis! Achei isso e resolvi que deveria estar aqui. Um dos escritores mais transgressosres da história... um ídolo!

_Mas escuta: Eu estava no quarto com uma mulher e, nisso, chega o marido com a polícia. Em conclusão, arrombaram a porta. A mulher, nuazinha, negou até o fim. Sabe que o marido ficou na dúvida, o comissário ficou na dúvida e até eu fiquei na dúvida? Meu anjo, da próxima vez, nega, o golpe é negar!

domingo, 13 de setembro de 2009

Madonna apresenta Janet Jackson no VMA


Hoje acontece o VMA, a premiação americana que deu origem ao MVB. A festa será em homenagem a Michael Jackson (1958-2009) e contará com uma homangem ao falecido rei do pop, prestada por sua irmã Janet Jackson. Muito se especulava de que Madonna prestaria essa homenagem ou faria alguma apresentação revisitando seus 26 anos de carreira (para assim divulgar o lançamento da coletânea Celebration). Mas a verdade é que Madonna apresentará a performance de Janet na premiação. A rainha do pop deverá falar algumas palavras em homangem ao falecido rei do pop e nada mais. Pena.
Especula-se também que Madonna participará do show em homangem a Michael Jackson, que acontecerá ainda neste mês de setembro em Viena. Aguardar...

Capa e faixas de "Encanteira", novo Cd de Maria


Canção de Paulo César Pinheiro lançada por Gloria Bomfim em 2007 no disco Santo e Orixá, "Encanteira" dá nome a outro dos dois discos que Maria Bethânia lança no dia 05 de outubro pela gravadora Biscoito Fino. Encanteira (capa) é o disco onde Bethânia louva a fé e a festa da fé. O baiano Roque Ferreira é o compositor que mais assina as faixas deste disco que compila 12 músicas em 11 faixas (Roque assina 4 das 11 faixas). Assim como Tua, este disco estará disponível para audição e download legalizado no site Sonora, no Portal Terra. O disco também traz a faixa "Saudade Dela", parceria de Roberto Mendes e Nizaldo Costa, que conta com a participação de Caetano Veloso e Gilberto Gil. A faixa é uma homenagem a Dona Edith do Prado, falecida neste ano de 2009. Eis as 11 faixas que compõem o disco (gravado pelo selo de Bethânia, Quitanda, e lançado pela Biscoito Fino):

1- Santa Bárbara (Roque Ferreira)
2- Feita na Bahia (Roque Ferreira)
3- Coroa do Mar (Roque Ferreira)
4- Encanteira (Paulo César Pinheiro)
5- Saudade Dela (Roberto Mendes/ Nilzo Costa) - com: Caetano Veloso e Gilberto Gil
6- Linha do Caboclo (Paulo César Pinheiro/ Pedro Amorim)
7- Estrela (Vander Lee)
8- Minha Rede (Roque Ferreira)
9- Doce Viola (Jaime Alem)
10- Ê Senhora (Vanessa da Mata)/ Batatinha Roxa (Domínio Público - adaptação: Roberto Mendes)
11- Sete Trovoadas (Consuelo de Paula/ Etel Frota/ Rubens Nogueira)